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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 6 - N° 256 - 15 de Abril de 2012

 


Pimpão, o cão brincalhão

 

Breno tinha muita vontade de ter um animalzinho de estimação. Todavia, seus pais não permitiam. A mãe, ao ver-lhe a expressão de tristeza, explicou:

— Meu filho, você ainda não cuida nem de suas coisas! Como terá condição de ter um bichinho? Nesse caso, nós é que teremos que cuidar dele para você! Não é justo. Então, nós lhe daremos um de presente quando completar dez anos, desde que aprenda a cuidar do que é seu durante esse período.

O garoto concordou, embora a contragosto. E a partir desse dia passou a arrumar seu quarto, guardar os brinquedos e não deixar roupas jogadas no chão. Enquanto isso, aguardava ansiosamente o tempo passar.

No dia do seu décimo aniversário, Breno despertou contente. Mal podia esperar para ver seu presente!

Ao colocar os pés no chão viu, com surpresa, ao lado da cama, uma caixa forrada com tecido e, dentro dela, um lindo cachorrinho que dormia. Ao vê-lo, seus olhos brilharam de entusiasmo! Pegou-o no colo sentindo o cheirinho dele e a maciez do seu pelo.

Os pais, que aguardavam ansiosos para ver a reação do menino, entraram no quarto:

— Parabéns, meu filho! Este é um grande dia!... — cumprimentou-o o pai, satisfeito.

— Então, Breno? Gostou do seu presente? — perguntou a mãe sorridente, abraçando-o.

E o garoto, com um enorme sorriso, agradeceu:

— Obrigado, papai e mamãe! Ele é lindo! Adorei! Vou chamá-lo de Pimpão!

Daquele dia em diante, Breno só vivia para o seu cãozinho. Dava-lhe ração e água, brincava com ele, levava-o para passear, enfim, cuidava dele com todo carinho.

Pimpão foi crescendo e mostrava ser um cão de temperamento brincalhão, alegre e muito apegado ao seu dono.

Breno, porém, já não se interessava tanto por ele, cansado das responsabilidades. Percebendo a mudança na atitude do filho, o pai o alertou:

— Breno, não se esqueça. Pimpão é seu e, portanto, a responsabilidade de cuidar dele é sua! Ele não é um brinquedo que você, quando se cansa, pode jogar fora. Cuidado! Veja bem o que está fazendo!       

— Eu sei, pai! Não se preocupe.


Certo dia, a mãe percebeu que havia algo de errado com o cachorro e ficou preocupada:

— Breno, Pimpão está triste e não me parece bem. Tem certeza de que nada lhe falta?

— Relaxa, mãe! Ele está assim porque agora tenho muitas atividades na escola e não posso mais ficar todo o tempo perto dele.

Porém, os pais notavam que Pimpão estava cada vez mais apático, emagrecera e vivia pelos cantos. Não corria mais pelo quintal, alegre e bem disposto.

Alguns dias depois, Breno chegou da escola e notou os pais muito sérios.

— Breno, Pimpão amanheceu muito mal e tivemos que levá-lo ao veterinário. Ele está doente.

— É grave? — o menino perguntou assustado.

— Pode ser grave, sim. Pimpão está muito enfraquecido. Diz o veterinário que ele passou muita fome e sede. Em virtude disso, seu estado de saúde ficou abalado.
 

Naquele momento, Breno baixou a cabeça, envergonhado. Sentia-se culpado pelo estado do seu amigo Pimpão. Tentou desculpar-se:

— Papai! Mamãe! Vocês sabem que agora tenho muitos deveres de escola para fazer, além do esporte, que me toma tempo! Só algumas vezes esqueci-me de lhe dar ração e água!...

A mãe colocou as mãos na cintura e perguntou séria:

— Ah!...“Só algumas vezes”? Você acha pouco? Por acaso, Breno, você se esquece de tomar seu café da manhã quando acorda? Esquece-se de almoçar quando chega da escola? De tomar seu lanche da tarde, de jantar? Não! Nunca!... E você vive esfomeado, meu filho! Será que Pimpão também não sente fome e sede?

Diante das palavras da mãe, Breno baixou a cabeça, levando as mãos ao rosto e pôs-se a chorar:

— Eu sei que agi mal, mas gosto muito do Pimpão! Não queria que ele ficasse doente por minha causa! E agora?...

O menino mostrava um arrependimento tão grande que a mãe se condoeu dele e tranquilizou-o:

— Não se preocupe, meu filho. Seu cão ficará bem. O veterinário disse que Pimpão vai ficar alguns dias em recuperação, depois voltará para casa.

Breno limpou as lágrimas, já mais aliviado:

— Ainda bem, mamãe! Não suportaria saber que causei algum mal ao meu amigo. Vou orar muito pedindo a Jesus

que o ampare e que ele possa voltar logo para nossa casa. E prometo à senhora que, quando ele voltar, cuidarei dele com muito amor e responsabilidade.

Mãe e filho se abraçaram com carinho. Três dias depois, Pimpão voltou para casa. Estava recuperado e, ao ver seu dono, correu ao seu encontro, latindo alegremente. Breno abraçou-o, pedindo–lhe perdão pelo que fizera, enquanto o cão lambia-lhe o rosto feliz pelo reencontro.

A partir desse dia, Breno nunca mais se descuidou do seu cachorro. Colocava-lhe ração e trocava a água. Sempre que necessário dava-lhe um gostoso banho e penteava-lhe o pelo macio. E todos os dias, de tardezinha, quando o sol ficava mais brando, o levava para passear. Enfim, cuidava de Pimpão com muito amor.    

Breno sentia-se contente consigo mesmo. Aprendera algo muito importante: a lição da responsabilidade, que lhe valeria em qualquer situação e para a vida toda, passando a nortear suas ações no futuro.
 

                                                                  MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, em 26/3/2012.)

 


 


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