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Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 5 - N° 232 - 23 de Outubro de 2011

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

O Livro dos Espíritos

Allan Kardec

(Parte 24)

Damos continuidade ao Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano, que focalizará as cinco principais obras da doutrina espírita, na ordem em que foram inicialmente publicadas por Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo.

As respostas às questões apresentadas, fundamentadas na 76ª edição publicada pela FEB, com base em tradução de Guillon Ribeiro, encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate 

A. Com que finalidade Deus põe a criança sob a tutela dos pais? A paternidade é uma missão?

B. Os animais também progridem? Há neles um princípio inteligente que sobrevive à morte corporal? Como se chama e que lhe acontece após o transe da morte?

C. Em que momento de sua existência o Espírito adquire a consciência do seu futuro, a distinção do bem e do mal e a responsabilidade dos seus atos?

D. O Espírito que animou o corpo de um homem pode encarnar num animal?

E. O ensinamento de que o Espírito se elabora passando pelos diversos reinos da Natureza não é a confirmação da doutrina da metempsicose?

Texto para leitura 

317. O Espírito pode falir na sua missão, por culpa sua? Sim, se não for um Espírito superior. Nesse caso, terá de reiniciar sua tarefa; está nisso a punição; depois, sofrerá as consequências do mal de que tenha sido a causa. (L.E., 578 e 578-A) 

318. Deus sabe se o Espírito será vitorioso na sua missão? Ele o sabe, estai certos, e seus planos, quando importantes, não dependem desses que devem abandonar a obra em meio do trabalho. Toda a questão está, para vós, no conhecimento do futuro, que Deus possui, mas que não vos é dado. (L.E., 579)

319. O Espírito que se encarna para cumprir uma missão não tem as mesmas apreensões daquele que o faz como prova, porque ele tem experiência. (L.E., 580) 

320. A missão dos missionários que se enganam e que, ao lado de grandes verdades, difundem grandes erros, foi falseada por eles mesmos. Estão, na verdade, abaixo da tarefa que empreenderam. É preciso, entretanto, levar em conta as circunstâncias: os homens de gênio devem falar segundo o tempo, e um ensino que parece errôneo ou pueril para uma época avançada poderia ser suficiente para o seu século. (L.E., 581) 

321. O conquistador não é, na maioria das vezes, mais do que um instrumento de que Deus se serve para o cumprimento dos seus desígnios, e essas calamidades são muitas vezes um meio de fazer avançar mais rapidamente um povo. (L.E., 584) 

322. Cada um é recompensado segundo as suas obras, o bem que desejou fazer e a retidão de suas intenções. (L.E., 584-A) 

323. Tudo é transição na natureza, pelo fato mesmo de que nada é semelhante, e no entanto tudo se liga. As plantas não pensam, e por conseguinte não têm vontade. A ostra que se abre e todos os zoófitos não têm pensamento: nada mais possuem que um instinto natural e cego. (L.E., 589) 

324. Há <nas plantas> uma espécie de instinto: isso depende da extensão que se atribua a essa palavra; mas é puramente mecânico. Quando nas reações químicas vedes dois corpos se unirem, é que eles se afinam, quer dizer, que há afinidade entre eles; mas não chamais a isso de instinto. (L.E., 590) 

325. Tudo é mais perfeito <nos mundos superiores>: mas as plantas são sempre plantas, como os animais são sempre animais e os homens sempre homens. (L.E., 591) 

326. O homem é um ser à parte, que desce às vezes muito baixo, ou que pode elevar-se muito alto. No físico, o homem é como os animais, e menos bem provido que muitos dentre eles; a natureza lhes deu tudo aquilo que o homem é obrigado a inventar com a sua inteligência, para prover às necessidades e à sua conservação. Seu corpo se destrói como o dos animais, isto é certo, mas o seu Espírito tem um destino que só ele pode compreender, porque só ele é completamente livre. (L.E., 592) 

327. É verdade que o instinto domina na maioria dos animais, mas não vês que há os que agem por uma vontade determinada? É que têm inteligência, mas ela é limitada. (...) Há nos animais uma espécie de inteligência, mas cujo exercício é mais precisamente concentrado sobre os meios de satisfazer às suas necessidades físicas e prover à sua conservação. (L.E., 593) 

328. Os animais têm linguagem? Se pensais numa linguagem formada de palavras e de sílabas, não; mas num meio de se comunicarem entre si, sim. Eles se dizem muito mais coisas do que supondes, mas a sua linguagem é limitada, como as ideias, às suas necessidades. (L.E., 594) 

329. Os animais que não possuem voz compreendem-se por outros meios. (L.E., 594-A) 

330. Os animais não são simples máquinas, como supondes, mas sua liberdade de ação é limitada pelas suas necessidades, e não pode ser comparada à do homem. (...) Sua liberdade é restrita aos atos da vida material. (L.E., 595) 

331. A alma dos animais conserva, após a morte, a sua individualidade, mas não a consciência de si mesma. A vida inteligente permanece em estado latente. (L.E., 598) 

332. A alma dos animais não pode escolher a espécie em que prefira encarnar; ela não possui livre-arbítrio. (L.E., 599) 

333. Os animais progridem pela força das coisas; e é por isto que, para eles, não existe expiação. (L.E., 602) 

334. A inteligência é um ponto comum entre a alma dos animais e a do homem? Sim, mas os animais não têm senão a inteligência da vida material; nos homens, a inteligência produz a vida moral. (L.E., 604-A) 

335. O homem não tem duas almas, mas o corpo tem os seus instintos, que resultam da sensação dos órgãos. Não há no homem senão uma dupla natureza: a natureza animal e a espiritual. Pelo seu corpo, ele participa da natureza dos animais e dos seus instintos; pela sua alma, participa da natureza dos Espíritos. (L.E., 605) 

336. A alma do animal e a do homem são distintas entre si, de tal maneira que a de um não pode animar o corpo criado para o outro. (L.E., 605-A) 

337. Os animais tiram o princípio inteligente que constitui sua alma do elemento inteligente universal. Assim, a inteligência do homem e a dos animais emanam de um princípio único; mas no homem ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a dos brutos. (L.E., 606 e 606-A) 

338. A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período de humanidade começa, em geral, nos mundos ainda mais inferiores. Essa, entretanto, não é uma regra absoluta, e poderia acontecer que um Espírito, desde o seu início humano, esteja apto a viver na Terra. Esse caso não é frequente, e seria antes uma exceção. (L.E., 607-B) 

339. Uma vez no período da humanidade, o Espírito conserva traços do que ele era no período ante-humano, apenas nas primeiras encarnações humanas. Esses vestígios, porém, se apagam com o desenvolvimento do livre-arbítrio. Nada se opera na Natureza por brusca transição. Há sempre anéis que ligam as extremidades das cadeias dos seres. Os primeiros progressos só muito lentamente se efetuam, porque não têm a secundá-los a vontade. São mais rápidos, à medida que o Espírito adquire mais perfeita consciência de si mesmo. (L.E., 609) 

340. O homem pode ser considerado um ser à parte na Criação apenas no sentido de que é a espécie humana a única que Deus escolheu para a encarnação dos seres que podem conhecê-lo. (L.E., 610) 

341. Desde que o princípio inteligente atinge o grau necessário para ser Espírito e entrar no período da humanização, não guarda relação com o seu estado primitivo e já não é a alma dos animais, como a árvore não é a semente. O fato de terem os seres vivos uma origem comum não é, pois, a consagração da metempsicose. De animal só há no homem o corpo e as paixões que nascem da influência do corpo e do instinto de conservação, inerente à matéria. A metempsicose, como a entendem, não é, portanto, verdadeira. (L.E., 611) 

Respostas às questões propostas 

A. Com que finalidade Deus põe a criança sob a tutela dos pais? A paternidade é uma missão? 

A paternidade é, sem contestação possível, uma verdadeira missão e, ao mesmo tempo, grandíssimo dever e que envolve, mais do que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna propício a todas as impressões. (O Livro dos Espíritos, questões 582 e 583.)

B. Os animais também progridem? Há neles um princípio inteligente que sobrevive à morte corporal? Como se chama e que lhe acontece após o transe da morte?  

Sim, os animais também progridem. Há neles um princípio independente da matéria que sobrevive ao corpo, ao qual podemos chamar de alma, embora exista entre a alma dos animais e a do homem uma imensa distância. Após a morte, as almas dos animais conservam sua individualidade e vivem uma espécie de erraticidade até que, depois de classificadas, volvem a uma nova existência corpórea. (Obra citada, questões 597, 598, 600 a 606.)

C. Em que momento de sua existência o Espírito adquire a consciência do seu futuro, a distinção do bem e do mal e a responsabilidade dos seus atos?  

Numa série de existências que precedem o período a que chamais Humanidade é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, num trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra ele então no período da humanização, no qual começa a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos. (Obra citada, questões 607, 607-A, 607-B e 608.)

D. O Espírito que animou o corpo de um homem pode encarnar num animal? 

Não, pois isso seria retrogradar e o Espírito não retrograda. (Obra citada, questões 612 e 613.) 

E. O ensinamento de que o Espírito se elabora passando pelos diversos reinos da Natureza não é a confirmação da doutrina da metempsicose?  

Não. Duas coisas podem ter a mesma origem e absolutamente não se assemelharem mais tarde. Quem reconheceria a árvore, com suas folhas, flores e frutos, no gérmen informe que se contém na semente donde ela surge? Desde que o princípio inteligente atinge o grau necessário para ser Espírito e entrar no período da humanização, já não guarda relação com o seu estado primitivo e já não é a alma dos animais, como a árvore já não é a semente. De animal só há no homem o corpo e as paixões que nascem da influência do corpo e do instinto de conservação inerente à matéria. Não se pode, pois, dizer que tal homem é a encarnação do Espírito de tal animal. Conseguintemente, a metempsicose, como a entendem, não é verdadeira. (Obra citada, questões 611 a 613.)

 

 


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