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por Fernando Rosemberg Patrocinio

 

Somos o que somos


As pessoas, via de regra, questionam o que é o ser vibrante, de pensamento contínuo, que há em cada um de nós, e que, uns e outros, chamam de Alma, de Consciência, e outros, mais ainda, chamam de Espírito, Ser imortal etc.

De fato: o nome não importa, mas, sim, o que é no íntimo: Eu Sou, Tu És, Ele É!

Mas o que Sou, de fato e realmente?

Estou certo de que Sou, de que Tu És, de que ele É: uma centelha divina imortal, e, mais que isto, de caráter palingenésico, ou, dir-se-ia, das muitas vidas já transcorridas no Mundo e fora dele, até outras que ainda virão para a nossa purificação completa e total.

Mas o que sabemos de nós mesmos?

Sabemos que somos algo que vive, que sente, que raciocina, que atua e que aprende diuturnamente e que simplesmente é, conquanto não se saiba o que de fato se é, no íntimo de nossa Essência, e, por isso, dizemos que se trata de algo anímico, ou, então, de caráter metafísico, espiritual!

Porém, o êxodo mosaico revela que Deus É o que É, ou que, em termos mais precisos, se diz: “Eu Sou o que Sou”!

Mas se nós, os filhos, realmente não sabemos o que, de fato, Ele É em Sua substância “espiritual”, cremos que, ainda assim, ou, pelo menos da parte dos mais religiosos, se pode, de alguma forma dizer, que o filho: como Ser criado pelo “Eu Sou” maior, seja, dito filho, uma forma ou espécie de: “Eu Sou Menor”.

Mas que, por sua liberdade relativa, “Tudo Pode” naquele que o fez ou que o gerou nalgum “tempo-sem-tempo” da eternidade que, no instante evolutivo de nós todos, não nos permite, ainda, saber do mais íntimo desse “Eu Sou Maior”, pelo menos por enquanto!

Todavia, por questões evolutivas, dia após dia, de modo mui lento, vamos atinando para o fato de que n’Ele mesmo vivemos, nos movemos, atuamos, e, pois, de lentos progressos educativos, vamos, por tal mesmo, deixando de odiar, passando, assim, inevitavelmente, a Amar, e, pois, a melhor compreender as regras do “bom-viver” na “Consciência” mesma d’Aquele’ que: “É o que É”, tal como nós próprios, os filhos: “Somos o que Somos”!

 

(*) Segundo a questão 23 de O Livro dos Espíritos, o espírito é o princípio inteligente do Universo, e nós todos, pois, como seres viventes, somos uma espécie de individualização pessoal dele, donde tudo, pois, deriva da Inteligência Suprema do Universo, causa primeira de todas as coisas.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita