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Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita  Inglês  Espanhol
Programa V: Aspecto Científico

Ano 2 - N° 97 – 8 de Março de 2009

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br

Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

O fenômeno mediúnico
através dos tempos

 
Apresentamos nesta edição o tema no 97 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.

Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

1. O fenômeno mediúnico nasceu com o Espiritismo?

2. Que é que determina a atração dos Espíritos pelos diferentes povos?

3. Que vultos do Antigo Testamento se destacaram por suas faculdades mediúnicas?

4. O fenômeno mediúnico é estranho ao Cristianismo?

5. Mencione os nomes de alguns médiuns famosos que a história registrou. 

Texto para leitura 

O profetismo em Israel foi um fenômeno transcendental marcante 

1. O fenômeno mediúnico não nasceu com o Espiritismo, pois encontramos referências sobre ele nas épocas mais remotas da história da Humanidade. Alguns deles foram considerados fatos milagrosos, outros foram atribuídos a seres demoníacos.  

2. O que é digno de destaque é que em todas as épocas da Humanidade temos sido assistidos por Espíritos superiores que procuram nos impulsionar para o progresso moral e intelectual. Os antigos, evidentemente, fizeram desses Espíritos divindades especiais. As Musas nada mais eram que a personificação alegórica dos protetores das ciências e das artes, como os deuses Lares e Penates simbolizavam os protetores das famílias. Ainda hoje, as artes, as diferentes indústrias, as instituições, as cidades e os países têm também os seus patronos, que mais não são do que Espíritos superiores sob designações diversas. 

3. No tocante aos povos, o que determina a atração dos Espíritos para com eles são os costumes, os hábitos, o caráter dominante e as leis que os regem. Estudando-se os costumes dos povos ou de qualquer assembleia de pessoas, é fácil deduzir que tipo de população invisível se lhes imiscui no modo de pensar e nos seus atos.  

4. Diz Léon Denis que o profetismo em Israel, de Moisés a Jesus, foi um dos fenômenos transcendentais mais notáveis da História. A origem do profetismo ali foi assinalada por imponente manifestação relatada pelo Antigo Testamento. Moisés havia escolhido 70 anciãos e, quando os colocou ao redor do tabernáculo, Jeová, um dos protetores espirituais do povo judeu e de Moisés em particular, revelou a sua presença em uma nuvem.  

Fatos mediúnicos diversos ocorreram no dia de Pentecostes 

5. Moisés era, como ninguém ignora, médium vidente e auditivo, e foi graças a tais faculdades que ele pôde ver e ouvir Jeová na sarça do Horeb e no monte Sinai. Os fenômenos mediúnicos em sua vida foram, por causa disso, numerosos e expressivos. O condutor dos hebreus ouvia vozes quando se inclinava diante do propiciatório da arca da aliança. Recebeu no Sinai, escritas na lápide, as tábuas da lei. Magnetizador poderoso, fulminou com uma descarga fluídica os hebreus revoltados no deserto. Médium inspirado, entoou um maravilhoso cântico logo após a derrota de Faraó. E apresentou ainda um gênero especial de mediunidade – a transfiguração luminosa – quando, ao descer do Sinai, trazia na fronte uma auréola de luz.  

6. Samuel, outro profeta judeu, quando dormia no templo foi muitas vezes despertado por vozes que o chamavam, falavam-lhe no silêncio da noite e anunciavam-lhe as coisas futuras. Esdras reconstituiu integralmente a Bíblia que se havia perdido, com o auxílio de um Espírito. Todo o livro de Jó está repleto de elucidações e inspirações mediúnicas e sua própria vida, atormentada por Espíritos infelizes, é um assunto que merece estudos acurados. E, além desses, podemos citar Daniel, Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias e muitos outros. 

7. A história da mediunidade dos profetas judeus atingiu, porém, a sua culminância com a vinda de Jesus. A passagem do Mestre pela Terra revela, a cada hora, o seu intercâmbio constante com o Plano Superior, seja em colóquios com os emissários de alta estirpe, seja dirigindo-se aos aflitos desencarnados, no socorro aos obsessos do caminho, como também na equipe de companheiros, aos quais se apresentou em pessoa, depois da morte. E os próprios discípulos conviveriam com o fenômeno mediúnico, especialmente a partir dos extraordinários acontecimentos registrados no dia de Pentecostes que se comemorou imediatamente após a Páscoa da ressurreição. 

8. Diz Emmanuel que naquele dia, como informa o livro de Atos (cap. 2, versículos 1 a 13), os apóstolos que se mantiveram leais ao Senhor converteram-se em médiuns notáveis, ocasião em que, associadas as suas forças, os emissários espirituais de Jesus produziram, por meio deles, fenômenos físicos em grande quantidade, como sinais luminosos e vozes diretas, além de fatos de psicofonia e xenoglossia, em que os ensinamentos do Evangelho foram ditados em várias línguas, simultaneamente, para os israelitas de procedências diversas.  

Maomé redigiu o Alcorão auxiliado por um Espírito 

9. O fenômeno mediúnico não se limitou, porém, ao povo israelita. Na velha Grécia, o grande Sócrates, segundo revelaram seus discípulos, dizia conversar com um amigo invisível que o acompanhava constantemente. Nero, nos últimos dias do seu reinado, viu-se fora do corpo carnal, junto de Agripina e de Otávia, ambas assassinadas por ordem sua, a lhe pressagiarem a queda no abismo. No silêncio do deserto, Maomé, o fundador do Islamismo, redigiu o Alcorão sob o ditado de um Espírito, que adotou, para se fazer ouvir, o nome e a aparência do anjo Gabriel.  

10. Na Idade Média, época conhecida por seu obscurantismo, os médiuns – ressalvados os que foram elevados à categoria de santos – foram perseguidos e maltratados como feiticeiros. Em suas aventuras, Cristóvão Colombo era guiado por um gênio invisível, sendo, por causa disso, tachado de visionário; contudo, nos momentos de maiores dificuldades, escutava uma voz desconhecida que o estimulava a continuar.  

11. A vida de Joana d´Arc está na memória de todos. A História registra que seres invisíveis a inspiravam e dirigiam. Aparições surgiam diante dela; vozes celestiais ciciavam-lhe aos ouvidos. Ainda na Idade Média outros médiuns importantes se revelam. Dante, sob influência espiritual, escreve “A Divina Comédia”. Tasso, inspirado pelo Espírito de Ariosto, compõe o poema Renaud. Milton redige o “Paraíso Perdido”. Shakespeare fala de aparições em Hamlet.

12. No século XVIII destaca-se na Europa o vidente Emmanuel Swedenborg, que descreveu pela primeira vez em suas minúcias o mundo espiritual. No século XIX, quando o Espiritismo seria finalmente codificado, reencarnaram médiuns notáveis como Andrew Jackson Davis, Kate Fox, Eusapia Paladino, Slade, Amalia Domingo Soler, Stainton Moses, Florence Cook, Madame d´Esperance, Julie Baudin, Caroline Baudin e Daniel Dunglas Home, fora muitos outros, e não mencionamos aqui nenhum dos médiuns brasileiros, como Chico Xavier, Zé Arigó, Yvonne A. Pereira, Peixotinho, Zilda Gama e Divaldo Franco, o que mostra que na gênese e na história do Judaísmo, do Cristianismo, do Islamismo e do Espiritismo a mediunidade e o fenômeno mediúnico exerceram e continuam a exercer um papel importante.

Respostas às questões propostas 

1. O fenômeno mediúnico nasceu com o Espiritismo? 

R.: Não, visto que encontramos referências sobre ele nas épocas mais remotas da história da Humanidade. Alguns deles foram considerados fatos milagrosos, outros foram atribuídos a seres demoníacos.  

2. Que é que determina a atração dos Espíritos pelos diferentes povos? 

R.: O que determina a atração dos Espíritos para com eles são os costumes, os hábitos, o caráter dominante e as leis que os regem. Estudando-se os costumes dos povos ou de qualquer assembleia de pessoas, é fácil deduzir que tipo de população invisível se lhes imiscui no modo de pensar e nos seus atos.  

3. Que vultos do Antigo Testamento se destacaram por suas faculdades mediúnicas? 

R.: Foram vários, como Moisés, que pôde ver e ouvir Jeová na sarça do Horeb e no monte Sinai, além de ter recebido o Decálogo; Samuel, outro profeta judeu que, quando dormia no templo, foi muitas vezes despertado por vozes que o chamavam, falavam-lhe no silêncio da noite e anunciavam-lhe as coisas futuras; Esdras, que reconstituiu integralmente a Bíblia que se havia perdido, com o auxílio de um Espírito; além de Jó, Daniel, Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias e muitos outros. 

4. O fenômeno mediúnico é estranho ao Cristianismo? 

R.: Não. Aliás, a história da mediunidade em Israel atingiu a sua culminância exatamente com a vinda de Jesus. A passagem do Mestre pela Terra revela, a cada hora, o seu intercâmbio constante com o Plano Superior, seja em colóquios com os emissários de alta estirpe, seja dirigindo-se aos aflitos desencarnados, no socorro aos obsessos do caminho, como também na equipe de companheiros, aos quais se apresentou em pessoa, depois da morte. E os próprios discípulos conviveriam com o fenômeno mediúnico, especialmente a partir dos extraordinários acontecimentos registrados no dia de Pentecostes que se comemorou imediatamente após a Páscoa da ressurreição. 

5. Mencione os nomes de alguns médiuns famosos que a história registrou. 

R.: Além dos personagens bíblicos, podemos citar, dentre os médiuns famosos da história da Humanidade, Maomé, Joana d´Arc, Dante, Emmanuel Swedenborg, Andrew Jackson Davis, Kate Fox, Eusapia Paladino, Slade, Amalia Domingo Soler, Stainton Moses, Florence Cook, Madame d´Esperance, Julie Baudin, Caroline Baudin e Daniel Dunglas Home, e não mencionamos aqui nenhum dos médiuns brasileiros, como Chico Xavier, Zé Arigó, Yvonne A. Pereira, Peixotinho, Zilda Gama e Divaldo Franco. 

 

Bibliografia: 

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, questão 521. 

No Invisível, de Léon Denis, FEB, 9a edição, pp. 386 a 399.

O Espírito e o Tempo, de J. Herculano Pires, Ed. Pensamento, 1964, pp. 18 e 65.

Mecanismos da Mediunidade,


 

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita