WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

 
Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 4 - N° 163 - 20 de Junho de 2010

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)

 

Ângela Moraes:

“As pessoas têm sede de Evangelho”

A autora do livro Respostas que a vida traz fala sobre sua obra e destaca  a importância para nós do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, que ela chama  'Manual prático do bem-viver'

 

Ângela Moraes nasceu na capital paulista, viveu em São José do Rio Preto (SP) e há dez anos reside em Bauru (SP). Jornalista, espírita há 20 anos, palestrante e vinculada ao Centro Espírita Amor e Caridade na mesma cidade, é articulista desta revista eletrônica e editora do jornal Momento Espírita, de Bauru. Com um livro publicado, já em segunda edição, com o significativo título Respostas que a vida traz, todo o talento da jovem escritora em transmitir os ensinos do Espiritismo através de pequenos contos surge de maneira muito especial: o livro traz um conto para cada capítulo de O Evangelho segundo o Espiritismo, numa obra muito especial. Nas respostas que deu à presente

entrevista, o leitor perceberá a sensibilidade da escritora.

O Consolador: De onde surgiu o gosto de escrever pequenos contos?

Da paixão que tenho pelos momentos pontuais que acontecem em nossa vida, mas que costumam ter uma profundidade e significação ímpar. São aqueles momentos cruciais que muitas vezes mudam o rumo de nossa existência. Narrá-lo em profundidade, com a sensibilidade de perceber o que vai na alma, requer uma descrição que tornaria a leitura enfadonha se o texto fosse longo. Fora isso, venho da formação jornalística, que exerce todos os dias a arte de falar dez linhas em três...

O Consolador: Como é a elaboração desses contos? Surgem pela imaginação ou são construídos inspirados por situações reais?

São construídos a partir de situações reais. Se assim não fosse, não conseguiria enriquecer o momento com os sentimentos próprios de quem passa por aquela situação, e acabaria por perder a identificação de quem está também passando por uma situação parecida.

O Consolador: Como surgiu a ideia de uma sequência de contos na mesma ordem dos capítulos de O Evangelho segundo o Espiritismo, como está elaborado em seu recente livro Respostas que a vida traz?

Outra grande paixão que tenho é pelo livro O Evangelho segundo o Espiritismo, que eu chamo de 'Manual prático do bem-viver'. Nunca a mensagem evangélica foi tão bem esclarecida como o foi pelas mãos e a inteligência pragmática de Kardec. O Evangelho é consolador em todas as suas linhas. E a vida da gente pode ser dolorosa em muitos momentos. Assim, a ideia foi buscar nele o alento para os diferentes desafios cotidianos - e até modernos - que a vida nos apresenta.

O Consolador: Como foi a repercussão do lançamento do livro?

Maravilhosa. Senti uma identificação muito forte da plateia, nas palestras que faço, com alguns dos personagens do livro e suas dificuldades. As pessoas têm sede de Evangelho, têm sede de uma palavra que as leve a confiar – ou a lembrar de confiar – n' Aquele que olha sempre por nós. No dia-a-dia, a fé muitas vezes entra na fila do almoço pra fazer, no serviço, atenção aos familiares, supermercado, banho e, quando finalmente chega a vez dela, estamos tão cansados que mal conseguimos elevar o pensamento. Nessa rotina, o que deveria ser o sustentáculo das situações do cotidiano acaba ficando para último plano. Foi isso que percebi nas pessoas: uma sede de Evangelho, ou a sede de ouvir um pouco sobre Jesus e seu amor naquela única hora da semana que conseguiu dedicar ao seu crescimento espiritual.

O Consolador: O que mais a atrai na obra O Evangelho segundo o Espiritismo. Por quê?

Se O Livro dos Espíritos é a mente, O Evangelho segundo o Espiritismo é o coração. Não há situação nesta vida que o leitor não encontre, nele, uma explicação lógica e um consolo. Ele é prático, é funcional, é querido e enche o nosso coração de esperança. Faz-nos lembrar que Jesus está muito perto de nós através da oração, e não raras vezes nos leva a uma reforma íntima voluntariamente, porque nos mostra qual é o caminho que nos levará à paz de espírito. O Evangelho é maravilhoso, é o livro que todos deveriam ter na cabeceira, como carinhoso amigo de todas as horas.

O Consolador: E a experiência de escrever na revista eletrônica O Consolador, o que você diz?

É uma grande honra participar de um veículo de informação espírita tão sério e comprometido como é a revista eletrônica O Consolador, juntamente com articulistas de peso, credibilidade e que têm realizado tanto na Seara literária espírita. É também uma iniciativa de muita coragem e acredito que um trabalho e tanto para o nosso querido Astolfo Olegário, editor, pois conheço a rotina de uma redação e preparar um periódico semanal requer uma dedicação quase integral. Em especial, gosto muito da seção destinada à criança, com histórias de Célia Xavier Camargo, de cunho moralizante. Sempre recorro a ela para buscar uma nova historinha pra contar aos meus filhos. Gosto também das novidades do meio espírita sempre atualizadas a cada edição, embora seções de estudo doutrinário também sejam de suma importância, na minha opinião, principalmente para resgatar autores como Emmanuel e André Luiz.

O Consolador: O intenso contato atual com a Doutrina Espírita e o movimento espírita oferecem-lhe que perspectiva de visão da sociedade em que vivemos?

A Doutrina Espírita me ampliou o entendimento a respeito da diversidade. Consegui compreender a importância de cada religião em socorro da alma humana, em seus diferentes estágios de evolução e discernimento. Por exemplo, saltou-me aos olhos o trabalho belíssimo de fortalecimento da família que os Testemunhas de Jeová pregam; agradeço intimamente aos evangélicos o trabalho brilhante que realizam para tirar pessoas de vícios pesados como drogas e álcool; a Doutrina Católica, tão sensível às dores suportadas por Jesus no mundo, é um grande passo para a proximidade com a fé e ensina uma resignação que muito contribui para o amansamento dos Espíritos mais rebeldes. Enfim, a Doutrina Espírita me ajudou a enxergar que, além das diferenças que os homens postulam, cada religião traz a sua contribuição e que todas elas estão sob a égide de Jesus, governador do nosso planeta. Eu não ousaria falar em perspectiva porque penso que o nosso entendimento é muito restrito em relação aos planos do Criador. Embora sejamos muito menos violentos que os bárbaros de ontem, ainda temos guerras cruéis, econômicas ou étnicas, acontecendo em diferentes partes do planeta. Por outro lado, nunca a comunicação nos convidou a sermos tão globalmente solidários como hoje, em que a catástrofe ocorrida em outro país nos possibilita mover recursos, sensibilizando-nos e aproximando-nos das dores alheias. Enfim, não sou pessimista em relação ao destino da humanidade, mas acho sim que o trabalho a fazer ainda é muito longo.

O Consolador: Se você tivesse que resumir um conto numa questão, como aqui, para estimular os leitores ao conhecimento espírita, o que você diria?

São tantas as possibilidades..., mas acredito que a reencarnação é um dos melhores exemplos da justiça e da bondade divina, agindo através das dificuldades, e é o que diferencia a Doutrina Espírita das demais. Talvez contasse a história de uma moça amorosíssima que escreveu cartas aos familiares através de Chico Xavier. A moça havia sido deficiente física em sua última encarnação, não tendo possibilidade de falar nem de se mover. Na carta, ela conta o que a levou a essa vivência de limitações e também o que o amor da família fez por ela, agora que estava livre. Esse tipo de revelação mostra a beleza do processo reencarnatório e a bondade do Criador ao dar uma oportunidade de redenção junto a pessoas que a amaram tanto.

O Consolador: Existe um conto prático que possa ser utilizado pelos leitores na superação de dificuldades e alimentação da esperança no dia-a-dia?

A ideia é que cada conto do livro seja prático para alguém que esteja passando por uma situação semelhante, encontrando ali um direcionamento do Evangelho para encontrar paz e esperança nos dias que virão, baseado no entendimento da ação da Providência Divina na vida da pessoa. E a alma humana é tão rica..., são tantos universos... e, ao mesmo tempo, somos todos iguais na dor, letrados ou não, ricos ou pobres, de uma raça ou de outra, de uma cultura ou de outra. Eis a beleza do espírito humano, e o grande paradoxo. Prática para superar as dificuldades? Sigamos o exemplo de renúncia e resignação de Jesus. Ter esperança? Aprendamos a orar com o coração na palma da mão, como Jesus nos ensinou. Aceitar um destino irremediável? Busquemos Aquele que torna o nosso fardo leve. Viver bem? Bebamos os ensinamentos amorosos e sábios do Cristo contidos em O Evangelho segundo o Espiritismo.

O Consolador: Suas palavras finais.

Amigos espíritas, Jesus nos abençoe a todos em nossas contribuições de formiguinhas na grande obra da Criação. Que Ele nos dê força para irmos adiante, quando tudo parece nos puxar para trás; que Ele nos ajude a sair da imaturidade espiritual, libertando-nos do egoísmo; que Ele nos dê coragem para lutar contra nossas próprias imperfeições; que Ele nos ajude a amar ao próximo, quando mal sabemos amar a nós mesmos. Que Ele esteja conosco hoje e sempre, na figura doce e segura de uma pessoa muito amada, em cujo colo possamos deitar nossa cabeça, quando ela pesar de preocupações. Confiemos, amemos, entreguemos nossos corações ao doce e amigo mestre, e que sejamos para Ele ferramenta de trabalho neste mundo que ainda precisa de tantos operários do bem. Jesus nos abençoe.

 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita