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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 4 - N° 176 - 19 de Setembro de 2010

 

Atravessando a rua

 

Renato, dono de empresa e homem de negócios, aguardava um amigo com quem tinha marcado um encontro numa esquina do centro da cidade. 

Olhando o movimento intenso de pessoas, Renato reparou num menino pequeno, que calculou teria uns sete anos, parado no semáforo, aguardando. 

O menino olhava em torno, examinando as pessoas que esperavam a mudança do sinal. Nisso, percebeu que o garoto se aproximou de um velhinho que mostrava grande dificuldade para atravessar a rua, e, quando o semáforo abriu para os pedestres, ele ofereceu-se para ajudá-lo; segurando no braço do velhinho, conduziu-o gentilmente e em segurança para o outro lado da rua. Depois, o garoto ficou esperando do outro lado, para retornar ao lugar de onde tinha vindo.  

Renato, curioso, ficou observando o garoto. Do outro lado da rua, o menino examinava as pessoas que aguardavam o sinal abrir, dedicando especial atenção àquela que apresentasse maior dificuldade. 

Nesse momento, apareceu um cego que ficou parado, indeciso e temeroso.  

Vendo o cego, o garoto se aproximou dele e, gentilmente, segurou sua mão ajudando-o a atravessar a rua movimentada. 

Impressionado com a atitude do menino, Renato continuou observando-o atentamente. Em seguida, viu-o ajudar uma senhora cheia de pacotes, depois um garoto, uma senhora grávida com um carrinho de bebê e muitos pacotes, uma velhinha e até um cachorro que, com o rabo entre as pernas e a cabeça baixa, não se atrevia a enfrentar o trânsito. 

Notou que o menino ficava indo e vindo no semáforo, de um lado para outro da rua, entregue à sua atividade de ajudar pessoas em dificuldade. 

Agora deste lado da rua, como o movimento estivesse mais tranquilo, o garoto parou um pouco para descansar. 

Aproximando-se dele, Renato começou a conversar: 

— Olá! Tudo bem? Não pude deixar de notar seu esforço para ajudar as pessoas com problemas a atravessarem a rua. 

O garoto levantou a cabeça olhando para o desconhecido com os olhos claros radiantes de satisfação. 

— Gosto muito desse serviço. Ajudar a quem precisa me faz bem. Sempre que posso faço isso. Moro aqui perto e vejo a dificuldade que algumas pessoas têm para atravessar a rua. Assim, uso uma parte do meu tempo livre para ser útil.

O homem estava surpreso e encantado. Estendeu a mão, apresentando-se: 

— Chamo-me Renato. E você? 

— Júlio — disse o menino apertando a mão estendida. 

— Prazer em conhecê-lo, Júlio. Mas, diga-me: por que se preocupa em ajudar pessoas que nem conhece? 

O garoto pensou um pouco e respondeu: 

— Está vendo aquele prédio ali? — mostrou um edifício que ficava quase na esquina. — É ali que eu moro e tenho visto acontecer muitos acidentes nesta avenida. Há algum tempo, na escola, minha professora disse que todos nós temos que dar nossa colaboração para a sociedade em que vivemos. Recebemos bastante e precisamos aprender a colaborar fazendo a nossa parte. Perguntei a ela o que eu poderia fazer. Ela me respondeu que, se eu pensasse no assunto, encontraria a resposta. Então, como esse problema está próximo de minha casa, resolvi ajudar as pessoas para que não ocorram mais acidentes. Pelo menos, não que eu possa evitar. 

— Júlio, mas você ainda é uma criança!... 

Com expressão séria e digna, o menino respondeu: 

— Exatamente por isso, faço apenas o que posso. Existem muitos adultos que poderiam colaborar realizando tarefas bem maiores e não o fazem. 

Renato estava comovido com o garoto e seu propósito de amparar os menos favorecidos.     “Se todos agissem como ele, as coisas no mundo seriam bem mais fáceis” — pensou. 

Naquele momento, Júlio viu uma senhora de idade, gorda e com problemas nas pernas, temerosa de atravessar a rua. 

Pediu licença ao novo amigo e partiu para ajudar a senhora. Deu o braço a ela e, enquanto se preparava, esperando o sinal abrir, voltou-se e acenou com a mão alegremente para Renato. Depois, cuidadoso, acompanhou a velhinha na travessia da avenida. 

Encantado, Renato seguia com os olhos aquele garoto que tinha conhecido de maneira tão casual. Se todos pensassem como ele, o mundo seria bem melhor! 

Nesse momento, o amigo que Renato estava esperando chegou, desculpando-se pelo atraso. 

— Desculpe-me, Renato. Esperou muito? Tive um imprevisto. 

Tranquilo e satisfeito, sentindo-se leve e com outra disposição, Renato afirmou: 

— Não se preocupe. Aproveitei bem o meu tempo. 
 

— Ótimo! Pensou naquilo que conversamos, Renato? 

— Pensei. Aceito seu convite. Pretendo colaborar na entidade assistencial que com tanta dificuldade você dirige há anos. Farei o que for necessário. Quero ajudar mesmo. Disponha de mim como achar melhor; pretendo ser útil. 

Satisfeito, o recém-chegado sorriu: 

— Fico muito feliz. Vamos tomar um café ali na esquina? Assim poderemos conversar melhor. 

Acompanhando o amigo, Renato virou-se e viu Júlio, do outro lado da rua, esperando para atravessar com um velhinho. 

Acenou com a mão e sorriu para o garoto, que retribuiu o gesto, já se preparando novamente para a travessia.  


                                                Tia Célia



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita