WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Editorial Inglês Espanhol    

Ano 2 - N° 65 - 20 de Julho de 2008

 

O que é carma e o que fazer para superá-lo

 
A palavra “carma” [do sânscrito karman, ação] significa, nas filosofias da Índia, o conjunto das ações dos homens e suas conseqüências.

Descrito e codificado pelo gramático Panini no século V a.C., o sânscrito é uma língua indo-européia do ramo indo-ariano na qual foram escritos os quatro Vedas, e que, entre os séculos VI a.C. e XI d.C., se tornou a língua da literatura e da ciência hindus, sendo mantida, ainda hoje, por razões culturais, como língua constitucional da Índia.

Ensina nosso principal léxico que o carma se liga às diversas teorias de transmigração, e é por meio dele que se definem as noções de destino, do desejo como força geradora da vida, e do encadeamento necessário, por força desses dois fatores, entre os diversos momentos da vida dos homens.

Constituindo o conjunto das ações da criatura humana, o carma de uma pessoa pode ser positivo ou negativo. Ações boas e concordantes com a lei natural geram conseqüências positivas. Ações más e contrárias à lei de Deus estabelecem, como é fácil de entender, carma negativo.

Existe, contudo, além disso o que alguns estudiosos chamam de carmas imaginários, que provêm de uma representação distorcida da realidade, na qual o homem amplia o próprio sofrimento por falta de sensatez e de amor a si mesmo. A prática do cilício, entre os hebreus, é um exemplo disso. O indivíduo ingênuo acredita que amplificando seus sofrimentos logrará diminuir as conseqüências naturais do seu carma, na suposição de que uma maior quota de dor eliminaria uma dor futura e o faria quite com a lei, o que não passa, evidentemente, de um equívoco.

A lei de causa e efeito, ensinada por Jesus e ratificada pela Doutrina Espírita, estabelece que aquele que matar com a espada morrerá sob a espada, que a cada um será dado segundo o seu merecimento e que na vida a semeadura é livre, mas a colheita compulsória.

Na questão no 1.000 de “O Livro dos Espíritos” Kardec tratou do assunto quando perguntou aos instrutores espirituais se podemos desde esta vida ir resgatando nossas faltas. Os imortais responderam: “Sim, reparando-as”.

Na seqüência da resposta, disseram eles que não bastam, para o resgate das faltas cometidas, algumas privações pueris e mesmo dotações pós-morte que algumas pessoas costumam fazer nos seus testamentos. Deus não dá valor a um arrependimento estéril, fácil, que nada custa. E só por meio do bem é que se pode reparar o mal.

Ao arrependimento – ensina a Doutrina Espírita – é preciso ajuntar a expiação e a reparação. Reunidas, são elas as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências.

O arrependimento suaviza os travos da expiação e favorece a resignação – uma força ativa que o Espírito de Lázaro define como sendo o consentimento do coração. Mas somente a reparação, que  consiste em fazer o bem àqueles a quem se fez o mal, pode anular o efeito, destruindo-lhe a causa.

O apóstolo Pedro ensinou-nos que o amor cobre a multidão dos pecados, conhecida frase que Divaldo P. Franco costuma exprimir de maneira ainda mais clara e expressiva: “O bem que fazemos anula o mal que fizemos”.

O pensamento equivocado de que viemos à Terra para sofrer deve, pois, ser substituído por uma outra ordem de idéias, ou seja, de que a vida é uma luta e que não viemos ao mundo para sofrer nem para gozar, mas sim para vencer. 
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita