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Portas abertas ao fujão
Quando Jesus diz que se queremos a perfeição devemos
amar os nossos inimigos, ele está nos conclamando à
sublimação do amor e do perdão desde agora na Terra.
François Fénelon (1651–1715), que foi um arcebispo
católico, teólogo, poeta e escritor francês, em mensagem
psicografada recomendou para nossa saúde: “Amai-vos uns
aos outros, e sereis felizes. Sobretudo, tomai por
tarefa amar aqueles que vos inspiram indiferença, ódio
ou desprezo”. À luz do Espiritismo sabemos que as leis
divinas punem, nesta vida ou na outra existência,
aqueles que negam a lei de amor. E finaliza o espírito:
“Não esqueçais, meus queridos filhos, que o amor
aproxima de Deus, e o ódio distancia”. (1)
Em provérbios 27:17 diz-se: “Assim como o ferro afia o
próprio ferro, as pessoas aprendem umas com as outras.”
Não importa qual foi sua experiência com alguém, existe
um propósito quando Deus nos permite estar próximo a uma
pessoa, somos forçados ao crescimento. Se é uma pessoa
que age com maldade, evitemos tal comportamento; se é
uma pessoa bondosa, busquemos seguir seu exemplo. Deus
usa pessoas para nos alinhar ao propósito de nosso
crescimento sempre.
Um conto diz que o pastor de ovelhas deixa seu rebanho e
vai buscar a ovelha perdida e ferida, prende-a e trata
cuidadosamente de sua alimentação e de seus machucados,
e quando se recupera passa a acompanhar seu bom pastor.
Assim somos nós perante o Poder Superior que nos
socorre, através do próximo, para que voltemos ao seu
Reino que sempre está de portas abertas ao fujão.
Um estímulo para viver fraternalmente e esquecer o
passado de mágoas de quem nos feriu. Dessa forma
estaremos recebendo a bênção da compreensão e tolerância
pelas nossas faltas.
A recomendação do Espírito de Verdade é mais importante
ainda: “Espíritas!, amai-vos, eis o primeiro
ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo. Todas as
verdades são encontradas no Cristianismo; os erros que
nele criaram raiz são de origem humana”.
Não podemos ficar presos apenas aos cânones da Bíblia.
Tem mais estrelas, mais mundos, mais luzes.
Agora sei que não posso mudar o que fui, mas hoje posso
construir o que serei, amando e perdoando.
1. Allan Kardec – ESE - (Fénelon.
Bordeaux, 1861.) - EME.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é diretor da Editora
EME.
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