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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 3 - N° 150 - 21 de Março de 2010

 

A gratidão da abelha

 

Numa aldeia distante, próxima a uma grande floresta, morava Fábio, um garoto de oito anos. A família vivia do trabalho do pai, que era lenhador. 

Certa manhã chuvosa, Fábio não pôde sair de casa para brincar no quintal e, pela vidraça da janela do seu quarto, distraía-se a observar a chuva que caía pesada. 

Nisso o menino viu uma pequena abelha que havia ficado presa dentro de casa. A abelhinha ansiava por sair e batia-se de encontro ao vidro, em vãos   esforços   para   recuperar   a

liberdade.   

— Uma abelha! — gritou, já pensando que ela poderia picá-lo, e ele bem sabia como picada de abelha é dolorosa. 

O primeiro impulso de Fábio foi o de matá-la. Levantou a mão para esmagá-la de encontro ao vidro, mas o pequenino ser o fitou e ele notou um medo muito grande nos olhinhos dela, que pareciam lhe dizer: 

— Tenha piedade! 

Então, pensando na situação daquela abelhinha, presa ali, sem poder voar, seu coração generoso encheu-se de compaixão. 

Abriu a vidraça da janela e deixou que ela voasse livre. 

Alçando voo, a pequena abelha parou um momento no ar, a bater as asinhas, como se lhe dissesse: 

— Deus lhe pague! Obrigada, meu amigo. 

Alguns dias depois, Fábio resolveu dar um passeio pela floresta, em busca do pai que estava internado na

mata, a cortar lenha.   

Procurando pelo pai, o garoto foi entrando cada vez mais na floresta e acabou por se considerar perdido.   

— Não consigo encontrar meu pai! E como vou voltar para casa? Não sei o caminho! — murmurava consigo mesmo.  

Tardiamente Fábio se arrependeu do que fizera. Saíra de casa sem conhecimento da sua mãe e agora não sabia o que fazer. E não iriam procurá-lo, uma vez que ninguém sabia onde ele estava.    

Gritou pedindo por socorro até perder o fôlego, mas não obteve resposta.  

Cansado, sentou-se para descansar sob uma árvore. 

Chorou... chorou muito. Estava assustado. A noite não tardaria e os animais ferozes poderiam atacá-lo. 

Nesse instante, ouviu um ruído a seu lado: zum... zum.... zum.... 

Olhou e viu uma abelha. Lembrou-se da abelhinha que salvara, e pensou alto, vendo-a bater as asinhas, parada no ar, a fitá-lo.       

— Quem poderá me ajudar? — disse ele. 

Parecendo entendê-lo, ela pousou no ombro dele com cuidado, e ele sentiu-se confortado com a estranha companhia. 

A abelhinha voou para o tronco da árvore e ele percebeu que ali era sua casa, pois que ali existia uma colmeia.  

As outras abelhas saíram da colmeia e puseram-se a voar ao seu redor, mas Fábio não sentiu medo. Percebeu que não queriam fazer-lhe mal; elas eram amigas.  

Estava faminto e alimentou-se com o mel existente na colmeia.  

Quando a noite chegou, o menino ficou tranquilo porque notou que os animais selvagens não se aproximavam com medo das abelhas. À menor tentativa de aproximação, elas avançavam e punham para correr o animal perigoso.  

Assim, Fábio passou a noite protegido por suas amigas, as abelhas. 

No dia seguinte, logo cedo, seu pai saiu a procurá-lo, liderando um grupo de buscas. Para sua surpresa, encontrou Fábio dormindo placidamente.  

Os homens ficaram bastante espantados ao vê-lo são e salvo. Então, Fábio lhes contou como fora protegido pelas abelhinhas, gratas por ele ter salvado a vida de uma de suas irmãs. 

Abraçando o filho, aliviado e contente, o pai acentuou convicto: 

— Meu filho, toda ação tem um retorno, que pode ser bom ou mau, dependendo do que fizermos. Nesse caso, ajudando a abelhinha, você mereceu ser também ajudado por elas. É lei da vida: tudo o que semeamos, colhemos. É por isso que devemos pensar muito bem naquilo que fazemos aos outros e a nós mesmos. 

Fábio ficou pensativo, imaginando o que poderia ter acontecido se outra tivesse sido sua reação ao ver a abelhinha na vidraça.

                                              
                                                                        Tia Célia   


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita