Os espíritos nos acompanham?
“Os Espíritos influem sobre os nossos
pensamentos e as nossas ações?
Resposta: Nesse sentido a sua influência é maior
do que supondes, porque muito frequentemente são
eles que vos dirigem.” (O Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec, questão 459.)
Diante da informação do Espírito André Luiz,
através da mediunidade de Francisco Cândido
Xavier, de que o orbe terrestre abriga mais de
vinte bilhões de Espíritos, sendo que
aproximadamente oito bilhões de criaturas vivem
no planeta, encarnados, é natural que concluamos
que estamos cercados “por uma multidão de
testemunhas”, conforme nos ensinou Paulo de
Tarso. O detalhe está no fato de que os
desencarnados não são visíveis aos nossos olhos
materiais.
Pessoas duvidam da existência dos Espíritos por
não poder vê-los, mas a energia elétrica, o
vento, a saudade também existem e ninguém
consegue enxergá-los.
Os Espíritos não só existem como tecem grandes
influências sobre nossas vidas, isso,
obviamente, pela afinidade, pois cada um tem ao
seu lado a companhia que deseja, que atrai
mediante seus atos, ações e comportamentos.
Do nosso lado poderemos contar com os Espíritos
bons, bem intencionados, corretos e realmente
amigos, ou conviver com aqueles que preferem
viver no vício, no ódio e no cultivo de
procedimentos indignos. Na verdade, nossos
pensamentos são os canais de atração.
O homem que planeja executar uma boa ação,
ajudar, por exemplo, uma família pobre, socorrer
um jovem desorientado, amparar um idoso doente
ou trabalhar pela melhoria geral da coletividade
em que moureja, sem dúvida, atrairá para o seu
convívio a presença saudável dos Espíritos que
carregam, no âmago, o mesmo ideal. Já a criatura
que alimenta a ideia do crime, da falcatrua, da
maledicência e do ódio, contará, certamente, com
o auxílio dos desencarnados que carregam na
intimidade os mesmos intentos. Assim, estaremos
sempre cercados pelos nossos afins.
Os bons nos incentivam a fazer um bem ainda
maior, os maus nos impelem a cometer erros cada
vez mais intensos e profundos. Com os bons
angariamos as energias reconfortantes,
prazerosas e salutares, com os maus retemos
conosco as sensações da infelicidade, do
desconforto e dos prejuízos de toda ordem. A
escolha, evidentemente, será sempre nossa,
mediante o livre-arbítrio, que nos faculta
decidir.
Sabendo disso, até por uma questão de bom senso
e inteligência, será muito melhor fazer o bem,
viver no bem, incentivar o bem.
O bem podemos fazê-lo a todo instante, a
qualquer hora e em favor de qualquer pessoa. Não
precisa de dinheiro, nem de condições especiais,
apenas de boa vontade e firme desejo e propósito
de realizá-lo.
Oferecer um sorriso, apresentar um gesto de
compreensão, distribuir um carinho, ouvir com
paciência alguém que precisa desabafar,
confeccionar uma peça de roupa para uma criança
pobre, distribuir pão aos necessitados, oferecer
as horas vagas em trabalho nas entidades
assistenciais, saber suportar um familiar
problemático, continuar confiando na recuperação
de um ente querido que está mergulhado no vício,
calar diante de uma criatura exaltada, manter o
silêncio quando alguém nos ofende, retribuindo
com o perdão, cultivar a tolerância dentro do
lar, criar programas de ação que possam amparar
os irmãos desprovidos de oportunidades e muito
mais. Tudo isso se caracteriza como o bem que
podemos fazer, e, por certo, como atrativos para
os bons Espíritos, que, sem dúvida, virão aos
nosso auxílio.
Existem, também, variadas opções para que
deflagremos comportamentos menos dignos que, sem
dúvida, atrairão as presenças perigosas dos
Espíritos infelizes. A deliberação, portanto, é
exclusivamente nossa e as consequências boas ou
más seremos nós que as teremos.
Reflitamos, então, se preferimos a felicidade ou
a dor.