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Ano 2 - N° 63 - 6 de Julho de 2008

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)
 

Adeilson Silva Salles:  

“Na literatura infantil tudo o que se fizer ainda é pouco”

O conhecido escritor de obras infantis fala sobre a
importância da literatura espírita voltada para a
criança e afirma que, mais do que nunca, os
pais precisam ler com e para os filhos

Adeilson Silva Salles (foto) nasceu em Vicente de Carvalho (SP) e reside atualmente em Guarujá (SP). Tornou-se espírita em 1989 na superação de um processo obsessivo, possui mais de dez livros publicados e vários no prelo, entre eles a maioria voltada para a educação infantil.

Formado no ensino médio e estudante de Filosofia, é poeta premiado no Guarujá e destaca-se no movimento espírita como palestrante e autor de obras espíritas voltadas para as crianças.

Adeilson concedeu a esta revista a

seguinte entrevista:

O Consolador: Quantos livros você já tem editados, mediúnicos e não-mediúnicos?

Atualmente tenho 12 livros editados, sendo: cinco romances mediúnicos: Aprendendo a amar – Casa Editora O Clarim; Até que a morte nos reúna – CEAC Bauru; A filha do pecado – CEAC – Bauru; Uma nova chance para amar – CEAC Bauru; O Missionário – Editora Solidum; um livro de mensagens: XXI Segundos – Editora Solidum; e seis infantis: O menino curioso – Editora Solidum; Manhã, a menina... – Editora – Solidum; Bellinha e a lagarta Bernadete – FEB; Um por todos e todos por um – FEB; O segredo da onça pintada – FEB e O reino do Vai e Volta – Editora – Boa Nova. 

O Consolador: Você tem outros no prelo e em preparo? Quais são e por quais editoras vão ser lançados?

Serão lançados nos próximos meses pela Boa Nova três novos livros: Quando o videogame mandava no Naldinho, A cobra que usava chinelo e Nicolau, o menino que pintava sonhos; pela FEB quatro livros: Volta às aulas, O espelho do sentimento, O maior brejo do mundo e Um mundo sem livros. Na literatura para adultos, estarei lançando em breve dois novos livros: Obsessores em progresso (mediúnico) e Algemas invisíveis (auto-ajuda). 

O Consolador: De onde surgiu o interesse pela literatura infantil? E como surge a inspiração para escrevê-los?

Meu interesse pela literatura infantil surgiu quando criei o clube do livro infantil. Meu contato com esse tipo de literatura e a convivência com minha neta despertou forte desejo em minha alma. Após os primeiros contatos com o livro infantil tornei-me um leitor assíduo desse tipo de literatura, adquirindo livros infantis não apenas espíritas. Foi por essa época que tive um sonho que mudaria muito minhas prioridades em termos de literatura. Certa noite sonhei com o nosso querido Monteiro Lobato. Nesse sonho o grande escritor me incentivou a me dedicar à literatura infantil, onde eu experimentaria grandes alegrias. O incentivo do nobre Monteiro Lobato se traduziu mais tarde na publicação de três livros infantis, lançados simultaneamente pela FEB, um fato inusitado até então e uma experiência inesquecível.

O Consolador: Como foi a experiência de lançamento pela FEB de três títulos voltados à educação infantil?

Os três livros lançados pela FEB me levaram à Bienal do Livro do Rio de Janeiro em setembro de 2007. Nesse evento os três livros infantis foram os mais vendidos e procurados no stand da conceituada editora. Esses mesmos livros estão me levando para a próxima Bienal do Livro de São Paulo em agosto próximo. Vale lembrar que estarei lançando mais três livros pela FEB na próxima bienal. Levada pelo sucesso dos livros infantis da FEB, a editora Boa Nova também vai lançar um livro infantil na Bienal paulista. Estaremos lançando na Bienal de São Paulo quatro livros infantis. 

O Consolador: Como tem sido sua participação com textos em jornais da imprensa espírita?

Todo o trabalho voltado para a criança através dos livros infantis tem aberto portas. Atualmente escrevo em algumas revistas espíritas, que, felizmente, vem abrindo espaço para a literatura infantil. São elas: Revista Delfos, Revista Espiritismo e Ciência e em breve estaremos colaborando com a Revista Pedagógica Espírita. Nessas revistas escrevo pequenas histórias para crianças e educadores. Colaboro também com o jornal Verdade e Luz, da USE Ribeirão Preto. 

O Consolador: Nas palestras, sua fala tem se caracterizado pelo incentivo à semeadura do bem no coração infantil. Fale-nos sobre isso.

Em nossas palestras, temos falado muito sobre a importância da educação e da ferramenta poderosa que é o livro infantil. Na verdade a proposta é de conscientização do adulto, dos pais e educadores. Os pais precisam se conscientizar de que o livro infantil é um aliado para a educação das crianças. Falo do livro infantil de uma maneira geral, espírita e não-espírita. Essa é nossa proposta. 

O Consolador: E como você tem sentido o retorno do público nessa semeadura?

Nesses encontros a emoção é fortíssima, pois a reação das pessoas é de surpresa e alegria. Crianças me procuram, pais e mães vêm demonstrar gratidão e alegria. Percebo que muitos companheiros escritores espíritas vinham abrindo caminho para esse tipo de trabalho, mas ainda há muito por fazer. Mas o resultado de tudo isso é estampado nas faces infantis, alegria e amor. 

O Consolador: Sobre a literatura infantil espírita, havia uma crise ou ausência de material para incentivo no setor?

Eu acredito que na literatura infantil tudo o que se fizer ainda é pouco diante do muito a ser feito. Tenho experimentado a alegria de ver grandes editoras despertando para a necessidade de se dar qualidade ao livro infantil. Muitas editoras se preocupam apenas com a literatura para adulto, mas felizmente isso vem mudando. 

O Consolador: Qual a melhor didática para transmitir os ensinos de Jesus e do Espiritismo para o coração infantil?

Acredito que a melhor maneira de se adequar a mensagem espírita cristã às crianças é respeitar a criança. Sua inteligência, seu discernimento seu mundo. É preciso dar qualidade a tudo que se faz para a criança; isso é decisivo para despertar o interesse infantil. E mais do que nunca, os pais precisam ler para e com os filhos. 

O Consolador: Quais seus planos para o futuro nessa área da literatura infantil e nas palestras de incentivo a esse setor de trabalho?

Tenho livros paradidáticos prontos, pretendo publicar também para o público infantil não-espírita, mas sempre levando uma mensagem de valorização da vida. Quanto às palestras, aguardo a abertura de mais espaços para divulgar o livro infantil, pois sem o concurso da literatura infantil a educação perece. 

O Consolador: Suas palavras finais.

Não haverá regeneração sem educação. Pais e educadores espíritas, criem salas de leitura em suas instituições, abram espaço para a literatura infantil em suas Casas Espíritas. Mais do que isso, que se montem bibliotecas infantis. Grandes escritores da literatura nacional têm obras que irão auxiliar as crianças a se tornarem homens de bem. A amizade entre pais e filhos se fortalece em gestos simples, a literatura é um desses gestos que marcam a criança pela vida afora. Leiam com suas crianças.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita