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Ano 2 - N° 90 - 18 de Janeiro de 2009

 

Um conflito que parece
não ter fim

 
O noticiário internacional neste início de ano tem-se dividido entre dois assuntos principais: a crise financeira e bancária americana que se alastrou à economia mundial e o novo conflito – mais um – entre israelenses e palestinos, uma história que parece interminável e sem nenhuma perspectiva de um breve final.

As relações entre os dois assuntos com a ética cristã são mais que evidentes. A crise financeira, que ganhou proporções inimagináveis, foi fruto inicialmente de pura ganância e de especulação, sinais daquilo que o dicionário chama de cupidez, um dos sete pecados capitais de acordo com a teologia católica.

A cupidez, a cobiça ilimitada, a ganância são próprias de quem não tem a menor idéia do que significa uma existência humana, um período de tempo passageiro, transitório, do qual ninguém leva nada, salvo o conhecimento e as virtudes conquistadas.

Os que fazem a guerra e entendem que na guerra é que se encontram as soluções dos problemas humanos, mostram, de igual modo, como os cúpidos, que nada entendem do significado de nossa existência no mundo, essa passagem da alma por uma sucessão de experiências cuja finalidade é o progresso dela mesma e do mundo em que vivemos.

Os acordos internacionais, geralmente baseados em interesses econômicos, jamais resolverão os problemas que levam à guerra. Somente o progresso do homem e da sociedade é que porá  fim a esse estado de coisas em que todos perdem e ninguém nada ganha.

Numa das lições constantes de “O Livro dos Espíritos”, os imortais ensinam que é a predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual, acrescida do transbordamento das paixões, que impele o homem à guerra. À medida que o homem progride, menos freqüentes são as guerras, porque ele lhe evita as causas. Quer isso dizer que um dia a guerra desaparecerá da face da Terra? “Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos.” (O Livro dos Espíritos, questões 742 e 743.)

Num outro ponto da mesma obra, os imortais informam: “Da purificação dos Espíritos decorre o aperfeiçoamento moral, para os seres que eles constituem, quando encarnados. As paixões animais se enfraquecem e o egoísmo cede lugar ao sentimento da fraternidade. Assim é que, nos mundos superiores ao nosso, se desconhecem as guerras, carecendo de objeto os ódios e as discórdias, porque ninguém pensa em causar dano ao seu semelhante” (L.E., 182).

Certa vez, num simpósio espírita realizado em Santa Catarina, um ilustre confrade perguntou por que, segundo o Espiritismo, o progresso material se faz em ritmo mais rápido do que o progresso moral. Várias foram as opiniões e, em grande parte, se disse que o progresso moral é mais lento porque é mais difícil. Aprender uma nova disciplina é, conforme o senso comum, mais fácil do que eliminar um defeito moral.

Depois que todos se manifestaram, o confrade ajuntou uma nova pergunta: “Será que o progresso moral é mais lento porque não se dá a ele a importância que damos ao outro?” E acrescentou que os pais, quando podem, matriculam o filho na melhor escola, fazem-no estudar música, balé, judô, línguas e assim por diante. Diariamente, acompanham seu desempenho escolar e, se o filho não vai bem, recorrem a aulas suplementares. Mas esse esforço, com o objetivo de preparar o filho em termos intelectuais, não se verifica no tocante ao seu preparo em termos morais. Suas tendências negativas, suas manias, suas inclinações inferiores são, em muitos casos, ignoradas e às vezes ampliadas pelos maus exemplos que lhe dão.

É ponto pacífico, segundo o Espiritismo, que a reforma do mundo em que vivemos passa pela educação, não somente pela instrução, mas por aquilo que Kardec definiu como sendo o conjunto dos hábitos adquiridos, um processo factível porque Deus estabeleceu que todos os Espíritos, quando reencarnam, têm de passar pelo período da infância e, portanto, submeter-se a um processo capaz de modificar-lhes até mesmo o caráter.

Pode-se comparar a juventude, diz Emmanuel, à saída de um barco para uma longa viagem. A velhice é a chegada ao porto. A infância é a fase de preparação. Jamais esqueçamos isso, especialmente diante do estado de violência, de guerra e de cupidez que vemos estampado diariamente em nossos jornais.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita