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Ano 2 - N° 64 - 13 de Julho de 2008

 

O sentido da vida na
concepção ateísta
 

 
Há algum tempo chamou a atenção de todos nós no Brasil uma interessante entrevista apresentada pela Rede Globo de Televisão em seu principal programa de variedades levado ao ar nas noites de domingo, na qual um conhecido cultor da boa leitura e dono de uma respeitável biblioteca se declarou ateu.

Embora já tivesse ultrapassado a faixa dos 90 anos de idade, o entrevistado disse que considerava lamentável a diminuta duração da vida, finda a qual, como ele entende, tudo se reduz a nada, a um monte de ossos, algo que realmente não tem a menor graça ou o menor sentido.

Por que um indivíduo tão culto, que já leu, segundo suas próprias palavras, cerca de 7 mil livros, pode cultivar tal ceticismo? Será que ele imagina que a complexa estrutura do Universo e o fabuloso mundo subatômico se devem ao acaso? Não verá ele na exuberância do reino vegetal e na multidiversidade do reino animal um valor mais alto do que a matéria?

O ateísmo, como sabemos, apresenta no mundo um número ínfimo de partidários, mas eles existem. Certamente, nas condições em que vivemos, não deveria haver espaço para tão acanhada e pobre concepção das coisas, mas que se há de fazer?

Dissemos que não deveria haver defensores do ateísmo porque essa concepção constituiu tão-somente uma das fases – e logo a primeira – da história religiosa da Humanidade. Com efeito, ensina J. Lubboch, esta divide-se em seis períodos: 1o – o ateísmo; 2o – o fetichismo ou feiticismo (vocábulo que veio do português feitiço, sortilégio); 3o – o culto da natureza; 4o – o xamanismo (religião dos xamãs, feiticeiros profissionais); 5o – o antropomorfismo; 6o – a crença em um Deus criador e providencial.

Dizer-se ateu e, desse modo, cultivar o ateísmo constitui postura antiquada e não condiz com as pessoas supostamente cultas, que deveriam entender, de conformidade com a ciência, que todo efeito tem uma causa e que, portanto, o homem, como efeito que é, não poderia existir sem haver sido criado. A existência de um Criador, portanto, se impõe, seja qual for o nome que se lhe dê.

Considerar diminuta a duração da existência humana é um equívoco produzido pela insuficiente observação dos fatos, porquanto a morte é um fato de natureza física que diz respeito tão-somente ao corpo material, mas não atinge a alma. Esta, como tem sido atestado por depoimentos dos próprios “mortos”, continua a viver, a estudar, a progredir, o que foi revelado em pesquisas realizadas por sábios ilustres do porte de William Crookes, Ernesto Bozzano, César Lombroso, Alexandre Aksakof e tantos outros.

Se o preconceito cultural impede o indivíduo de tomar conhecimento dessas pesquisas e das obras que as apresentam, seria conveniente que os ateus tivessem, pelo menos, o bom-senso de dizer: “Como eu gostaria de crer na imortalidade, mas infelizmente não tive acesso a tal informação”, acrescentando os motivos que lhe impediram esse acesso. Afinal, numa biblioteca de 35 mil títulos, como mostrado na entrevista veiculada pela Rede Globo, é inconcebível que nenhuma das obras pertinentes ao chamado Espiritismo científico ali se encontre.

Claro que, não admitindo nada além da matéria, os cultores do ateísmo considerem um despropósito a vida humana e sem nenhum sentido os seus desdobramentos, porque, verdade seja dita, se a morte constituísse o fim de tudo, nenhuma razão haveria para que aqui estivéssemos.

A morte não é, porém, o fim de tudo. Ela não passa de um episódio necessário que medeia nossas inúmeras existências neste e em outros planetas que rolam pelo espaço infinito.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita