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Ano 2 - N° 97 – 8 de Março de 2009

 

A clonagem ante as questões éticas e o bom senso

 
 
A clonagem de células de um embrião humano, logo que esse assunto veio à cena, deu início a uma nova ordem de discussões em que o tema central dizia respeito à ética e aos limites da ciência. Não se discutia então se era ou não possível clonar seres humanos, porquanto a experiência da ovelhinha Dolly havia mostrado que está longe a época em que a reprodução animal dependia da conjunção carnal ou de processos de fertilização envolvendo os gametas masculino e feminino.

As opiniões contrárias à clonagem humana iam além disso e, coisa curiosa, não provinham apenas de círculos religiosos. Cientistas respeitados, como o geneticista paranaense Newton Freire Maia, manifestaram-se à época contra essa experiência, ainda que sua finalidade fosse o transplante de órgãos. “A ciência não pode fazer tudo o que sabe fazer”, afirmou o professor Freire Maia à Gazeta do Povo, pouco tempo antes de sua desencarnação. “Não é possível dar início a uma pessoa (o embrião) e matá-la em seguida.”

O ponto focalizado pelo saudoso geneticista é, sem dúvida, a chave do problema. É preciso entender que há algo mais, além de simples células humanas, num ser vivo, tema que Gabriel Delanne estudou com profundidade em seu livro A evolução anímica. A força vital, diz Delanne, não basta, por si só, para explicar a forma característica dos indivíduos. Impõe-se admitir aí a existência daquilo que o Espiritismo designa pelo nome de perispírito, isto é, de um órgão que possua as leis organogênicas mantenedoras da fixidez do organismo, malgrado as constantes mutações moleculares.

Os Espíritos conservam a forma humana não só por se apresentarem tipicamente assim, como também porque seu corpo espiritual ou perispírito encerra todo um organismo fluídico-modelo, pelo qual a matéria se há de organizar.

Na formação da criatura vivente, a vida não fornece como contingente senão a matéria irritável do protoplasma, matéria amorfa, na qual é impossível distinguir o mínimo rudimento de organização. A célula primitiva é absolutamente idêntica em todos os vertebrados. É forçoso admitir, portanto, a intervenção de um novo fator que determine as condições construtivas do edifício vital.

O perispírito, entende Delanne, contém o desenho prévio, a lei que servirá de regra inflexível ao novo organismo e que lhe assinará o lugar na escala morfológica. É no embrião que se executa essa ação diretiva. No desenvolvimento deste, observou Claude Bernard, vemos um simples esboço, precedente a toda e qualquer organização. Nenhum tecido ali se distingue. Toda a massa constitui-se de células plasmáticas e embrionárias, mas nesse bosquejo “está traçado o desenho ideal de um organismo ainda invisível”.

Percebe-se, portanto, que sem o modelo organizador biológico ou perispírito - que fornece o desenho vital citado por Claude Bernard - não ocorreria o desenvolvimento fetal.

Ora, o perispírito é, segundo os ensinamentos espíritas, o mesmo corpo espiritual que Paulo de Tarso mencionou em sua carta aos Coríntios. Revestimento da alma, pertence à alma, o que significa dizer que a vida de um ser humano factível implica a presença da alma, o que reforça a posição lúcida contrária à clonagem de embriões, defendida não apenas por religiosos, mas por cientistas do calibre do saudoso geneticista, falecido no dia 10 de maio de 2003, em consequência de um câncer.

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita