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por Nilton Moreira

 

Causa primária...


Quando criança tínhamos em mente a figura de Deus como sendo um velhinho de barbas longas e brancas sentado em um grande trono nas nuvens, tendo um livro nas mãos. Esta era a figura que imaginávamos a partir das informações que nos davam as pessoas idosas.

Com o tempo nos questionamos e concluímos que o Criador não tinha essa configuração. Nem as crianças de hoje aceitam explicações que as intuam a imaginar Deus como um velhinho.

Mas foi no século XIX que o francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, professor de matemática e estudioso do magnetismo, teve sua atenção voltada para fenômenos incomuns que aconteciam e que consistiam em mesas girarem, se propagarem no ar e até se precipitarem contra espaços. Mais tarde constatou o professor Rivail que havia inteligência por trás das mesas, já que elas respondiam por pancadas às perguntas a elas dirigidas.

Tornou-se comum grupo de amigos juntarem-se nos cafés, clubes e outros locais para se divertirem com as mesas, mas Rivail resolveu dar ao fato conotação séria e foi estudar o fenômeno, publicando mais tarde, em 18 de abril 1857, a obra O Livro dos Espíritos, assinada com o nome de Allan Kardec para a diferenciar das obras que até então publicara como professor.

A primeira pergunta que consta d’ O Livro dos Espíritos é: Que é Deus? Ao que foi respondido: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”. No livro consta também o aprofundamento de vários assuntos, mas as causas primeiras estão em primeiro plano.

Kardec também nos trouxe o conhecimento de que Deus é eterno, imutável, único, imaterial, onipotente e soberanamente justo e bom.

Em tudo e em toda parte aparecem a bondade e a justiça de Deus na providência com que, através de leis perfeitas, assiste suas criaturas.

Em razão de estarmos numa fase ainda pequena na evolução perante o universo, nos faltam sensibilidade para entender Deus em sua plenitude, mas à medida que vamos nos esclarecendo, através das sucessões das existências, nossa percepção irá se ampliando e, com isso, compreenderemos melhor tal questão.

Não devemos temer Deus, mas sim seguir Sua lei, que está inscrita em nossa consciência, lembrando sempre que Ele é bondoso, mas Sua justiça é infalível.

 
  
    

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita