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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 4 - N° 181 - 24 de Outubro de 2010

 

A jabuticabeira

 

Um bando de crianças retornava para casa após as aulas. Caminhando pela calçada elas riam, tagarelas, contando as artes que tinham feito. De repente, um dos meninos lembrou:

— Atenção! Estamos perto da casa da jabuticabeira.

Todos se calaram e, em silêncio, se aproximaram da casa.

Atrás do muro, havia uma linda jabuticabeira coberta de frutos. As jabuticabas, grudadas no tronco e nos galhos, estavam bem madurinhas e pareciam muito apetitosas.

Dois dos garotos mais espertos subiram no muro, colhendo algumas frutinhas com rapidez; depois mais dois, e assim até que todos tivessem colhido as suas. 

Nisso, ouviram um barulho de gente que se aproximava.

— Quem está aí? — gritou uma voz de mulher.

Eles pegaram as mochilas e, rindo baixinho, puseram-se a correr. Na outra quadra, considerando-se em segurança, pararam e sentaram-se na calçada, divertindo-se com a brincadeira.

Ao chegar a casa, ainda rindo, Juliano contou à

mãe o que tinham feito. E, tirando da mochila duas jabuticabas bem pretinhas, lhe ofereceu:

— Prove, mamãe, estão uma delícia! Bem docinhas!

A senhora fitou o filho com expressão séria e perguntou:

— Juliano, meu filho, você acha certo o que fez?

O garoto pensou um pouco, preocupado, ao ver a mãe contrariada, e respondeu:

— Estávamos apenas brincando, mamãe! “Todo mundo” faz isso!... 

— “Todo mundo” faz isso? O que vocês fizeram é um roubo, quando estas frutas poderiam ser facilmente compradas em qualquer supermercado, meu filho! Acha correto? Foi isso o que eu e seu pai lhe ensinamos?

O menino baixou a cabeça, arrependido, reconhecendo que a mãe tinha razão e prometeu que nunca mais iria roubar frutas.

— Muito bem, Juliano. Fico contente que resolva agir corretamente antes que lhe aconteça coisa pior. Porque, muitas vezes, a vida nos mostra a realidade de maneira mais dura e desagradável.           

O garoto ficou pensativo ao ouvir as palavras da mãe, e foi guardar a mochila para almoçar.

No dia seguinte, Juliano já tinha esquecido a história das jabuticabas, mas evitava retornar da escola com a turma, conforme a mãe sugerira.

Três dias depois, passando defronte daquela casa, viu que a jabuticabeira continuava carregada de frutos, maduros e apetitosos. Juliano estava com fome e sua boca se encheu de água. Ele pensou... pensou... pensou...

Depois, entre roubar as frutinhas e não roubar, ele preferiu arriscar. “Afinal, ninguém vai ver! E que importância têm duas ou três jabuticabas a menos para a dona, que pode ter quantas frutas quiser?” — pensou ele.

Não teve dúvida. Subiu no muro e apanhou as jabuticabas.

Estava descendo, quando ouviu uma voz atrás dele:

— Então é você que tem roubado minhas jabuticabas?... Meu filho! Bastaria que me pedisse e eu lhe daria quantas frutas quisesse!   Poderia   dar  mais:   tenho

laranjas, mangas e bananas no meu pomar.

Vermelho de vergonha, Juliano não sabia como se desculpar. Não era ele que vinha roubando sempre, mas adiantaria dizer isso agora? Ela não iria acreditar...

— Peço-lhe desculpas, senhora. Isso nunca mais vai acontecer, eu prometo.

A senhora olhou-o com simpatia e docemente convidou-o a entrar.

— Venha, meu filho. Você não me parece um mau garoto. Vou dar-lhe muitas frutas. Meu nome é Dora. E o seu?

— Juliano.

Ela o levou para dentro e conversou com ele.

Mostrou-lhe o pomar, o papagaio e o cachorrinho de estimação. Conversaram bastante e se tornaram amigos. Juliano saiu da casa de Dora carregado de lindas frutas.

Chegando em casa, envergonhado pelo que tinha acontecido, contou a sua mãe, concluindo:

— Você tinha razão, mamãe. A vergonha que passei hoje, eu jamais vou esquecer. Mas eu mereci essa lição! Teve seu lado bom, porque conheci dona Dora, uma senhora muito especial. Ah! E ela quer conhecer você!...

Juliano cresceu, tornou-se homem, porém manteve em sua mente a experiência que vivera, passando sempre a nortear suas ações para o bem, a honestidade e a verdade.   

                  Meimei


(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em 20/9/2010.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita