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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 4 - N° 168 - 25 de Julho de 2010

 

Mentira tem perna curta

 

Pedrinho era um menino muito peralta. Sempre que estava quieto, sua mãe já sabia que estava planejando alguma arte.  

Além de levado, Pedrinho também era mentiroso.  

Sempre que surpreendido fazendo uma das suas, inventava as maiores mentiras para se livrar da repreensão. Dotado de bastante imaginação, Pedrinho criava histórias para justificar o que tinha acontecido; geralmente jogava a culpa por cima de Clarinha, a irmã mais velha, adolescente. 

Certo dia, Bilu, um belo cãozinho de pelo claro e grandes orelhas marrons entrou em casa todo coberto de manchas oleosas e alaranjadas. Inconformado, o

animalzinho tentava se limpar, passando desesperadamente a língua pelo corpo, mas sem resultado.  

Quando Julieta, a mãe de Pedrinho, viu o cachorro triste, deprimido e cansado, balançou a cabeça, pensando: Isso é arte do Pedrinho! 

Imediatamente chamou o menino. 

— Pedrinho! O que foi que você fez com o Bilu? 

— Eu? Nada, mamãe! O que aconteceu? — respondeu ele com a maior tranquilidade. 

— Não minta, meu filho. Veja como o Bilu está. Coitadinho!  

E mostrando o cão ao menino, perguntou:  

— O que foi que você passou nele? 

— Não fui eu, mamãe. Foi a Clarinha que passou óleo no pelo dele! Aquele que a senhora usa para limpar os móveis! — justificou-se. 

— Não minta, Pedrinho. Sua irmã está na casa da vovó desde ontem, esqueceu? E ela não faria uma coisa dessas. 

O menino revirou os olhos, como sempre fazia quando estava mentindo, e sugeriu: 

— Então, acho que foi ele mesmo que pegou no armário.  

— O Bilu?... Como ele faria isso? — perguntou a mãe fazendo cara de quem não estava acreditando. 

— Bem, acho que o Bilu subiu no banco, abriu a porta do armário, tirou a tampa do vidro e passou óleo no corpo todo.  

— É isso mesmo o que você quer que eu acredite, Pedrinho? — retrucou a mãe, muito séria, com as mãos na cintura. 

O menino baixou a cabeça, envergonhado. Sabia que sua história não tinha colado. 

— Está bem, mamãe. Fui eu que passei óleo nele. Queria ver o Bilu com os pelos brilhantes e bronzeados, como a Clarinha faz quando toma sol!... 

— Ainda bem que resolveu dizer a verdade, meu filho. Mentira é coisa muito feia. Quem mente fica desacreditado. Chega uma hora em que ninguém mais confia nele. A verdade pode ser difícil num primeiro momento, mas quando a gente enfrenta, o alívio é muito grande. Quem está com a consciência tranquila nada tem a temer. Entendeu?  

Pedrinho balançou a cabeça, concordando.  

— E agora, meu filho, o que você acha que deve fazer? 

— Bem, a senhora sempre diz que quando a gente erra precisa reparar o mal que fez. 

— Isso mesmo. Só que, dependendo do erro, não temos como repará-lo naquele momento. Por exemplo: se você tivesse passado algum produto que causasse dano à saúde do Bilu, ele poderia ficar doente e talvez até viesse a morrer!  

O menino, que gostava muito do cãozinho, estava a ponto de chorar  percebendo o mal que lhe poderia ter causado. 

— A senhora tem razão. Vou ser mais responsável. Afinal, já tenho quase oito anos. Qual será o meu castigo? 

— Não vou lhe dar castigo, meu filho. Quero que você pense e decida o que deve fazer. 

— Obrigado, mamãe. Confie em mim. Vou cuidar do Bilu. 

Pedrinho afastou-se correndo e, dez minutos depois, a mãe olhou pela janela e viu o menino no quintal dando banho no cãozinho, que parecia bem mais feliz e satisfeito.

Depois de lavar, secar e pentear o cachorro de estimação, Pedrinho levou-o para sua mãe ver. O menino estava contente, com expressão compenetrada e mais madura. 

— A partir de hoje, mamãe, vou cuidar muito bem do meu amigo Bilu. E prometo também que não vou mais mentir para a senhora ou para qualquer outra pessoa.
 

                                                                       Tia Célia
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita