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Natural de Mamanguape (PB), bacharel em Ciências
Contábeis com MBA em Gestão de Pessoas, bancário
na ativa e residindo em João Pessoa (PB), José
Correia de Queiroz Filho (foto) é
integrante do Centro Espírita Lar de Jesus e um
dos diretores da Federação Espírita Paraibana,
bem como adjunto da Regional Nordeste da Área de
Comunicação Social Espírita. Nesta entrevista
ele nos fala sobre sua vivência espírita.
Como conheceu o Espiritismo?
De família eminentemente católica, o Espiritismo
apareceu para mim na juventude, quando buscava
esclarecimento e socorro para alguém a quem me
afeiçoei e que estava passando por um processo
de obsessão. Assim, procurei na Doutrina o
esclarecimento dos processos, com a leitura de
obras com o escopo desta temática, afeiçoando-me
ao estudo e ao viés Consolador do Espiritismo.
Aquilo era, para mim, como se tivesse
reencontrado algo muito precioso que estava
esquecido, ou perdido. Tudo era muito fácil de
entender e muito lógico ao olhar.
O que mais lhe chama atenção na Doutrina
Espírita?
A clareza, a lógica dos fatos e a certeza da
governança de Jesus em todo o Orbe.
Como vê o movimento espírita atual?
A meu ver, o movimento espírita anda
movimentando-se pouco. Pois, diante de tanto
esclarecimento e luz, ainda se intimida, ou, sei
lá, acovarda-se diante de questões tão óbvias,
às vezes, e ainda consegue ser pouco unido e
pouco fraterno consigo mesmo. Poderíamos agir
mais, a exemplo de Jesus e Kardec, fazendo da fé
raciocinada um porto seguro para uma ação mais
fiel nas escolhas, nas atitudes e nos
pensamentos. Sair da teoria para a prática.
Termos mais coragem de expor os ideais
espíritas.
De suas vivências com o ideal espírita, o que
lhe tem sido de grande importância? Por quê?
O esclarecimento da realidade que a Doutrina
proporciona. Uma vez que dá para perceber que a
cada dia você se encontra mais seguro diante dos
desafios imensos dos tempos atuais. Sem o
conhecimento que a Doutrina proporciona,
sinceramente, não sei se teria hoje alguma fé em
um amanhã melhor.
No movimento de unificação no estado, quais as
maiores dificuldades e quais os maiores
benefícios já colhidos?
O maior desafio está em sermos mais empáticos e
fraternos; isso está em nós mesmos. É chegar até
o outro, não como alguém que está trazendo uma
"varinha de condão", ou levando "a verdade".
Quando se dispõe de tempo e boa vontade para
somar, os resultados são visíveis, pois vamos
unindo forças e conquistando confiança.
Sobre sua experiência de palestrar, o que tem a
dizer?
Gosto de fazê-lo. Sinto que a espiritualidade
ajuda demais e que, a cada tema exposto, nós
mesmos crescemos e aprendemos mais.
Beneficiamos, mas somos os mais beneficiados.
Qual sua preferência na escolha dos temas?
Falar do Evangelho e Jesus
E como tem sentido a interação do público
ouvinte?
Sinto que conseguimos o intuito de fazer a
mensagem ser entendida e que o público leva
sempre algo para refletir em casa.
Alguma recordação marcante nestes anos todos?
Temos um amigo, que conheci no Centro Espírita
Lar de Jesus, que já desencarnou. Porém, quando
do término de uma palestra que fiz lá, faz algum
tempo, uma das médiuns da casa relatou-me que
todas as vezes que eu vou fazer palestra esse
amigo vem assistir, pelo simples fato de
apreciar a forma com que exponho as falas.
Suas palavras finais.
A Doutrina é algo arrebatador e que, de fato,
consola, ensinando-nos que a vida é bela em
todos os sentidos e que Deus, nosso Pai, não
quer nos ver sofrer, pois o caminho é de amor
para o amor. E só o amor é que cobre uma
multidão de pecados. Porém, jamais podemos
esquecer que a obra é do Senhor, mas a tarefa é
nossa...
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