WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français   
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 2 - N° 91 - 25 de Janeiro de 2009

 

A caminho da praia

 

Gabriel estava muito contente. Tinham tido um belo Natal em família e o Ano Novo começava bem.                                     

Seu pai tinha resolvido que iriam passar alguns dias na praia e era preciso correr com os preparativos.

Tanta coisa para arrumar! Tanta coisa para levar! Roupas, calçados, esteira, guarda-sol, cadeiras. Ah! Não poderiam esquecer a bola, os patins, as raquetes, o boné e o protetor solar! — pensava Gabriel.

Na véspera do dia combinado todos se deitaram cedo. Sairiam antes de o sol raiar. Gabriel nem conseguiu dormir. Estava ansioso demais e não via a hora de colocarem o pé na estrada.

Depois de muita confusão, acomodaram-se no carro e partiram eufóricos.

Viajaram muitas horas sem problemas. Tudo era festa.

Por volta do meio-dia já estavam todos cansados e com fome. O pai prometeu que parariam para almoçar no primeiro restaurante que encontrassem.

Nisso, viram um carro estacionado à beira da estrada. Pareciam estar com problemas e Jorge, o pai de Gabriel, resolveu parar e ver se eles precisavam de ajuda.

Roberto, o irmão mais velho, reclamou:

— O senhor vai parar, papai? Ah! Não para não! Estamos cansados e com fome. Além disso, nem conhecemos essa gente!

Jorge virou-se para o filho e afirmou, sério:

— Roberto, temos que ser solidários, meu filho! E se fôssemos nós que estivéssemos em dificuldade numa estrada deserta? Também não gostaríamos de receber ajuda?

— Claro! — respondeu o garoto de má vontade, suspirando.

Jorge desceu, enquanto a família ficou no carro aguardando. O outro veículo estava com defeito e Jorge, que entendia de mecânica, dispôs-se a examinar.

Não demorou muito, e as famílias estavam conversando fora dos carros. As mães trocavam  informações,  enquanto  as  crianças

brincavam, comiam bolachas e bebiam água.

Descobriram, por coincidência, que iriam para a mesma cidade do litoral.

Jorge terminou o conserto e despediram-se, já como velhos amigos. Cláudio abraçou Jorge dizendo:

— Nem sei como lhe agradecer, Jorge. Se não fosse você, não sei o que faria. A cidade mais próxima está longe e o socorro demoraria a chegar.

— Não me agradeça, Cláudio. Tenho certeza de que faria o mesmo por mim.

Reiniciaram a viagem e algumas horas depois chegaram ao destino.

Ver o mar é sempre uma alegria e eles estavam muito animados.

O dia ensolarado era um convite que eles não podiam deixar de aproveitar. Não viram mais a família de Cláudio e até se esqueceram do incidente na estrada.

Certa manhã, a praia estava cheia de gente e de guarda-sóis. Gabriel estava brincando com um baldinho cheio de água, quando viu um siri. Saiu correndo atrás do bichinho, mas por mais que se esforçasse, não conseguia alcançá-lo.

Quando cansou da brincadeira, Gabriel quis voltar para junto dos pais e dos irmãos, mas só viu gente desconhecida. Não sabia mais onde estava.

Era muito pequeno e estava exausto. Olhava para cima, e o sol a pino não deixava que visse o rosto das pessoas.

Desesperado, sem saber para onde ir, pôs-se a chorar gritando:

— Mamãe! Papai!...

Mas ninguém atendia aos seus chamados.

Gabriel estava cansado de gritar quando ouviu uma voz conhecida dizer:

— Ei, menino, onde estão seus pais?

— Não sei. Estou perdido. Buáááá! Buááááá!
 

Olhando-o atentamente, o homem perguntou:

— Mas você não é o Gabriel?!...

— Sou.

— Então não se preocupe. Pare de chorar. Vamos procurar seus pais. Lembra-se de mim? Sou Cláudio, o homem que vocês ajudaram na estrada.

Cláudio dirigiu-se a um alto-falante ali perto e mandou avisar Jorge que o pequeno Gabriel estava com ele.

Logo em seguida apareceram os familiares do menino. Mostrando grande alívio, a mãe abraçou o filhinho, chorando de alegria.

Jorge, surpreso, agradeceu o amigo Cláudio.

— Graças a Deus que você encontrou meu filho. Estávamos desesperados e já não sabíamos onde procurar. Nem sei como lhe agradecer!

Cláudio abriu um grande sorriso e respondeu:

— Não precisa! Tenho certeza de que faria o mesmo por mim.

Roberto olhou para o pai com lágrimas nos olhos:

— Ainda bem que Cláudio reconheceu Gabriel. E isso foi graças a você, papai! Agora entendo que tinha toda razão quando parou à beira da estrada para ajudar aquelas pessoas. É dando que recebemos.            

                                                        Tia Célia   

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita