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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 2 - N° 62 - 29 de Junho de 2008

 

O vaga-lume

 

Morando num lindo recanto do campo, entre flores coloridas e perfumadas, árvores frondosas e amigas, Vavá, o vaga-lume, vivia sempre triste insatisfeito. 

Sentia-se pequeno e inútil. Voava sobre as rosas e admirava-lhes a beleza e o perfume, encantava-se com as borboletas que passavam vestidas elegantemente de asas multicoloridas. Ouvia com assombro

o canto mágico dos pássaros nas ramagens do arvoredo e entristecia-se por não conseguir emitir uma nota sequer. No fundo, tinha uma inveja profunda deles, das rosas, das borboletas, dos pássaros e de todos os que eram diferentes dele. 

Por que Deus o fizera assim? Ele não era bonito como as borboletas, não era perfumado como as rosas e não sabia cantar como os pássaros! 

A única coisa que possuía era aquela incômoda lanterninha na parte traseira do seu corpo e que ninguém mais tinha. Só ele! 

Ainda se fosse uma luz bonita e brilhante, como a das estrelas que Vavá contemplava à noite, ou como aqueles postes de luz que ele via de vez em quando na cidade, seria diferente. Teria orgulho dela. Mas qual! Essa luz fraca e oscilante não servia para nada! 

Certo dia, Dona Coelha apareceu aos saltos, muito preocupada com seu filhotinho. O pequeno estava doente e ela precisava de uma determinada planta para fazer um chá. 

Pediu ajuda para a Borboleta: 

— Amiga   Borboleta,   ajude-me   a   encontrar   o

remédio para meu filho.  

Mas a borboleta respondeu, abrindo as asas multicoloridas: 

— Como procurar? Está ficando escuro e não vejo nada! 

Dona Coelha agradeceu e pediu auxílio para a rosa, muito aflita: 

— Por favor, amiga Rosa, ajude-me a encontrar o remédio para meu filho! 

Abanando a linda cabeça de pétalas macias, a rosa respondeu, delicada: 

— Gostaria de ajudá-la, mas, infelizmente, não posso andar e, mesmo que pudesse, com essa escuridão seria impossível! 

Dona Coelha agradeceu e, encontrando o passarinho, pediu-lhe: 

— Você que anda por tantos lugares, poderia ajudar-me a procurar a planta que necessito para curar meu filho?

O passarinho ficou pensativo e depois respondeu, atencioso: 

— Creio que sei onde encontrar a planta que a senhora procura, Dona Coelha, mas está muito escuro e não posso voar, pois trombaria nas árvores. Além disso, não sei o lugar exato e agora de noite seria impossível encontrá-la. 

A pobre coelhinha ficou muito triste e já se dispunha a desistir do seu intento e retornar ao seu lar sem a planta necessária. Mas os bichinhos que se juntaram para analisar o problema, preocupados com a situação da pobre mãe, começaram a discutir qual a melhor solução. 

Dona Coruja, que ouvia tudo em silêncio, acomodada num galho de árvore, sugeriu: 

— Só conheço alguém capaz de ajudar neste momento tão difícil. 

— Quem??!! — perguntaram todos ao mesmo tempo. 

— O vaga-lume Vavá! 

Olharam-se surpresos. Como não pensaram nisso antes? 

— EU???...  

— Claro! Quem mais possui uma lanterna? — explicou a Coruja, satisfeita. 

Encaminharam-se, então, para o região onde o passarinho vira a planta, sempre guiados por Vavá, que ia na frente, todo orgulhoso, iluminando o caminho. 

Procuraram... procuraram... procuraram... até que, bem escondidinha, lá estava ela. 

Dona Coelha, muito feliz e aliviada, não sabia como agradecer: 

— Obrigada, Vavá! Se não fosse você e sua lanterninha nunca teria conseguido. Que Deus o abençoe! 

Vavá, que, pela primeira vez, sentia-se útil e valorizado, ficou satisfeito. E percebeu que o dom que Deus lhe dera era muito... muito importante, e poderia ajudar muita gente.  

Agora já não se incomodava mais de não ser belo como as borboletas, ou perfumado como as rosas, ou ter voz melodiosa como os pássaros. 

Já não se sentia mais como um pequeno e insignificante inseto, inútil e desprezado por todos. Ele era muito importante e tinha uma tarefa que só ele podia executar: clarear as trevas. 

E, a partir desse dia, Vavá passeava sempre pelo campo, confiante em si mesmo e orgulhoso da sua luz, agradecendo a Deus a bênção que lhe concedera.

                                                                  Tia Célia
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita