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Ano 5 - N° 230 - 9 de Outubro de 2011

JOSÉ LOURENÇO DE SOUSA NETO

lourencobh@gmail.com

Belo Horizonte, MG (Brasil)

 

 A importância do planejamento para as instituições espíritas
 

 

 

– Você poderia me dizer, por gentileza, como é que eu faço para sair daqui?

– Isso depende muito de para onde você pretende ir – disse o Gato.

– Para mim tanto faz para onde quer que seja... – respondeu Alice.

– Então, pouco importa o caminho que você tome – disse o Gato.

– ... contanto que eu chegue a algum lugar... – acrescentou Alice, explicando-se melhor.

– Ah, então você chegará lá se continuar andando bastante... – respondeu o Gato.  

(Alice no País das Maravilhas; Lewis Carroll.)

 


Introdução


Em nossas atividades, tanto dentro de empresas quanto na docência, encontramos várias alegações para não se adotar a prática do planejamento. Todas elas refutáveis, umas mais facilmente que outras. No contexto das instituições espíritas, e, acreditamos, não é privilégio do meio kardequiano, isso se acentua com o preconceito contra certos termos, não interpretados adequadamente ou não “traduzidos” para o jargão do meio.


Nosso propósito, aqui, é analisar, sucintamente, algumas dessas alegações e tentar apontar o outro lado, incentivando instituições e seus dirigentes a olharem com mais complacência para um recurso que pode ajudá-los imensamente.


Sobre as dificuldades para planejar


Sempre que se fala em planejamento, uma série de senões é levantada. Mais ou menos comuns a todas as instituições/organizações, ocorrem especialmente entre as de pequeno porte. Acreditamos que isso acontece pelas próprias características do pequeno empreendimento. Estrutura enxuta, número limitado de colaboradores, recursos reduzidos acabam por sobrecarregar o dono ou dirigente, que deve ser o principal interessado e condutor do processo de planejar. No entanto, mesmo numa análise ligeira e superficial, tais contrapontos trazem, em si, suas refutações. Analisemos alguns.


Falta de tempo
– uma das alegações mais comuns, a escassez do tempo atinge a todos, independentemente do tamanho. Talvez no pequeno negócio isso seja mais agudo, pela concentração da multiplicidade de tarefas no dono/dirigente, como exposto acima. O recurso mais escasso é, porém, o que mais demanda planejamento. A priorização de atividades é fundamental, e às vezes vital, para que providências importantes não deixem de ser tomadas. E não se faz isso, de forma correta, sem uma agenda adequada. E essa agenda, se bem estruturada, está dentro de um contexto maior de planejamento.


A falta dessa agenda – da distribuição correta do tempo –, leva ao engano de se tomar a agitação, a movimentação e correria de um lado para o outro como sendo realização, o que, definitivamente, não é. Muita energia, e mesmo tempo e dinheiro, são despendidos em tarefas fora de prioridade ou sem ligação com o propósito principal.


Falta de conhecimento técnico
essa alegação vem acompanhada da ideia equivocada de que todo planejamento só pode ser feito por profissionais especializados, envolvendo, às vezes, consultorias, práticas, sistemas sofisticados e caros. Isso faz parte, provavelmente, da mística que reveste algumas práticas administrativas, que visam muito mais a uma certa “reserva de mercado” do que atender a uma realidade.


Existe planejamento e planejamento. Tratando-se de um grande projeto, envolvendo grandes volumes de dinheiro e outros recursos (equipamentos, instalações, pessoas etc.), alto nível de complexidade (científica e tecnológica), evidentemente que o planejamento exigirá uma acuracidade tal que escapa das condições do indivíduo não especializado. Mas, na maioria das vezes, não é disso que se trata. Pequenos projetos, mesmo que atinjam, na sua realização, um grande número de interessados, não demandam mais do que o conhecimento de umas poucas informações, obtidas em inúmeros livros e artigos à disposição de quem se interesse.


Dentro das casas espíritas, no corpo de participantes e voluntários, não é incomum encontrar pessoas que têm conhecimento e prática de planejamento. Mesmo entre leigos absolutos, pode-se achar colaboradores que, com um pouco de esforço e boa vontade, aprendam sobre conceitos e técnicas adequadas e as possam implementar em suas instituições. Nesse sentido, falta muito mais interesse em aprender, porque não deixa de ser uma tarefa que demanda esforço, do que realmente “conhecimento técnico”.


Planejar é coisa para grandes organizações, que têm muitos trabalhadores e dinheiro para contratar agência especializada
– é fato que as grandes organizações investem em planejamento, com pessoal próprio e/ou contratado. Talvez por isso mesmo sejam grandes. Mas é falacioso defender que só elas podem fazer isso. Em se tratando de conhecimento, já abordamos acima. Referindo-se a recursos reduzidos (seja lá o que for que se entenda por recursos), não é difícil entender que, se é importante planejar o uso do que é (ou parece ser) farto, muito mais o é do que é pouco (ou parece pouco).


Seguindo a linha de raciocínio acima, é fácil depreender que quanto mais escassas as condições, recursos, oportunidades etc., mais critério e inteligência devem ser empregados na sua utilização. E isso não se faz sem planejamento. Nesse aspecto, muitas vezes falta capacidade criativa, de improvisação, do dono/dirigente. Para fazer uma pesquisa de mercado, por exemplo, a organização que tem caixa suficiente pode contratar uma empresa especializada, que existem várias. O pequeno empreendedor, com o auxílio de um roteiro básico que pode ser tirado de livros de fácil acesso, artigos e sugestões na internet, ou apoio de entidades como o SEBRAE, pode elaborar um pequeno questionário e, de papel e caneta na mão, pôr-se em campo para levantar as informações que lhe interessam.


É inútil planejar – as incertezas sempre ocorrem e jogam por terra todo esforço nesse sentido.
Não temos receio de afirmar o oposto – exatamente por causa das incertezas, planejar é fundamental. Se com tanto vento contrário é difícil atingir o norte, sem bússola, leme, remadores, velas adequadas, é impossível (a menos que se conte com o fator sorte, mas ninguém, equilibrado, se lança ao mar contando apenas com isto). Quanto mais incertas, ou adversas, as circunstâncias, mais se demanda planejamento. Amir Klink deixou relatos ricos sobre o tempo e complexidade do planejamento realizado antes de qualquer de suas empreitadas.


O planejamento não evita, ou anula, as situações desfavoráveis, mas ajuda, e muito, a enfrentá-las. A criação de cenários (uma das ferramentas do processo de planejar) pode deixar a organização melhor preparada para gerenciá-las, se e quando ocorrerem.


Ivan R. Franzolim, alertando para o fato de que planejar “é a parte geralmente mais negligenciada, determinando grande perda de tempo no futuro”, acrescenta: “O planejamento é o oposto da improvisação. Nenhum trabalho deveria ser feito sem preparação, utilizando-se dos meios imediatamente disponíveis, pois isso contribui para o aumento de deficiências que acarretarão insatisfação (de quem faz e de quem usa), perda de tempo e resultados abaixo do possível, levando, por sua vez, à necessidade de se fazer novamente, isto é, ao retrabalho, aumentando-se os prejuízos”. (FRANZOLIM, 2011)


Seja pela admoestação de Sêneca – “Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável” –, seja pela resposta do Gato a Alice, de um jeito ou de outro, vai se dar em algum lugar. Resta saber se é a esse lugar que se pretende chegar.


O obstáculo “espírita”


Outras justificativas contrárias ao planejamento podem ser levantadas, além das acima, mas igualmente refutadas. Gostaríamos, no entanto, de tecer alguns comentários sobre uma, típica do meio espírita (colocamos espírita entre aspas, no subtítulo, porque não se trata de um obstáculo sustentado doutrinariamente, mas sim da posição de espíritas, sem, segundo entendemos, um estudo mais criterioso do assunto). Trata-se do surrado chavão: “Precisamos confiar na Espiritualidade!” – e suas variantes: “é preciso ter fé”; “entramos com a boa vontade e deixamos o resto por conta dos Espíritos”; “somos meros servidores – o planejamento é do Plano Maior”, etc.


Não deve haver dúvida quanto à importância de se contar com o auxílio dos Espíritos, mas isso não implica esperar que eles façam o trabalho que toca aos encarnados. Se no Plano Maior, as ações e direcionamento dos recursos são planejados criteriosamente, no plano físico, o mesmo cuidado é esperado, para providências adequadas e o uso correto dos recursos aportados. Não importa o tamanho da tarefa, frente ao todo proposto pelo Alto. Não se entende que os Espíritos esperem dos homens um comportamento mecânico, robotizado. Até porque conhecimento implica responsabilidade, e uma resposta adequada a um empreendimento proposto de cima exige reflexão e planejamento.


Dinheiro, por exemplo, é sempre recurso escasso, pela sua própria natureza. A menos que se acredite que a espiritualidade o “fabrique” (e aí estaríamos falando de falsificação!, ou empregue prestidigitação, tirando moedas de onde elas não existem), e o bom senso refuta ambas as possibilidades, à mesma espiritualidade deve-se fazer a pergunta tão terrena:  “Onde e como investir?”.

E é difícil acreditar que (e aqui, talvez, haja uma posição pessoal deste autor) ela direcione recursos para grupos ou instituições despreparadas ou inconsequentes (não nos referimos a propósitos educativos que se possa ter em vista, que não é o escopo destas considerações).


Outro exemplo: trabalhadores, voluntários ou não, que podem ser muito melhor procurados, atraídos e alocados, quando se sabe o que se quer e o que deve ser feito para atingir o objetivo. Bem como a mão-de-obra já internalizada, que pode ser mais bem aproveitada e motivada. O exercício da liderança fica mais fácil, ou menos difícil, como se queira, se há um plano, um mapa que oriente sobre rumos e medidas a tomar. Talvez caiba aqui um alerta: uma boa preparação, consciente, responsável e que busque inspiração superior, via prece e outros meios conhecidos dos espíritas, torna a casa mais preparada para contribuir com a Espiritualidade Maior e, portanto, possível destinatária de recursos para bons empreendimentos. Mas o despreparo, a irresponsabilidade e o espírito aventureiro ou temerário podem, também, predispor a outro tipo de “assistência”, abrindo caminho para obsessões e mistificações, o que não deve ser do interesse de nenhuma instituição que se preze.


O Planejamento e a Gestão Estratégica


Diferente das demais formas de planejamento, que têm foco limitado a uma ou outra tarefa ou propósito muito específico, “o planejamento estratégico significa pensar a organização como um todo em sua relação com o ambiente numa perspectiva de futuro; é ver o todo antes das partes. Criar uma visão de futuro e os meios de alcançá-lo” (disponível em http://www.idisc.net/en/Publication .323.html, acessado em 13/06/2011; autor não informado; negrito nosso).


Por sua abrangência, tanto no tempo (não se faz planejamento estratégico para curto prazo), quanto por contemplar todos os aspectos do empreendimento (propósitos, recursos etc.), o Planejamento Estratégico implica uma visão sistêmica e leva à busca de ações integradas e sinérgicas. Considerando conceitos importantes, como visão, missão e valores, análise SWOT (ou FOFA: forças/fraquezas, oportunidades/ameaças), estabelecimento de objetivos e elaboração de estratégias, táticas e planos de ação, o Planejamento Estratégico envolve toda a Organização.


É também caminho para que se avance para um gerenciamento mais abrangente e sofisticado, a Gestão Estratégica, mais sintonizada com a complexidade dos tempos atuais. No dizer de Mauro Calixta Tavares (2000, pg. 22), a “gestão estratégica diferenciou-se pela abordagem integrada e equilibrada de todos os recursos da organização para a consecução dos seus fins”.


A Gestão distingue-se do Planejamento Estratégico, embora sejam mutuamente dependentes: “O conceito de gestão estratégica é muito mais amplo que o de planejamento estratégico. Engloba desde as avaliações de diagnósticos e de prontidão, a estruturação do processo de planejar e formular um propósito compartilhado para a organização, a escolha de estratégias, a fixação de metas e desafios, até a atribuição de responsabilidades para o detalhamento dos planos e projetos e para conduzir e acompanhar as etapas de sua implementação”. (COSTA, 2003, pg. 54)


A abordagem estratégica pode tornar o futuro menos incógnito, ao permitir alguma forma de participar da sua criação, pelo menos parcialmente. Como pontuou Ackoff (1981, pg. 15), “o planejamento se baseia na crença de que o futuro pode ser melhorado por uma intervenção ativa no presente”, reforçado por Vasconcellos Fº. e Pagnoncelli (2001, pg. 31): “é um processo que mobiliza a empresa para escolher e construir seu futuro”.


No âmbito das instituições espíritas, acreditamos que a abordagem estratégica – planejamento e gestão – pode ser de grande utilidade. Considerando a vasta quantidade de aspectos que precisam ser gerenciados, conforme elencados no roteiro “Orientação ao Centro Espírita”, da FEB, a filosofia de trabalho proposta pode facilitar bastante a vida e missão dos dirigentes e líderes em geral, e está em consonância com a recomendação de Kardec: "(...) Para se fazer algo sério, é necessário submeter-se às necessidades impostas pelos costumes da época em que se vive; essas necessidades são bem diferentes daquelas dos tempos de vida patriarcal e o próprio interesse do Espiritismo exige que se calculem os meios de ação, a fim de que o caminho não se interrompa pela metade. Façamos, portanto, os nossos cálculos, já que vivemos num século em que é necessário saber contar". ALLAN KARDEC (Testamento Filosófico – 1868; A respeito da nova organização da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, O Livro dos Médiuns.) (Citado em “Orientação ao Centro Espírita”, FEB, 2007, pg. 81.)


Na questão do trabalho voluntário, ainda tão mal compreendido e abordado, pode fornecer meios para um melhor aproveitamento, direcionamento e motivação dessa mão-de-obra. Tendo várias dimensões, além da satisfação pessoal (SAMPAIO, 2010, pg. 210), a gestão do trabalho voluntário pode esbarrar em escolhos (seleção e alocação inadequada destes colaboradores) e armadilhas (voluntário “voluntarioso”, que entende de trabalhar da “sua forma”, às vezes em franca oposição às normas da instituição, apenas porque não é remunerado). Estes aspectos, dentre outros, podem ser mais bem tratados estrategicamente.


Jesus foi judicioso quanto à importância do planejamento: “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar”. (Lc 14:28-30)


... E quanto à nossa responsabilidade: “Chamando-o, disse-lhe: Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração...” (Lc 16:2)


Conclusão


Acreditamos que as instituições espíritas podem se apropriar, mais do que já o fazem, de ferramentas do meio empresarial. Devidamente adaptadas, calibradas pela ótica doutrinária e evangélica, tais ferramentas podem ser de grande ajuda no gerenciamento das casas espíritas. De todos os tamanhos e com os mais variados propósitos, podem todas se beneficiar.


A abordagem estratégica – planejamento e gestão – talvez seja uma das mais ricas, pela sua amplitude e pelo envolvimento de todos – setores, pessoas – que propicia (exige, até).


Se cabe uma ressalva, chamamos a atenção para a transposição de alguns termos comuns no meio empresarial para uma “linguagem espírita” (se podemos nos expressar assim), para evitar rejeições muito mais preconceituosas do que fundamentadas. Em nossa experiência encontramos dificuldade em levar a alguns companheiros da doutrina conceitos como “negócio”, entre outros, vistos por eles como sendo unicamente o intercâmbio comercial, financeiro.


A substituição de citações de livros técnicos por equivalentes da doutrina, capturados em Kardec, Emmanuel, André Luiz, Joanna de Ângelis e tantos outros, além da Bíblia, pode azeitar esse processo de comunicação, que ainda constitui, infelizmente, grande barreira entre os trabalhadores.

 


Bibliografia:


ACKOFF, Russel L. Planejamento Empresarial. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1981.

COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão Estratégica. São Paulo: Saraiva, 2003.

FEB e Conselho Federativo Nacional. Orientação ao Centro Espírita. Rio de Janeiro: FEB, 2007.

FRANZOLIM, Ivan René. Como administrar melhor o Centro Espírita. Disponível em http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/movimento/como-administrar-melhor.html; acessado em 12/06/2011.

SAMPAIO, Jáder dos Reis. Voluntários: um estudo sobre a motivação de pessoas e a cultura em uma organização do terceiro setor. Franca/SP: Unifran, 2010.

TAVARES, Mauro Calixta. Gestão Estratégica. São Paulo: Atlas, 2000.

VASCONCELOS Fº., Paulo de e PAGNONCELLI, Dernizo. Construindo Estratégias Para Vencer! Rio de Janeiro: Campus, 2001.


 

José Lourenço de Sousa Neto, de Belo Horizonte-MG, é Mestre em Administração de Empresas, ex-professor na PUC Minas e Newton Paiva, administrador, consultor, empresário e professor.
 
 

                                                


 

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