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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 4 - N° 198 - 27 de Fevereiro de 2011

 

O vestido de aniversário

 

Ângela, de apenas seis anos, estava bastante preocupada com sua avó Carlota, mãe de sua mãe, que morava numa cidade litorânea bem distante da sua. 

Por acaso tinha ouvido um comentário dos mais velhos que a avó Carlota estava muito doente e que o médico estava apreensivo com o estado de saúde dela. Talvez precisasse até fazer uma cirurgia. Então, aflita, ela perguntou a seu pai: 

— Papai, o que está acontecendo com a vovó Carlota? Ela vai morrer? 

— Não, minha filha, claro que não! Além disso, você já aprendeu que ninguém morre, somente muda de vida, não é? — disse o pai, tranquilizando-a. 

— É verdade. Mas ela está muito mal? Sem querer ouvi vocês conversando e percebi que mamãe está muito triste. Gosto muito da vovó e quero saber o que ela tem! 

Rubens, notando a inquietação da menina, sentou-se numa cadeira, puxou-a para si, abraçando-a com carinho, e falou-lhe com sinceridade: 

— Olha, filhinha, você é uma garota madura para a sua idade e acho que vai poder entender. A verdade é que não sabemos o que sua avó tem. O médico ainda não chegou a uma conclusão sobre o estado de saúde dela. 

Fez uma pausa e, diante da expressão de tristeza

da menina, prosseguiu:   

— Todavia, Jesus nos ensina que, se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda, conseguiremos tudo o que desejarmos. E a Doutrina Espírita nos explica sobre a força do pensamento. Assim, nada é impossível para aquele que crê. Por isso, ore e peça a Jesus que ajude sua vovó. Entendeu? 

— Entendi, papai. Vou orar todas as noites pedindo a Jesus que cure a vovó. 

E a pequena Ângela, naquela noite, antes de dormir, elevou seu pensamento a Jesus orando como nunca tinha feito antes. Lembrava-se das lições que recebera nas Aulas de Evangelização na Casa Espírita e que falavam do valor do pensamento positivo. Aprendera, também, que, ao dormir, o Espírito se desprende e vai aonde quiser. Então, suplicou ao Mestre que lhe permitisse ver a vovó Carlota; estava com muita saudade e desejava inteirar-se do seu estado de saúde. 

Ângela adormeceu e sonhou. 

Sonhou que chegava à casa de sua avó. A bondosa senhora sorriu e abriu os braços para receber a netinha. 

— Ângela! Que prazer vê-la, minha querida. Entre! 

Conversaram bastante. Ângela matou a saudade da avozinha e do seu lindo quintal, cheio de mangueiras, jabuticabeiras e laranjeiras. Caminharam sob as árvores de mãos dadas, enquanto a brisa balançava as folhas verdinhas. 

Lembrando-se do que a trouxera ali, Ângela perguntou: 

— Vovó, soube que a senhora está doente e estamos preocupados! 

— Não se aflija, minha netinha, estou bem. Fiz novos exames e não deu nada. Fique tranquila. Vou até acabar de fazer um vestido que tinha começado. Quer ver? 

Curiosa, Ângela acompanhou a avó e realmente viu, sobre a máquina de costura, um belo vestido quase pronto. 

— Que lindo, vovó! 

— É para você! Pretendo levá-lo quando for para o seu aniversário. Queria fazer-lhe uma surpresa, mas agora você já sabe. 

— Não tem importância, vovó. Fico feliz por saber que a senhora está boa. Valeu a pena ter vindo — disse a menina, abraçando a avó contente. 
 

A garota não viu mais nada. Despertou na manhã seguinte alegre e bem disposta. Arrumou-se para ir à escola e, quando estava sentada tomando seu café com leite, lembrou-se do sonho. 

— Mamãe! Esta noite sonhei com a vovó Carlota! 

Vilma trocou com o marido um olhar preocupado. 

— E ela, como está? 

— Está ótima! Conversamos bastante. Ela me contou que fez novos exames e não deu nada do que o médico esperava. 

— Mas como você sabe dessas coisas? 

— Pois não estou lhe dizendo que fui até a casa da vovó Carlota? 

O pai de Ângela assegurou-lhe que acreditava nela. A mãe, porém, estava perplexa. A menina continuou: 

— E tem mais. A vovó está fazendo um lindo vestido para mim! Todo em azul, rosa e branco. Vai ficar uma beleza!... 

Temendo que a filha se decepcionasse, a mãe considerou: 

— Ângela, eu sei que você adora sua avó, mas foi apenas um sonho! Não fique esperando um vestido que não virá, minha filha. 

— Vem, sim! É verdade, mamãe. Eu já não disse que fui visitá-la? Pode até telefonar para a vovó, se quiser.  

Para tirar as dúvidas, Vilma ligou para a mãe e obteve a confirmação de tudo o que Ângela dissera. Quando terminou a ligação, sumamente espantada, ela olhou para a filha: 

— É verdade, minha filha. Você esteve lá!... 

— Claro! Você não sabe que isso pode acontecer, mamãe? Aprendi com a professora de Evangelização que, quando a gente dorme, o Espírito vai aonde quer!    

E quando o vovô Francisco e a vovó Carlota chegaram para o aniversário de Ângela, foi com ansiedade que a menina abriu o pacote bem feito. Pegou o vestido nas mãos e confirmou, orgulhosa: 

— É exatamente do jeitinho que eu estava esperando! Obrigada, vovó! 


                                                                     Tia Célia

 



 


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