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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 211 - 29 de Maio de 2011

 


O incêndio

 

Chegando à escola naquela manhã, Verinha percebeu que alguma coisa tinha acontecido. Todos pareciam chateados e faziam grupinhos, conversando aqui e ali.

Porém, como Verinha tinha chegado em cima da hora, foi logo para sua classe. Ao entrar na sala, ainda ouviu a professora dizer aos alunos:

— Coitado do Rogério!

Surpresa, Verinha sentou-se e perguntou:

— Professora, o Rogério está doente?

E ela respondeu, cheia de tristeza:

— Não, Verinha. Esta noite a casa de Rogério pegou fogo e, como era de madeira, não restou nada. A família é pobre e não sei o que vai ser deles! Só tiveram tempo de sair da casa, salvando as vidas. Quanto ao resto, casa, móveis, roupas, tudo foi queimado pelo fogo.

A turma estava agitada comentando o assunto e todos falavam ao mesmo tempo. A professora pediu silêncio, colocando ordem na sala:

— Agora chega pessoal! Vamos começar a aula!

As crianças se calaram, copiando o que a professora ia escrevendo no quadro-negro.

Verinha, no entanto, não conseguia parar de pensar no colega. Ela e Rogério nunca tinham sido muito amigos e agora ela estava triste por isso, e decidiu que, ao terminar a aula, ela iria até a casa dele. Queria vê-lo, saber como estava.

Quando bateu o sinal, Verinha saiu correndo para ir até a casa do Rogério, mas não podia demorar, sua mãe ficaria preocupada.

De longe já sentiu cheiro de queimado. Chegando

perto, seus olhos encheram-se de lágrimas: só existia um monte de coisas queimadas, pretas, de onde ainda saía um resto de fumaça escura.

A rua estava cheia de curiosos, pessoas que passavam e paravam, fazendo comentários. Olhando em torno, Verinha viu, do outro lado da rua, algumas pessoas sentadas no chão debaixo de uma árvore. No meio delas, estava seu colega. Atravessou a rua e aproximou-se dele.

— Rogério! Como você está?

O garoto levantou-se e, com expressão triste, disse:

— Graças a Deus estamos bem, Verinha. Mas não sei o que vai ser de nós. Perdemos tudo! Não sei para onde vamos nem o que faremos da nossa vida!

Verinha pensou um pouco, procurando se colocar no lugar dele: E se isso tivesse acontecido comigo e com minha família? Agora, por exemplo, é hora do almoço e estou com fome. Com certeza eles também estão.

Decidida, Verinha convidou:

— Rogério, venha com sua família almoçar em nossa casa.

Os olhos do garoto brilharam de satisfação:

— Tem certeza, Verinha? Bem... Aceito! Realmente, estamos com fome!

O menino apresentou Verinha aos seus pais, Maria e Manoel. Contou-lhes sobre o convite que a amiga fizera. Os pais de Rogério ficaram muito contentes e, com outro ânimo, foram todos para a casa de Verinha.

Ao chegar lá, alegre, a menina disse à mãe:

— Mamãe, trouxe alguns amigos para almoçar conosco!

A dona da casa estranhou ver tanta gente! Era um casal e três filhos!

Perplexa, Estela não sabia o que fazer. Abriu os braços e, gaguejando, justificou-se:

— Desculpem-me! Eu não estava esperando!... Filha, por que não me avisou?

— Mamãe, eu não avisei porque só há poucos minutos resolvi trazê-los para cá.

E Verinha explicou à mãe o que tinha acontecido, completando:

— Então, mamãe, diante da situação que a família está atravessando, eu me recordei do nosso Evangelho no Lar da semana passada, quando lemos aquela passagem em que Jesus disse que, se a gente fosse dar um banquete, deveria convidar para nossa casa, não aqueles que podem nos retribuir, porém os mais necessitados. Hoje eu não poderia almoçar sabendo que meu colega Rogério e a família dele não têm nada para comer!...

Envergonhada e com os olhos úmidos, a mãe reconheceu:

— Você tem toda razão, minha filha. Fez muito bem de tê-los trazido para nossa casa. Realmente, não os estava esperando, mas darei um jeito. Nossa refeição pode atrasar um pouco, mas todos nós teremos o que comer. Se quiserem, poderão até tomar um banho. Imagino que devem querer tirar a roupa cheirando a queimado! Daremos um jeito de arrumar roupas para todos! 

Estela pegou uma muda de roupa sua para Maria, uma do seu marido para Manoel, e uma do filho, que serviria para Rogério, e pediu a Verinha que fosse à vizinha buscar roupas para as duas crianças menores.  

Enquanto a mãe cuidava do almoço, Verinha mostrou-lhes o banheiro e cada um tomou seu banho, saindo de lá com outra disposição.

Na cozinha, Estela pensava o que poderia fazer para tanta gente. De repente, abriu o armário e resolveu: — Já sei!...

Algum tempo depois o almoço estava pronto e um delicioso cheiro de comida invadia o ar. O dono da casa, Valter, tinha chegado e Verinha apresentou-lhe as visitas, explicando a razão de estarem ali. Ele ficou satisfeito.

— Estela, como preparou um almoço tão rápido? — indagou Maria, surpresa.

— Foi fácil! Fiz uma macarronada. É rápido de fazer e todos adoram!

Todos sentados para a refeição, Estela encarregou-se de fazer a prece:

— Senhor! Hoje nós temos muito mais a Te agradecer, porque graças à nossa filha Verinha temos a presença de convidados muito queridos, pedindo Tuas bênçãos para que a situação deles se resolva da melhor maneira. Dá-nos um bom almoço e a Tua paz!   

Todos comeram com satisfação a enorme e deliciosa macarronada de Estela.

Ali reunidos, experimentavam mais alegria e bem-estar, sentindo o ambiente leve e agradável. A família de Rogério porque, apesar de terem perdido as coisas materiais, preservaram o dom maior: a Vida! E a família de Verinha, por estar podendo exemplificar o evangelho de Jesus, fazendo o bem.

Mas não ficou por aí. Organizaram uma campanha para ajudar a família em necessidade, e a cidade inteira colaborou. Chegavam sem parar materiais de construção, móveis, eletrodomésticos, roupas, enfim, tudo que iriam precisar para recomeçar a vida.

Valter fez questão que permanecessem morando ali com eles, enquanto fosse necessário. Fez mais: arrumou um emprego melhor para Manoel, de modo que pudesse criar os filhos com mais tranquilidade.

As famílias de tal modo se afeiçoaram que se tornaram amigas para a vida inteira.

E Rogério, quando alguém se lembrava do incêndio, dizia:

— Não lamento o que aconteceu. Foi graças à generosidade de Verinha que nossa vida mudou para melhor! Jamais poderei agradecer o suficiente. Obrigado, amiga!
 

E dava-lhe um abraço apertado e cheio de carinho.

                                              

      Meimei

 

(Mensagem psicografada por Célia Xavier de Camargo em Rolândia-PR, no dia 9 de maio de 2011.)



 


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