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Ano 2 - N° 69 - 17 de Agosto de 2008

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)
 

Marcus Alberto De Mario: 

“É preciso estudar mais Kardec e erigir a educação como prioridade”

 

Nascido em São Paulo e radicado no Rio de Janeiro há 30 anos, o educador Marcus Alberto De Mario, escritor e palestrante – inclusive na área profissional de educação –,  atua, em nosso meio, no Centro Espírita Humildade e Amor, situado no Rio de Janeiro.

Nesta entrevista, ele fala sobre seus livros, sua atuação na área da educação e como vê o movimento espírita brasileiro. Segundo nosso entrevistado, falta-nos “estudar   mais   Kardec,   democratizar   a

 

gestão do Centro Espírita, humanizar as relações e erigir a educação como prioridade”.

O Consolador: Quantos livros você já escreveu?

Tenho dois livros publicados: "Visão Espírita da Educação" (Editora O Clarim) e "Espiritismo e Cultura" (Editora Mauad). Tenho outros livros prontos e que circularam na forma apostilada. Para 2008 deverão alguns deles ser publicados e distribuídos por uma editora. São livros nas áreas da educação, auto-ajuda e romance.

O Consolador: De onde vem seu interesse pela temática da educação?

A melhor resposta que posso dar é que está na minha alma. Sempre fui autodidata, cheguei a possuir uma biblioteca com aproximadamente 3 mil livros, lendo de tudo e com grande tendência para a educação. É vocação. Fiz a Faculdade de Pedagogia, mas não cheguei a me diplomar, pois entrei em choque com as idéias materialistas e as formalidades acadêmicas quando estava no final do curso. Muitos professores diziam que eu não tinha nada a aprender ali, e sim que devia ensinar, mas estou sempre pronto para aprender. Os estudos de Kardec sobre a educação moral sempre me motivaram a trabalhar nessa área.

O Consolador: Nos cursos e seminários que realiza, no movimento espírita e fora dele, em ambientes educativos, como utiliza o conhecimento espírita em termos de didática para os participantes?

Fora do ambiente espírita utilizo a visão integral e profunda que a doutrina me oferta sobre a vida e o homem. Não preciso citar conceitos ou palavras espíritas de forma direta, tudo está implícito na abordagem que faço, que é sempre espiritualista e espiritualizante. Naturalmente que no ambiente espírita tenho liberdade para desdobrar o amplo conhecimento que o Espiritismo nos dá.

O Consolador: Descreva sua experiência na área profissional como gestor, palestrante e educador.

O que posso dizer? São mais de trinta anos na estrada, aprendendo, trocando experiências, ressignificando valores. Nunca me coloco na posição de alguém que vai ensinar ou comandar, mas sim na posição de cooperador, de alguém que faz pensar e que trabalha para unir os esforços em metas e ideais comuns, sempre visando o bem coletivo.

O Consolador: Como é feita a ligação entre o pensamento espírita e os alicerces da educação, dentro e fora do movimento espírita?

Pergunta profunda. Encontramos entre pensadores e pedagogos muitos conceitos e pesquisas que se alinham ou se aproximam dos princípios espíritas. Essa é a ponte. E trabalhar valores, sentimentos e formação moral é terreno comum, com a diferença que a base do pensamento espírita amplia muito a abordagem, que fica mais profunda. Nas escolas e secretarias de educação apresento um projeto de educação moral do ser numa perspectiva holística desse ser e da vida. Isso tem sido muito bem aceito.

O Consolador: Em suas viagens doutrinárias espíritas, como tem sentido o movimento espírita?

Com visão muito positiva. Tenho aprendido muito, presenciado ações maravilhosas. Mas nem tudo são flores, existem os espinhos. Devemos trabalhar para conhecer cada vez mais a obra de Allan Kardec e tê-la como orientadora do Centro Espírita, assim como devemos fazer esforços em vivenciar os ensinos e exemplos de Jesus. Nas últimas décadas o movimento espírita cresceu em quantidade e qualidade.

O Consolador: Na sua opinião, o que está faltando para melhor estruturar nossas instituições, tanto a nível educativo como a nível de movimento espírita?

Estudar mais Kardec, democratizar a gestão do Centro Espírita, humanizar as relações e erigir a educação como prioridade.

O Consolador: Por que há tanto desinteresse na educação integral do Espírito, mesmo considerando o movimento espírita?

Porque não demos ainda a devida importância à educação do Espírito, que é a educação moral proposta por Kardec e pelos Espíritos Superiores. Quando trabalharmos a formação do caráter do ser, atingiremos as causa dos desvios humanos, e todos os males, com o tempo, serão história do passado.

O Consolador: Quais as maiores dificuldades, a seu ver, que o movimento espírita tem a vencer para cumprir seus altos e nobres objetivos?

Os espíritas precisamos compreender que sem tolerância, fraternidade e solidariedade fica difícil cumprir o ideal de unificação, que pressupõe primeiro a união.

O Consolador: Como palestrante nas empresas e em cursos na área da educação, qual característica mais marcante você destaca nos participantes?

Destaco a procura por alguma coisa a mais na vida, aquele algo que dê significado ao que se faz. Mas isso não é geral. Grande maioria de gestores e funcionários de empresas, assim como os professores, vive apenas o dia-a-dia, indiferente ao resto. Aliás, indiferença e egoísmo estão de mãos entrelaçadas, e devemos manter nossa fé inabalável no trabalho da educação moral, da humanização das relações e do resgate dos reais valores humanos – morais e espirituais -  para mudar esse quadro, mesmo que leve tempo. Eu acredito firmemente que estamos plantando sementes que germinarão com a proteção de Deus, porque o bem e o amor são mais fortes do que o egoísmo e a indiferença.

Observação:

Marcus Alberto De Mario mantém o site http://www.educacaomoral.org.br/. Os que desejarem comunicar-se com ele podem fazê-lo por meio do correio eletrônico marcusdemario@gmail.com


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita