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Ano 2 - N° 70 - 24 de Agosto de 2008

ORSON PETER CARRARA

orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)
 

Progresso do Espiritismo 

É preciso esforçar-nos pela permanente implantação
de grupos de estudos da obra de Allan Kardec 
e lutar pela expansão dessas idéias

Um dia desses folheando o livro Obras Póstumas (textos de Allan Kardec publicados após sua desencarnação), encontramos na segunda parte da obra o subtítulo Projeto 1868. No magnífico texto há uma frase igualmente magnífica: Dois elementos devem concorrer para o progresso do Espiritismo; estes são: o estabelecimento teórico da Doutrina e os meios de popularizá-la. A frase é do próprio Codificador e indica o caminho para espíritas conscientes e comprometidos com a Causa Espírita.

Analisemos    cada   item  da  frase. Estamos   falando 

de progresso do Espiritismo, finalidade para a qual devemos centralizar nossos esforços, conhecedores que somos da grandeza desta Doutrina e de seu papel fundamental para o progresso humano.

 

Bases sólidas

 

Observemos: estabelecimento teórico da Doutrina. Isto significa estabelecer teoricamente. O que é isto? É estar definido o programa teórico, as bases. Isto está na Codificação e deve ser a base inspiradora, norteadora das atividades e dos grupos espíritas. Em outras palavras: toda e qualquer atividade espírita deve estar baseada no conhecimento da Codificação. Havendo esta conscientização, não há perigos ou temores, estamos orientados e saberemos como agir. Por aí já ficamos sabendo a razão das distorções e desvios: faltou o estabelecimento teórico. Falhou a base. Isto vale para situação local ou coletiva, para o espírita em particular, para um grupo, ou para o conjunto do movimento que se denomina espírita. Verificamos com facilidade que os desentendimentos, melindres, afastamentos e práticas abusivas ou distorcidas provêm da ausência desta base estabelecida pela teoria bem compreendida.

E o outro item: os meios de popularizá-la. Eis aqui o efeito do item precedente. Uma vez estabelecida a base teórica, bem formada, bem compreendida, os meios utilizados para sua popularização farão o restante. Quer dizer, pessoas ou grupos bem formados, conscientes, multiplicarão conhecimentos sólidos que evitam distorções e preservam dos desvios. E como os níveis de entendimento são diferentes, pela própria característica humana, há necessidade aqui da utilização de constantes meios de popularização das bases teóricas, onde entra o esforço e a criatividade humana. Em linguagem já conhecida do Movimento, aí está a divulgação espírita, que ocorre por meio de muitas formas.

 

Como alcançar?

 

Mas pensemos na colocação de Allan Kardec: estabelecimento teórico e meios de popularizá-lo. O estabelecimento teórico somente será alcançado pelo estudo doutrinário, seja individual ou na programação da Casa, em reuniões participativas e atraentes, que motivem o estudioso espírita. Somente o estudo bem estruturado e bem conduzido fará o adepto consciente, esclarecido. E convenhamos que há muito a estudar na Codificação, sendo absolutamente incompreensível a substituição dos livros da Codificação por obras de origem duvidosa como programa de estudo. O Espiritismo, por mais incrível que possa parecer, ainda é um desconhecido dos próprios espíritas.

E interessante: os meios de popularizá-lo serão igualmente alcançados pelo estudo. Podem-se criar inúmeras formas de divulgação, mas se esta não estiver alicerçada no conhecimento de quem a promove, todo o esforço estará comprometido. Daí a importância da seleção dos livros a serem divulgados, dos artigos a serem publicados, das palestras a serem proferidas. Muitas informações sobre a Doutrina são transmitidas com incorreções e verdadeiras aberrações, por desconhecimento de seus fundamentos.

Divulgação espírita é coisa muito séria e tem que ser feita com responsabilidade, seja por escritores, oradores, editores e outras modalidades e meios de divulgação. Não há melhor critério que embasar tudo que fazemos em termos de divulgação do que utilizarmos o estabelecimento teórico da Doutrina. Tudo que vier fora disso será invenção ou imaginação, pois os fundamentos da Doutrina são alicerçados na razão, no bom senso, na lógica, e visam o bem.

 

Esforço necessário

 

Esforcemo-nos, pois, pela permanente implantação de grupos de estudos da obra de Allan Kardec e lutemos pela expansão dessas idéias com critério baseado no próprio conhecimento, para não corrermos o risco de comprometer o que estamos fazendo. Afinal, trata-se do progresso do Espiritismo, esta Doutrina que tanto bem nos faz e tanto pode beneficiar a humanidade.

Agora que alcançamos um bom nível de maturidade no entendimento da proposta espírita, especialmente considerando as quinze décadas já decorridas após a Codificação do Espiritismo, é oportuno esforço redobrado para que a Doutrina seja conhecida em suas bases autênticas. Vivemos um momento de crescente adesão aos princípios do Espiritismo, o que requer permanente atualização das instituições, dirigentes, divulgadores e tarefeiros, pois que também no movimento espírita não podemos permanecer estanques e indiferentes ao progresso que conduz a humanidade.

 

Sempre essencial citar

 

Como ferramentas: as citações permanentes de Kardec, de suas obras e mesmo de sua biografia, do conteúdo de sua obra, dos mais de 150 anos de Codificação, das experiências da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, do laboratório de idéias que é a Revista Espírita e de todo o desdobramento que resultou na farta literatura à disposição, bem como do fecundo trabalho de nossas instituições.

Exemplos, experiências positivas e negativas do movimento, informações históricas, debates, encontros, entre outros, são os mecanismos à disposição. E atualmente ainda temos o incomparável recurso da internet.

Tudo isso nos faz depositários de imensa riqueza cultural e, ao mesmo tempo, de imensa responsabilidade!

 

Para refletir

 

Por isso, ousamos repetir o início do artigo, usando palavras de Kardec: “Dois elementos devem concorrer para o progresso do Espiritismo; estes são: o estabelecimento teórico da Doutrina e os meios de popularizá-la”.

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita