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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 208 - 8 de Maio de 2011

 


A fuga

 

Voltando para casa, após as aulas, Caio pensava o que diria para sua mãe. Era sexta-feira. Um colega o tinha convidado para sair à noite com uns amigos.  

Logo ao chegar, perguntou: 

— Mamãe, eu posso sair esta noite? 

Surpresa, ela indagou com quem ele queria sair. 

— Por que quer saber, mamãe? — o garoto retrucou, irritado: 

— Sou sua mãe, Caio, e responsável por você, que tem apenas doze anos. 

Ele jogou a mochila na cadeira, com raiva: 

— Por que a senhora tem que ser assim? As outras mães são boazinhas e deixam os filhos fazer o que querem. 

— Eu não deixo e ponto final. Agora vá tomar banho.   

Caio saiu, bravo, e foi para o quarto. Ao chegar, o pai logo notou a cara fechada do filho. 

— O que houve, Caio? 

— É que eu quero sair hoje à noite e a mamãe não deixa. É só uma voltinha com os amigos, papai. Não tem nada demais! Deixa, vai! 

O pai pensou um pouco e quis saber: 
 

— Quem são os garotos? Nós conhecemos as famílias deles? 

— Não, pai. Mas é gente boa. Pode crer. 

— Sinto muito, meu filho. Não podemos deixar você, que ainda é uma criança, sair com pessoas que não conhecemos. É preciso ter cuidado. Somos os responsáveis por você. 

Caio saiu da mesa e foi chorar no seu quarto.  

Logo, ele ouviu discreta batida na porta. Era a mãe que vinha ver como ele estava.  

— Tente entender, meu filho. Existe muita violência nos dias de hoje e não se pode facilitar. Fazemos isso por amar você.      

Embora revoltado, Caio respondeu: 

— Não se preocupe, mamãe. Estou bem. Vou dormir mais cedo.   

— Então, durma bem, meu filho. Que Jesus o abençoe. Vamos fazer uma prece?  

Ela fez uma oração com ele e, em seguida, deu-lhe um beijo na testa. Depois saiu do quarto, fechando a porta. 

Caio, porém, tinha outros planos. Trocou de roupa, abriu a janela, pulou-a e caiu no jardim. Dali para a rua era fácil. Logo, todo feliz, estava indo ao encontro dos amigos. 

Foram para uma lanchonete, pediram um lanche e divertiram-se a valer. Mais tarde, um dos garotos começou uma briga e precisaram sair do local. 

Andaram pelas ruas desertas falando alto e mexendo com as raras pessoas que passavam. 

Caio não estava gostando nada daquilo, mas não podia fazer nada. De repente, um dos meninos acendeu um fósforo e ateou fogo numas plantas secas. Outro jogou uma pedra numa janela, quebrando a vidraça. Um terceiro furou os pneus de um carro e um quarto quebrou uma placa de trânsito.   

Todos riam achando a maior graça. Caio tentou impedi-los, mas não lhe deram atenção.   

De repente, surgiu um carro de polícia e eles foram pegos. Levados para o Conselho Tutelar, tiveram que dar explicações. Avisados, os pais de Caio chegaram para buscar o filho. Estavam perplexos. 

— Pensamos que nosso filho estivesse dormindo! — justificaram. 

O conselheiro explicou o que tinha acontecido.  

— E os pais dos outros garotos, por que não estão aqui? — perguntou a mãe de Caio. 

— Não foram encontrados. Enfim, não há quem se responsabilize por eles. Ficarão aqui até que apareça alguém para buscá-los. 

Caio e os pais voltaram para casa. No carro, vinham calados. Depois que entraram em casa, Caio disse aos pais: 

— Papai! Mamãe! Sei que têm toda razão para estarem envergonhados do que eu fiz. Eu também estou. Sinto muito ter saído escondido. 

— Poderia ter sido muito pior, meu filho. Ainda bem que os meninos confessaram — falou a mãe. 

— Eu sei, mamãe. Agora compreendo que vocês tinham toda razão. Eu não os conhecia realmente. Quando vi como eles agiam, fiquei com medo. Tentei impedir, mas não me ouviram.  

— Que esta noite lhe sirva de lição, meu filho — considerou o pai. 

— Pode ter certeza que serviu, papai. Passei muito medo e nunca mais quero ter outra experiência igual. Agora compreendo a bênção de ter pais responsáveis como vocês.  

Depois, Caio olhou para os pais com os olhos úmidos, e suplicou: 

— Será que podem me perdoar?  

Os pais, aliviados, o envolveram num abraço carinhoso, mostrando todo o amor que sentiam por ele e a satisfação de tê-lo em casa, em segurança.  

Alguns dias depois era o Dia das Mães. 

Caio comprou um lindo ramalhete de flores e entregou à sua mãe com sorriso.                                

— Mamãe, eu amo a senhora. E agora compreendo porque os pais têm que ter cuidado com os filhos. Isso representa o grande amor que sentem por eles.  

O garoto deu um abraço apertado na mãezinha, depois

disse:   

— Obrigado, mamãe. Por tudo.  

                                                        TIA CÉLIA 



 


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