A
melhora da morte
A
expressão-título
deste texto já
se encontra
incorporada na
chamada
sabedoria
popular, se
assim podemos
nos expressar,
usada
corriqueiramente
quando a
situação se
apresenta.
Não é um
fenômeno
comuníssimo, mas
acomete vários
pacientes
gravemente
enfermos, alguns
em estado
terminal,
quando,
subitamente,
apresentam uma
melhora
temporária e
surpreendente em
seu estado de
saúde antes de
falecerem em
seguida.
Tecnicamente
conhecida por
“Lucidez
terminal” ou
“Lucidez
paradoxal”,
chamou a atenção
da área médica
no século XIX.
Observou-se, à
época, a
ocorrência em
pacientes
dementes, com
doenças
neurológicas ou
psiquiátricas,
esquizofrênicos,
em casos
neurológicos
como tumor
cerebral,
abscesso etc. Há
diversas
hipóteses
buscando
explicar o
fenômeno, mas
nenhuma delas
foi comprovada
até agora, ou
seja, não há
consenso sobre a
causa deste
inusitado
acontecimento.1,2
Como se conclui,
os cientistas
ainda não
conseguiram
equacionar esta
questão, mesmo
lançando mão de
todos os
avançados
recursos
tecnológicos
disponíveis,
para o setor
médico, neste
século XXI.
Apesar de usar
toda a
experiência
acumulada
durante bem mais
de um século,
por incontáveis
profissionais de
diversas
especialidades,
o fato ainda se
traduz por um
mistério a
despeito das
várias
possibilidades
consideradas
para explicá-lo.
Cremos que o elo
faltante nestas
tentativas, seja
a
desconsideração
da alma como
fundamental
elemento
presente no
homem, na sua
imortalidade e
no poder dos
fluidos
magnéticos que
todos nós
podemos emitir e
receber,
conscientemente
ou não.
O Espiritismo já
informou sobre
esta realidade,
conforme segue,
resumidamente,
em caso muito
interessante.
Em uma das obras
da coleção A
Vida no plano
espiritual,
relata o autor –
André Luiz - que
o paciente Dimas
havido atingido
o tempo final
para a sua
existência,
contudo, sua
esposa, ao seu
lado, emitia
forças pelo seu
pensamento em
desalinho que
dificultavam o
desenlace, pois
tentava retê-lo
por mais algum
tempo. Diante da
situação,
Jerônimo e mais
dois auxiliares
acompanhantes de
André Luiz neste
aprendizado, por
meio de passes
longitudinais
forneceram ao
doente melhoras
fictícias
tranquilizando,
assim, os
parentes
aflitos. Dimas
abriu os olhos,
trocou algumas
palavras com a
parentela, todos
se
tranquilizaram e
interromperam,
inconscientemente,
a emissão de
fluidos que o
estavam mantenho
ligado ao corpo
físico. O médico
foi chamado e
solicitou a
todos que
deixassem o
paciente em
repouso
absoluto.
Tranquilizada
pela melhora
repentina do
esposo, sua
esposa se
recolhe ao
quarto abrindo
as portas para
que se fizesse o
trabalho final
encaminhando a
desencarnação do
doente.
Finalmente, o
moribundo pode
desencarnar.3
Há também mais
um exemplo desta
providencial
medida descrita
em outra obra de
André Luiz.
Agora, trata-se
de Fernando que
havia atingido
os momentos
finais da
existência,
contudo, a
aflição dos
familiares
encarnados
presentes,
emitindo, pelos
pensamentos,
recursos
magnéticos em
benefício do
moribundo,
tinham o poder
de dificultar a
ajuda do plano
espiritual
visando
finalizar o
desencarne do
paciente.
Chegado àquele
estágio de
desagregação
corporal, as
providências
mentais dos
afeiçoados eram,
agora, inúteis.
Sendo assim,
Aniceto, o
orientador de
André Luiz neste
outro relato
delibera pela
modificação do
quadro de coma.
Operando com
sabedoria e
eficácia os
fluidos
imateriais, em
breve, o médico
encarnado
informou que os
prognósticos
haviam
melhorado,
inexplicavelmente.
A pulsação e a
respiração
estavam voltando
ao normal.
Alguns
familiares se
retiraram do
aposento e os
fluidos
prejudiciais de
aflição e
desequilibrados
que eram
emitidos ao
enfermo
desapareceram
sem deixar
qualquer
vestígio.
Aniceto
aproveitou a
serenidade do
ambiente e
iniciou o
processo de
retirada de
Fernando do
corpo biológico.
Após longos
minutos Fernando
estava livre dos
implementos
carnais,
retornando à
vida verdadeira.4
É oportuno
lembrar que nem
toda melhora no
quadro clínico
de um doente em
estado terminal,
implica,
necessariamente,
na iminência da
morte. São
muitas as
situações
possíveis e, em
outros casos, a
evolução
positiva no
estado de saúde
do paciente se
mantém e o
doente se
recupera,
continuando,
normalmente, a
sua existência.
Importante
também destacar
a força do
pensamento, seja
para o bem, seja
para o mal. E
não se pretende
aqui sugerir que
não se deva
pensar no
doente, apenas
lembrar que as
forças mentais
geradas por
familiares e
amigos devem ser
construídas sem
inquietação,
ansiedade,
aflição, medo;
ao contrário,
precisam ser
elaboradas no
sentido de dar
ao moribundo paz
e tranquilidade
diante da hora
final que chegou
para ele e,
chegará para
todos.
Não sejamos
egoístas ao
ponto de desejar
que o ser
querido, em
sofrimento,
permaneça
conosco pelos
tempos afora,
pois ele, antes
de ser nosso
prezado parente,
é filho de Deus
e se o Criador
determinou que a
hora fatal
chegou para ele,
digamos apenas:
que se faça a
vontade do Pai.
Referências:
1 LINK
1 - O Globo
2 LINK
2 - BBC
3 XAVIER,
Francisco
Cândido. Obreiros
da vida eterna.
Pelo Espírito
André Luiz. ed.
9. Rio de
Janeiro/RJ: FEB,
1975.
Companheiro
libertado. cap.
XIII.
4 XAVIER,
Francisco
Cândido. Os
Mensageiros.
Pelo Espírito
André Luiz. ed.
16. Rio de
Janeiro/RJ: FEB,
1988. A
desencarnação de
Fernando. cap.
50.