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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 3 - N° 138 - 20 de Dezembro de 2009

 

O Natal de Clarinha

 

Clarinha estava muito triste. 

Em sua casa o dinheiro era escasso e mal dava para as despesas mais urgentes. 

O Natal se aproximava e ela temia não ganhar nada, nem um presentinho, pequeno que fosse.  

Clarinha lamentava ainda mais porque sua irmãzinha Lúcia, que era muito pequena, não tinha noção das dificuldades que enfrentavam e aguardava o Natal com otimismo e ansiedade. E Clarinha sabia que seu pai provavelmente não poderia gastar dinheiro com presentes. 

Preocupada, e como possuísse coração bom e generoso, pensou... pensou... pensou... e, afinal, resolveu o que fazer. 

Tinha apenas dez anos, mas poderia arrumar pequenos serviços para fazer nas casas mais abastadas. Assim conseguiria juntar o dinheiro suficiente para comprar um presentinho para Lúcia. Quem sabe até para a mamãe e para o papai? 

Depois de tomar essa resolução ficou muito satisfeita. Logo no dia seguinte começou a procurar algo para fazer.  

Após as aulas saía procurando algo para fazer. E não foi difícil. Uma senhora muito simpática precisava de alguém para limpar o jardim e varrer o quintal. E, ao sair, necessitava de uma babá para tomar conta do seu filhinho. Clarinha aceitou com prazer. 

Nas horas de folga, ela juntava jornais, revistas e garrafas para vender. 
 

Trabalhou bastante e, a cada nova moeda que guardava, agradecia a Jesus pela ajuda que lhe dava. 

Quando julgou que tinha o suficiente, tomou da caixinha onde guardava seu tesouro e saiu para comprar os presentes. 

O Natal estava chegando e ela tinha pressa. 

Ao parar num cruzamento de rua muito movimentado, Clarinha percebeu que alguém se aproximava e, sem que pudesse evitar, sentiu que lhe arrancavam a caixinha de sob o braço.  

Olhou. Era uma criança de uns onze anos que, após roubar seu dinheiro, saiu correndo e virou na primeira esquina. 

Na hora, Clarinha ficou muito triste e chorou bastante. Depois, considerou que o garoto deveria ser mais necessitado do que ela mesma, concluindo bem-humorada: 

— Fica sendo o meu presente de Natal para ele. 

Retornou para a casa onde fazia pequenos serviços e contou o que lhe acontecera. A dona da casa ficou indignada, e perguntou-lhe: 

— E o que vai fazer agora, Clarinha? Trabalhou tanto para poder comprar os presentes que desejava! 

— Ainda não sei — respondeu a menina, completando com firmeza —, mas Deus me ajudará por certo. 

Sensibilizada com a maturidade de Clarinha e com seu coração generoso, a senhora resolveu ajudá-la.   

Era véspera de Natal. Quando a menina foi despedir-se e desejar-lhe boas festas, a patroa entregou-lhe um grande embrulho contendo alimentos. 

Clarinha agradeceu cheia de alegria. Com mais esperança foi embora para casa. O coração, contudo, estava apertado. Não sabia como iria arranjar presentes para dar aos seus familiares, mas tinha confiança em Jesus. 

Clarinha era muito estimada por todos que a conheciam. Caminhando pela rua, ao passar defronte a uma residência notou que alguém a chamava:  

— Clarinha! Clarinha! Venha aqui. Olhe, tenho este vestido que não serve mais para mim e que ficará perfeito em sua mãe. Quer levá-lo? 

— Se quero?!... Quero sim! Muito obrigada, Dona Filomena. 

Satisfeita, Clarinha continuou seu caminho. Mais adiante, uma mocinha a chamou: 

— Clarinha, leve esta boneca para sua irmãzinha, sim? Já estou muito grande para brincar com bonecas, não acha?  

A menina, surpresa, agradeceu com grande sorriso. 

Um pouco além,  um  senhor  simpático  deu-lhe  uma camisa

para o pai.   

Estava quase chegando a casa quando uma vizinha a chamou, dizendo:  

— Clarinha, minha cachorrinha deu cria e como sei que você gosta de animais, guardei um para você. Quer? 

— Se quero? Quero muito... muito!... 

E com lágrimas nos olhos, a menina abraçou o cãozinho, que mais parecia uma pequena e linda bola, fofa e quente. 

Não se contendo de felicidade, entrou em casa sorridente e cheia de embrulhos.

— Mamãe, a senhora não sabe o que me aconteceu hoje! 

E contou tudo, desde a decepção que tivera com o roubo do dinheiro, até a alegria de ganhar tantas coisas de pessoas diferentes. 

— Nem acredito que isso aconteceu comigo, mamãe. Por que será? 

Emocionada, a mãe abraçou-a, dizendo com ternura: 

— Porque você é boa, minha filha, e está sempre pensando no bem dos outros. Quanto mais a gente doa, mais recebe. E Jesus nunca desampara ninguém.  

A mãe parou de falar, emocionada, depois concluiu: 

— Minha filha, você não precisava se preocupar com presentes. Afinal, nada nos falta! Temos saúde, alegria e muito amor. O importante é estarmos juntos! 

Naquela noite, em torno da mesa singela, fizeram uma prece para comemorar o nascimento de Jesus e todos se sentiam cheios de paz e harmonia, gratos ao Mestre pelas dádivas recebidas.


                                                        Tia Célia

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita