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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 4 - N° 189 - 19 de Dezembro de 2010
KATIA FABIANA FERNANDES
kffernandes@hotmail.com
Londres, Inglaterra (Reino Unido)

 
Regina Zanella:

“Para mim o Espiritismo é a própria vida”

A dirigente do Grupo Sentieri dello Spirito de Milão fala acerca de sua iniciação no Espiritismo e sobre o movimento espírita italiano

 

Maria Regina Amaro Zanella (foto), paulista de Votuporanga, está desde 1987 radicada em Milão, Itália, para onde se mudou por motivos profissionais.

Trabalhadora espírita de atuação fundamental na disseminação e divulgação da Doutrina Espírita na Itália, ela nos fala nesta entrevista sobre sua vida pessoal e também sobre o movimento espírita italiano. 

O Consolador: Qual sua formação escolar?

Sou tradutora, intérprete e jornalista. 

O Consolador: Que cargo você exerce

no movimento espírita?

Dirijo há 14 anos o Grupo Sentieri dello Spirito de Milão, no qual já exerci várias funções ao longo destes anos. 

O Consolador: Quando você se iniciou no Espiritismo?

Comecei meus estudos em 1995. 

O Consolador: Houve algum fato especial que tenha influenciado esse contato?

Houve três circunstâncias em particular: ter vivenciado fatos mediúnicos em 1994, ter conhecido Divaldo Pereira Franco em 1994, e a desencarnação de meu pai adotivo em 1995. 

O Consolador: Qual foi a reação de sua família?

A reação foi de não-aceitação e contrariedade.  

O Consolador: Dos três aspectos do Espiritismo – ciência, filosofia e religião – qual mais a atrai?

Os três aspectos da Doutrina Espírita são complementares e importantes, e me identifico com todos eles. 

O Consolador: Há algum livro espírita que a tenha tocado em especial?

Sim. Pessoalmente me tocou muito o livro “E a vida continua”, último da série André Luiz, psicografado por Francisco Candido Xavier. Creio que foi devido ao momento que estava vivendo na época. Acredito que cada um de nós pelo próprio percurso e necessidade se identifique com uma obra em particular. 

O Consolador: Se você tivesse de passar algum tempo num lugar remoto, com acesso restrito à atividade espírita, que livros espíritas você levaria?

Os livros básicos da obra de Kardec; se conseguisse compreendê-los e vivê-los não necessitaria de mais nada.    

O Consolador: O Espiritismo é, para você, uma religião?

No seu sentido literal religião deriva do verbo religar, e se por religar podemos entender o homem ao seu criador, para mim o Espiritismo, através do conhecimento, tem esse valor. Se falarmos de religião no sentido institucional, não. 

O Consolador: Qual sua opinião sobre os passes padronizados?

Acredito que a diferença, no tocante ao passe, não resida na “prática espírita”, mas no homem “espírita”. Fico com o que dizia Chico Xavier: Existem dois tipos de passe, o que funciona e o que não funciona.  

O Consolador: Você tem tido contacto com o movimento espírita brasileiro? Considera-o atuante ou falta nele agora que favoreça uma melhor divulgação da doutrina?

Tenho tido contatos o quanto possível, o que é importante, assim como o contato com outros países. Não vejo defecções graves no movimento brasileiro, pois tudo faz parte de um percurso evolutivo até mesmo dentro deste. 

O Consolador: Como se desenvolve o movimento espírita na Itália?

Acredito que cada um esteja fazendo aqui o que lhe é possível, dentro do seu próprio raio de ação. Einstein já dizia que o Universo não dá saltos; portanto, fazendo cada um a própria parte, a doutrina galgará o lugar a ela destinado. 

O Consolador: Como é na Itália a aceitação das pessoas com relação ao Espiritismo?

Não é igual para todas as pessoas, naturalmente, pois cada um tem uma vivência própria. Encontrei italianos que aceitaram a doutrina espírita de imediato e a vivem com emoção e sentimento, mas também encontrei brasileiros que a utilizam somente no momento de necessidade.  

O Consolador: Assim como existe no mundo de um modo geral, também na Itália existe um comércio das coisas ditas espirituais?  

O comércio a que você se refere existe desde sempre. Jesus referiu-se aos mercadores do templo, e antes dele Moisés já havia limitado a prática das pitonisas, visto que se começava a ocorrer um abuso na comunicação com a dimensão do espírito. O que, pessoalmente, me entristece nao é somente o comércio mas a falta de discernimento das pessoas e a pouca predisposição para o estudo, para a informação. Acredito que a responsabilidade venha de ambas as partes, desde que, hoje em dia, temos fácil acesso a informação séria. O imediatismo, o querer tudo aqui e agora, faz com que muitas pessoas se precipitem, e quem trabalha na seara espírita está constantemente em contato com quem procura o Espiritismo para solução imediata dos próprios problemas. Quanto à mediunidade O Livro dos Médiuns é rico manancial, e no Evangelho temos o capítulo sobre a mediunidade gratuita. Ocorre que nem todo médium é espirita, muitos são autodidatas e o que podemos fazer é seguir pelo caminho reto e esclarecer quem nos procure para esta finalidade. Cada qual utiliza o próprio livre-arbítrio. Inicialmente um comportamento equivocado pode gerar alguma confusão, assim como informações mal direcionadas. No Brasil, por exemplo, há pessoas que têm dificuldade em diferenciar um Centro Espírita de outros centros que utilizam igualmente a prática mediúnica, assim como no exterior muitos à primeira vista confundem médium espírita com mediunidade espontânea, às vezes privada de ética moral e comportamental. Muitos poderiam ser os exemplos a citar, mas a caridade moral nos ensina a esclarecer e não a acusar. 

O Consolador: Quais as maiores dificuldades em desenvolver o trabalho espírita fora do Brasil?

As dificuldades são várias, as quais hoje em dia prefiro definir como sendo oportunidades e desafios de crescimento e trabalho.

O Consolador: Como você vê o nível da violência que existe no mundo e como nós, espíritas, podemos cooperar para que esse nível se reduza?

Também aqui existe um processo natural já preconizado pelos Espíritos amigos. Como se diz, depois da tempestade virá a bonança. Jesus já dizia que quem o quisesse seguir que primeiro fizesse as pazes com o próprio irmão. Nós espíritas ainda temos muito caminho pela frente para nos pacificarmos entre nós, antes de pensarmos “nos outros”. Se conseguirmos reverter esta situação dentro do próprio ambiente espírita já será uma vitória e um exemplo para todos. Muitos espíritas não conseguem ainda ajudar nem mesmo os próprios familiares.  

O Consolador: Que importância tem o Espiritismo em sua vida?

Para mim ele é a própria vida.  

O Consolador: Suas palavras finais.

Agradeço a oportunidade e a bondade dos leitores em ler estas singelas considerações. Paz e bem para todos nós.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita