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Ano 2 - N° 74 - 21 de Setembro de 2008

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)
 

Abel Sidney:

“Precisamos estudar mais e mais a Doutrina Espírita, de forma sistemática e constante”

O autor de Lições de um Suicida relata suas experiências em Rondônia, fala sobre seus livros e seus projetos e enfatiza a importância de estudarmos mais a Doutrina Espírita
 

Escritor, professor e editor na área da educação, nascido no Paraná e atualmente residente em Porto Velho, Abel Sidney (foto) relata valiosas experiências da profissão e da atividade espírita no Estado de Rondônia. Formado em Ciências Sociais e Administração de Empresas, espírita desde 1981, é palestrante e colabora na área de evangelização infanto-juvenil. Vincula-se ao Centro Espírita Irmão Jacob, em Porto Velho.  

O Consolador: Quantos livros já tem publicados?
 

Em 2003 foi lançada a nossa primeira obra, Esboço da Obra-da-vida-inteira, um livro não-espírita mas com tintas humanistas e espiritualistas, pela editora da Universidade Federal de Rondônia (EDUFRO). Em 2005  foi a vez da primeira obra espírita, Lições de um Suicida: um Estudo do Clássico Memórias de um Suicida, pela Editora Allan Kardec, de Campinas. Em 2006 saiu do prelo um livro infantil, com fundo histórico regional, A casa de dona Dodó. No prelo existem muitas outras obras, inclusive O mistério da cabana, um livro infanto-juvenil a ser lançado ainda este ano. 

O Consolador: Seu livro Lições de um Suicida, lançado pela Editora Allan Kardec, analisa o profundo conteúdo do precioso livro de Yvonne Pereira Memórias de um Suicida, editado pela FEB. O que o levou a essa análise? Quais as maiores dificuldades e alegrias encontradas? Conte-nos a experiência.

O Lições de um Suicida nasceu dentro do nosso propósito de compensar as horas perdidas ao longo desta encarnação... Há 9 anos adotamos o hábito de acordar às 4 horas da manhã para ler, escrever, orar. E ao reler pela terceira vez o Memórias de um Suicida nos veio a vontade de escrever sobre o mesmo. Entre a idéia inicial e a publicação transcorreram mais de seis anos e muitos companheiros se juntaram a nós para tornar possível a sua publicação. A alegria maior foi ter recebido algumas cartas e mensagens eletrônicas com notícias de que o nosso livro estava a ser estudado. Um dos propósitos da obra é realmente esse: despertar o interesse pelo estudo mais sistematizado dos livros espíritas. E como complemento desta boa nova, soubemos também de muitos companheiros que decidiram enfrentar a leitura do Memórias, o que era também um dos nossos objetivos. Devemos dizer, de passagem, que a riqueza do livro do Camilo Castelo Branco, grafado graças à mediunidade da Yvonne Pereira, é tamanha, que pelo menos mais umas duas obras, no mesmo formato, poderiam ser escritas! 
 

O Consolador: Você possui outras obras publicadas ou aguardando publicação?

Temos uma coletânea de contos, vinculados uns aos outros, que denominamos de Histórias do Cego Oliveira. Pretendemos vê-los publicados um dia, sem pressa... Um outro projeto, já iniciado, é trabalhar um tema específico, dentro do contexto das obras básicas e complementares, para alargamento de algumas discussões. O primeiro da série é "O Pensamento segundo os Espíritos".  Para a melhor idade sonhamos com a possibilidade de elaborarmos uma nova versão das obras básicas de Kardec, numa escrita mais atualizada, simples e sem rebuscamentos, feita a partir da língua internacional, o esperanto. Uma editora já demonstrou interesse pelo projeto. Existem outras obras, mas serão publicadas pela nossa editora, a Temática, com foco no incentivo à leitura nas escolas e em casa, projeto profissional a que temos nos dedicado atualmente. Por meio destas obras temos conseguido levar a mensagem espírita-cristã para os gentios, ao abordar questões de natureza ético-moral em uma linguagem mais universal, com a vantagem extra de que estes livros poderão ser lidos e trabalhados também na evangelização infanto-juvenil...

O Consolador: E quanto à sua atividade acadêmica? Relate-nos sua experiência na área da educação.

Continuo vinculado à educação por produzir material literário (didático e paradidático), mas, por ora, fora de sala de aula. Fui professor em tempo integral durante oito anos, no ensino fundamental e médio, no início, e depois no ensino superior. Além dos milhares de alunos que ajudei a formar e com os quais mantenho vínculos fraternos, desenvolvi alguns projetos a que darei continuidade, como o da Metodologia Científica como Recurso Didático-pedagógico, voltado aos docentes de qualquer área ou nível.

O Consolador: Como é o movimento espírita no Estado em que você reside? A distância dos grandes centros econômicos do país cria dificuldades também para a expansão do movimento espírita?

Por vivermos na Amazônia, em um Estado há pouco mais de 20 anos emancipado, estamos ainda a construir tudo. E o movimento espírita reflete este estado de pioneirismo em que estamos mergulhados. Com um agravante, que é o fluxo migratório ainda intenso, o que faz com que percamos muitos companheiros em trânsito para outros locais do país. A distância não é obstáculo, mas o isolamento sim. Muitas cidades daqui, longe do eixo viário principal, a BR-364, ainda não têm centros ou grupos espíritas. Aceitamos a colaboração de alguns bandeirantes corajosos... Na capital e nas principais cidades, no entanto, o movimento já está bem consolidado, com muitas atividades sendo realizadas dentro do espírito de integração e unificação, sob o comando do companheiro Pedro Barbosa, presidente da Federação Espírita de Rondônia.

O Consolador: Como você tem encarado os temas polêmicos em circulação no movimento espírita, atualmente?

Nos meus tempos de estudante eu tinha um gosto e uma inclinação às polêmicas em geral e às do movimento espírita, em particular, acompanhando com certo ardor e parcialidade os embates. Hoje, percebo que há muitas ações de natureza afirmativa a serem realizadas e dispersar forças debatendo questões menos essenciais nos parece desperdício de energia e tempo. Adotamos, além disso, uma medida preventiva que tem trazido bons resultados: não debater temas polêmicos face a face, para não criar inimizades, mas abordá-los sempre que necessário e oportuno nas palestras e na impressa escrita, por podermos expor melhor nosso pensamento e tomar partido (em favor da Doutrina Espírita, evidentemente), sem ferir suscetibilidades...

O Consolador: E os temas polêmicos da sociedade?

Estes devem, sempre que possível, ser  "assimilados" e  "convertidos" à linguagem espírita e trazidos à discussão nos centros espíritas, nos momentos e lugares adequados. Um deles, em especial, clama por uma visão e um debate de natureza espírita - a polêmica das células-tronco. Que os estudiosos espíritas possam se manifestar e esclarecer o tema!!

O Consolador: Suas palavras finais.

Precisamos estudar mais e mais a Doutrina Espírita, de forma sistemática, constante, de modo a assimilar melhor os seus princípios.  Uma sugestão que temos a dar é: leiam aos poucos, porém todos os dias. É o que temos feito há nove anos, pelas madrugadas.  Neste momento estamos a ler sistematicamente quatro obras:

1) Itinerários de Antígona, livro não-espírita de Barbara Freitag, mas que aborda magistralmente um tema que nos interessa a todos: a questão da moralidade;
2) Seareiros de volta, livro da fase uberabense do Waldo Vieira, editado pela FEB, com mensagens de diversos Espíritos;

3) O Consolador, de Emmanuel, na psicografia de Chico Xavier, e

4) La Konsolanto, a versão em esperanto da obra anterior, em belíssima e elucidativa tradução.

Por vezes demoramos um ano, um ano e meio para finalizarmos a leitura das obras maiores... Mas vale a pena este esforço passo-a-passo!!

Grato pela oportunidade!!
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita