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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 4 - N° 163 - 20 de Junho de 2010

 

O Ipezinho arrogante

 

À beira de um rio existia uma pequena árvore muito vaidosa e consciente da sua beleza. Era um Ipê amarelo. 

Quando seu tronco esguio começou a se desenvolver, crescendo flexível, e as primeiras folhas principiaram a nascer verdes e brilhantes, ele encheu-se de admiração. Mas quando na primavera as primeiras flores desabrocharam, o pequeno Ipê deixou-se envolver pelo orgulho e pela vaidade. 
 

Próximo dali, distante apenas alguns metros, vivia um grande Jequitibá. Seu tronco era grosso, forte e nodoso. As marcas em seu tronco falavam das experiências que tivera e das dificuldades que enfrentara na vida. 

O pequeno Ipê, convencido e arrogante, fitava-o com desprezo, fazendo comparações entre sua juventude e a velhice do respeitável Jequitibá. 

— Você está velho e feio! Veja como suas folhas estão opacas e desbotadas! Eu não. Sou jovem e belo, minhas folhas lisas e brilhantes. Você já nem floresce mais! Eu, ao contrário, encanto a todos com meu amarelo cor do sol! 

O velho Jequitibá fitava-o sereno, como se estivesse diante de uma criança querida, porém mal-educada, e dizia: 

— Cuidado, beleza não é tudo. A vida é excelente mestra e você terá de viver muito ainda, meu jovem e petulante amigo. Nada como um dia atrás do outro... 

O tempo foi passando. Certo dia, as árvores ouviram um barulho estranho. Era o ribombo de um trovão. 

O pequeno Ipê assustou-se. Nunca antes ouvira um trovão. Na verdade, sequer sabia o que era um trovão! 

Havia chegado o tempo das águas. As nuvens foram-se acumulando no céu, cada vez mais escuras e assustadoras. Um vento forte começou a soprar ameaçando tempestade. 

Nesse momento passou voando um passarinho assustado, pedindo socorro. Apavorado e lutando para manter-se de pé, o pequeno Ipê gritou-lhe: 

— Não posso. Veja, preciso salvar a mim mesmo!

Mas o Jequitibá, amável, convidou: 

— Esconda-se aqui nas minhas folhas e estará seguro. 

Logo mais passou um coelho pulando, a gritar: 

— Meu amigo, socorra-me! 

E o Ipê não pôde ajudá-lo por ser muito fraquinho. Mas o generoso Jequitibá falou-lhe com carinho: 

— Existe um buraco no meu tronco. Entre e esconda-se. 

Dentro de pouco tempo, o grande Jequitibá tinha sob sua proteção um monte de animais: esquilos, macacos, coelhos, passarinhos, araras e até um bicho-preguiça. 

Logo, grossos pingos de chuva começaram a cair, e choveu muito. A água do rio cresceu assustadoramente, inundando a margem e levando tudo que encontrava no caminho. 

As terras às margens do rio ameaçavam desbarrancar e o pequeno e frágil Ipê sentiu-se perdido. 

As águas agitadas banhavam-lhe as raízes e ele percebeu que seria arrancado do solo e arrastado pela violência da correnteza. Entre despeitado e apavorado, teve de gritar por ajuda: 

— Socorro, velho Jequitibá! As águas estão me levando! 

E o Jequitibá, que era muito bom e generoso, abaixou seus galhos, gritando: 

— Segure-se forte em mim. Nada lhe acontecerá. Não tenha medo! 

E o pequeno Ipê agarrou-se nos galhos fortes da velha árvore e sentiu-se muito seguro. 

Quando a tempestade passou e o sol voltou a brilhar, após muitas horas, o Ipezinho acordou. Vendo que estava bem, são e salvo, agradecido e envergonhado, confessou: 

— Você foi muito bom para mim, ajudando-me num momento de perigo. Tenho sido orgulhoso e mau. Desculpe o meu comportamento impensado. Agora reconheço que sem sua força e experiência eu não teria sobrevivido. 

O Jequitibá sorriu: 

— Não tem importância, meu amigo. Hoje você teve uma experiência difícil. Que ela lhe sirva de lição. 

— Eu achava que juventude e beleza eram tudo. Agora sei que existem coisas muito mais importantes! 

E daquele dia em diante, o pequeno Ipê aprendeu a respeitar os mais idosos, e tornou-se grande amigo do velho e nodoso Jequitibá.


                                                                       Tia Célia   



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita