Estou em meu Pai, vocês em mim, e eu em
vocês
“Naquele dia, compreenderão que estou em meu Pai, vocês
em mim, e eu em vocês.” (João,
14:20)
A respeito dessa passagem evangélica, o Espírito
Emmanuel, no livro O Consolador, na questão 288,
sobre “Meu Pai e eu somos um”, esclarece a perfeita
identidade e comunhão do Cristo com Deus na direção de
todos os processos atinentes à marcha evolutiva do
planeta terrestre.
A frase proferida por Jesus refere-se à unidade
espiritual entre ele, Deus Pai e os seus discípulos,
demonstrando interconexão entre os seres pelo amor e
pela prática do bem.
Indica, também, a união entre os seguidores, mostrando
que eles estão em Cristo e Cristo neles, promovendo a
fraternidade e o amor mútuo.
Essa união é momento de maior compreensão espiritual,
onde os discípulos, pelos ensinamentos de Jesus,
atingirão um nível de consciência mais elevado.
A força do verdadeiro amor une todos os seres e permite
a manifestação da presença divina em cada um,
materializando a união entre o Céu e a Terra.
Pela união sincera e fraternal de Espíritos, encarnados
e desencarnados, serão possíveis a transformação e a
regeneração da Humanidade. A união permanente da alma
com Deus é a finalidade de todos os caminhos evolutivos.
A vida é harmonia dos movimentos, resultante das trocas
incessantes no seio da natureza visível e invisível,
cuja manutenção depende das atividades dos mundos e dos
seres.
Jesus ensina que a primeira qualidade a ser cultivada no
coração, acima de todas as coisas, é a fidelidade a
Deus, como uma das primeiras virtudes, em que o filho e
o pai estabelecem a confiança integral e recíproca.
Uma das maiores virtudes do discípulo do Evangelho é a
de estar sempre pronto ao chamado da Providência Divina,
sem se importar onde e como será o testemunho de sua fé.
O essencial será revelar a união com Deus em todas as
circunstâncias.
Indispensável não esquecer a condição de servos de Deus,
para bem atender ao chamado, nas horas de tranquilidade
ou sofrimento.
As bodas de Caná foi um símbolo de união na Terra,
marcado pelo início da pregação do Cristo no momento de
expressiva alegria, em que o aprendizado evangélico deve
ocorrer num clima de união e de júbilos fraternos.
Também somos convidados para essa festa de casamento com
o Evangelho na Terra.
Emmanuel, no livro O Consolador, na questão 322,
expressa:
“O amor é a lei própria da vida e, sob o seu domínio
sagrado, todas as criaturas e todas as coisas se reúnem
ao Criador, dentro do plano grandioso da unidade
universal. (...)
No caminho dos homens é ainda o amor que preside a todas
as atividades da existência em família e em sociedade.
Reconhecida a sua luz divina em todos os ambientes,
observaremos a união dos seres como um ponto sagrado, de
referência dessa lei única que dirige o Universo.”
As palavras do Mestre Jesus sintetizam a sua consoladora
doutrina pelas adesões dos corações sinceros e puros
para sempre às claridades do reino de Deus, selando a
eterna união de todos os seres humanos, tocados pela
força do amor que irradia da divina fonte inspiradora
para as mais profundas ações de fé, esperança,
confiança, fraternidade e concórdia.
Não se trata de um simples compromisso formal para com
Deus, Cristo e os próximos, mas de uma união enraizada
em elevados sentimentos que derivam da necessidade de
harmonia e entendimento, fundindo os seres uns aos
outros, sem lhes inibir a identidade, a individualidade
e tampouco as expressões individuais de vir a ser.
É a autêntica doação do verdadeiro amor, firmada no
desinteresse pessoal, constituía pelo sinal de união com
Deus, na demonstração de que trabalham para o êxito do
bem no mundo.
O planeta Terra é uma escola abençoada “que faculta o
desenvolvimento dos incomparáveis tesouros que dormem no
recesso do ser, auxiliando-o a libertar-se do primarismo
e das sensações mais grosseiras para alcançar as emoções
santificantes e libertadoras que lhe estão destinadas,
proporcionando-lhe o ensejo da união com o pensamento
divino” (Espírito Manoel Philomeno de Miranda,
Apresentação, no livro Amanhecer de uma nova era.)
Por tudo isso, esteja em comunhão com o Pai eterno, com
o Cristo e com os seus semelhantes no caminho da verdade
e da vida eterna, pela imortalidade do Espírito, na
busca da perfeição em pluralidade de existências,
praticando o verdadeiro e sublime amor.
Bibliografia:
BÍBLIA SAGRADA.
EMMANUEL (Espírito); (psicografado por)
Francisco Cândido Xavier. O Consolador. 29ª
Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira,
2019.
EMMANUEL (Espírito); (psicografado por)
Francisco Cândido Xavier. Pão Nosso. 1ª Edição.
Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2018.
MIRANDA, Manoel Philomeno de Miranda
(Espírito), na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Amanhecer
de uma nova era. 2ª Edição. Salvador/BA: Editora
Leal, 2017.
SAYÃO, Antônio Luiz. Elucidações
evangélicas à luz da Doutrina Espírita. 16ª Edição.
Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.
SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e Ensino
de Jesus. 28ª Edição. Matão/SP: Casa Editora O
Clarim, 2016.