WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 4 - N° 157 - 9 de Maio de 2010

 

Fazendo o bem

 

Durante uma aula de Evangelização, entre todas as coisas que a professora falou, Bentinho gravou mentalmente de modo especial que todos temos tarefas a cumprir e que devemos sempre fazer o bem aos outros.  

Bentinho, garoto esperto e inteligente, ouviu e guardou dentro do coração as palavras da professora.  

No dia seguinte, no horário do recreio, viu uma colega tentando resolver um problema de matemática. Bentinho lembrou-se do que a professora tinha dito e não teve dúvidas, parou e, como tinha facilidade para matemática, em poucos minutos resolveu a questão. 

A garota agradeceu, encantada, e Bentinho afastou-se satisfeito, pensando: Fiz a minha primeira boa ação do dia. 

Na saída da escola, passou por uma casa onde um garotinho   tentava   empinar   uma   pipa  sem   muito

sucesso. Num impulso, aproximou-se e, tomando o brinquedo das mãos do menino, rapidamente colocou a pipa no céu.

O garoto agradeceu, surpreso, segurando o carretel de linha que mantinha a pipa no ar, e Bentinho prosseguiu seu caminho sentindo-se cada vez melhor. Fizera sua segunda boa ação do dia e um grande bem-estar o inundava por dentro. 
 

Mais adiante, pouco antes de chegar a sua casa, viu um menino abaixado junto a uma bicicleta. Aproximou-se e percebeu que ele estava com problemas. A corrente tinha saído do lugar. Imediatamente, Bentinho ajoelhou-se e, com presteza, arrumou a corrente. O menino agradeceu e foi embora.  

Bentinho entrou em casa todo orgulhoso.  

Contou à mãe o que tinha feito naquela manhã e ela deu-lhe os parabéns pela ajuda às três crianças. Depois, perguntou: 

— E agora? O que pretende fazer, meu filho? 

— Vou almoçar e depois ficarei lá fora vendo se posso ajudar mais alguém hoje. 

A mãe escutou e não disse nada. 

Depois do almoço Bentinho ficou no portão, esperando o que ia acontecer. 

Mais tarde, ele voltou para casa, satisfeito, e contou para a mãe: 

— Mamãe, ajudei uma senhora a atravessar a rua. Depois, ajudei o carteiro a entregar todas as correspondências.  

Bentinho parou de falar, sorriu e concluiu cheio de orgulho: 

— Estou exausto, mas muito feliz, mamãe. Agora vou tomar um banho, jantar e dormir.  

A mãe olhou-o com seriedade e considerou: 

— Bentinho, muito louvável seu desejo de ajudar as pessoas, meu filho. Todavia, e suas tarefas, quem fará?  

Bentinho arregalou os olhos, como se só naquele momento tivesse se lembrado de seus deveres.  

— Mas, mamãe... — gaguejou, decepcionado —, achei que estava fazendo a coisa certa! 

— Sim, meu filho. Só que ajudar aos outros é algo mais que podemos fazer, sem esquecer nossas próprias obrigações. A professora não disse que todos têm suas tarefas a cumprir? 

— É verdade. E agora? 

— Agora, você tem os deveres da escola para fazer, o quarto para arrumar, os brinquedos para guardar. Ah! E ainda ficou de consertar a bicicleta de seu irmão, lembra-se?  

— Mas já é tarde! — reclamou o garoto. 

— Não é tão tarde assim. Você ainda tem algum tempo antes do jantar. 

Vendo que a mãe estava irredutível, Bentinho baixou a cabeça e foi cumprir suas obrigações. Em seguida, tomou banho e jantou. Depois da refeição, extremamente cansado, foi logo dormir. 

A mãe entrou no quarto para fazer a oração com ele.  

Sentou-se na beirada da cama e, acariciando os cabelos do filho, disse: 

— Meu filho, eu estou muito orgulhosa de você hoje. Fez a coisa certa ajudando às pessoas. Só que, no impulso de ser útil, não podemos ultrapassar o limite da ajuda realizando a tarefa pelo outro.  

— Como assim, mamãe? 

— Por exemplo. Fazendo a tarefa de matemática para sua colega, você a impediu de aprender. O mais correto seria tê-la ensinado a resolver o problema. Entendeu? 

— Entendi, mamãe. Quer dizer que eu poderia ter ajudado o garotinho a empinar a pipa, mas não a fazê-lo por ele, não é? Assim também com o garoto da bicicleta. Se eu o tivesse ensinado a colocar a corrente, em outra ocasião ele saberia fazer isso sozinho. E o carteiro? 

— A questão do carteiro é mais complexa, meu filho. A responsabilidade por entregar a correspondência pertence a ele. O carteiro ganha para isso. E se você tivesse feito algo errado? Como entregar uma correspondência importante em endereço diferente? Ou se perdesse uma carta? A responsabilidade seria dele e ele sofreria as consequências. 

— Tem razão, mamãe. Mas acho que agi bem quando ajudei a senhora a atravessar a rua. 

— Exatamente, meu filho, embora tudo o que você fez hoje tenha sido bom. Só não devemos tirar a oportunidade das pessoas de aprenderem fazendo suas obrigações. 

— Nem de nos esquecermos de fazer as nossas!  

Bentinho estava contente. Tinha sido um dia diferente e muito produtivo. 

Abraçou a mãezinha com amor, e, juntos, fizeram uma prece a Jesus, gratos pelas lições daquele dia.                                                           

                                               
                                                                        Tia Célia   



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita