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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 250 - 4 de Março de 2012

 

O jogador de basquete

 

De volta para casa após o treino, Mauro mergulhara em profunda revolta.

Ele gostava muito de jogar basquete, mas os colegas não o valorizavam. Sonhava ser um excelente jogador, ser aclamado nas quadras, conhecido e admirado por todos. No entanto, os colegas do time não confiavam nele por ter apenas treze anos.

Chegando a sua casa, atirou a mochila sobre uma poltrona e dirigiu-se à cozinha, onde a mãe estava com a refeição pronta.

A família já estava reunida. Sentou-se, mal-humorado, sem dizer nada. As irmãs, gêmeas, de dezesseis anos, olharam para Mauro, depois para o pai, estranhando o comportamento do irmão. Júlio, porém, de cinco anos, com sua voz infantil perguntou:

— Que bicho o picou hoje, Maurinho? — repetindo uma frase que a mãe usava quando algum dos filhos estava irritado.

Os demais acharam graça, mas Mauro avermelhou de raiva:

— Não enche, pirralho! Senão eu...

— Relaxa, Maurinho. Vamos comer em paz — interferiu o pai, acalmando-o.

A mãe terminou de colocar os pratos na mesa e sentou-se também. Uma das irmãs fez pequena oração de agradecimento a Deus pelo dia e pelo alimento.

Mauro baixou a cabeça e comeu em silêncio. Ao terminar, pediu licença e levantou-se. A mãe olhou para ele, pois era hábito esperar que os demais acabassem de comer. Mas o pai fez um sinal para a esposa, como se dissesse: “Deixe-o ir. Ele não está bem”. 

O rapazinho foi para o seu quarto e lá ficou emburrado. Terminada a refeição, o pai foi até o quarto do filho. Encontrou-o no leito, com a cabeça coberta.

Calmo, sentando-se na beirada da cama, ele disse:

— Meu filho, aconteceu algo hoje que o aborreceu. Se eu puder ajudá-lo, ficarei muito contente.

Diante das palavras ternas do pai, o rapazinho descobriu o rosto, molhado de lágrimas e desabafou:

— Sabe o que acontece, pai? Meus colegas do time não confiam em mim! Não acreditam que posso realizar lances importantes no jogo e quase não me passam a bola!... E eu quero ser um grande jogador! Não aguento mais!...
 

O pai pensou um pouco, e em seguida considerou:

— Maurinho, há um ensinamento de Jesus que diz: “Quem quiser ser o maior no Reino dos Céus que seja o servidor de todos”.

— Ah, pai!... O senhor vem com essa conversa agora?...

O pai sorriu, compreensivo:

— É sério, meu filho! Essa lição de Jesus serve não apenas para quem quer alcançar o Reino de Deus, mas também para nossa vida aqui na Terra. Veja! Para alcançar o que desejamos, temos que mostrar nossa capacidade. Ninguém nasce um grande jogador. Torna-se bom com o treino e com as experiências vividas. Assim, as pessoas reconhecem que você é bom naquilo que faz, entende?

— O senhor quer dizer que, antes, devo mostrar isso através do meu trabalho.

— Exatamente! O reconhecimento é apenas uma consequência. Cada jogador precisa fazer a sua parte. Só assim o time será realmente uma equipe.

— E como vou fazer isso, pai?

— Pense e descobrirá — disse o pai, levantando-se e deixando o quarto.

Maurinho pensou... pensou... e entendeu. Foi dormir cheio de esperança. No dia seguinte haveria treino de novo.

À hora marcada ele foi para a quadra. Como ele havia dito que não queria mais jogar, os demais estranharam sua presença.

— O que você está fazendo aqui, Maurinho? — perguntou um deles.

Humildemente Maurinho aproximou-se dos colegas com um sorriso e pediu:

— Vocês poderiam me dar uma nova chance?

Os demais concordaram contentes, pois sem ele ficariam com um jogador a menos.

Começado o jogo, Maurinho mostrou-se bem diferente. Não ficava exigindo que lhe passassem a bola e, quando isso acontecia, ele dava o passe para o colega que estivesse em posição de fazer cesta, cedendo a favor do outro e melhorando o rendimento do time. Assim, ganharam o jogo.

Todos estavam alegres e comemoraram com um lanche na cantina da escola. Maurinho percebeu que agora os colegas o olhavam de maneira mais amigável.
 

À noite, quando o pai chegou do trabalho, encontrou o filho todo feliz.

— E daí, meu filho, como foi seu dia?

— Foi ótimo, papai! Entendi a lição e acho que Jesus tem toda razão. Deu certo! Sendo o servidor de todos, a gente cresce e o time melhora. A parte de cada jogador é pequena, mas fundamental. Agora somos uma equipe! Obrigado!

Trocaram um abraço carinhoso e, quando a mãe chamou, avisando que a mesa estava posta, foram jantar em ambiente de paz e alegria. Maurinho quis fazer a oração:

— Jesus querido! Suas lições são dicas para nossa vida em qualquer tempo e a qualquer hora. Obrigado pelo dia e pela família que temos!

Mauro cresceu, tornou-se um homem conhecido e admirado por quantos se relacionavam com ele. A paixão pelo basquete passou, porém através dos anos manteve sempre uma postura digna e respeitável, que bem atestava seu amor por Jesus. Seguidor do Evangelho, ele mostrava-se humilde, simpático, prestativo e gentil para com todos. E nunca deixou de valorizar, em qualquer atividade, a importância da equipe.     
 

                                                                  MEIMEI
 

(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em Rolândia-PR, 13/02/2012.)



 


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