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por Flavio DSilva

 

O ódio gratuito às pessoas boas sob a ótica espiritual


Este artigo tem como objetivo trazer uma reflexão a propósito de como funciona o sistema mental e espiritual do ódio gratuito às pessoas boas ou inocentes. Para isso, foi utilizada uma metodologia exploratória, permitindo uma interessante reflexão e maior entendimento de um tema que parece inexplicável, levando-nos a aprender sobre os conceitos de campo vibracional e suas afinidades, frequência e até ética.

Segundo George Orwell (2009): “Num mundo de mentira, dizer a verdade é um ato revolucionário." A delicada realidade do nosso planeta nos leva a perceber que atualmente não são necessários grandes esforços e feitos para sermos considerados um homem bom. Tendo em vista as barbáries a que assistimos mundo afora, entende-se que aquele que se mantém minimamente em neutralidade pode ser bem visto diante da sociedade.

Compreendendo isso, analisa-se que em verdade a questão a ser discutida engloba também, além de um conceito cultural/social, os mistérios espirituais que envolvem as relações humanas.

Tendo em vista esses conceitos, iremos discutir mais adiante qual a relação disso com a interação de campos energéticos, o ato de tocar as sombras psicológicas do outro e o processo de sabotagem, revelando uma batalha entre o bem e o mal.


Explorando as causas do problema

Toda pessoa emite um campo energético que carrega sua vibração, resultado de seus pensamentos, sentimentos, intenções e estado de consciência. Uma pessoa "boa" vibra mais alto por causa de qualidades como: Amor incondicional, Paz interior e Honestidade. Esse campo é coerente e expansivo, influenciando ambientes e pessoas ao redor, mesmo sem palavras. Quando outra pessoa (que tem má índole) entra em contato com esse campo mais elevado, o que acontece depende do nível de compatibilidade vibracional, informação explorada por Emmanuel e outros espíritos amigos dentro do conceito de almas afins.

Se a pessoa também está em alta vibração, ocorre ressonância: afinidade, empatia, atração. Se está em vibração densa (medo, ego, orgulho, trauma não resolvido), o campo da pessoa boa age como um espelho energético, ativando zonas de sombra (tudo que nos é prejudicial, mas escondemos e negamos a nós mesmos). É nesse momento que se inicia o processo do ódio aparentemente sem motivos.

Convenhamos que tocar nas sombras é doloroso, traz resistência e revolta ao tentar sair de uma zona de conforto onde se manteve há anos sem ser incomodado. Em verdade esse tipo de pessoa acaba sendo ladrão energético quando ataca o outro (com inimizade, inveja etc.), sugando a vítima de diversas formas, a qual, caso não esteja bem protegida, poderá sofrer bastante sem ao menos ser tocada.

A energia, sendo superior, "acende a luz" sobre o que está desalinhado no outro: sentimentos como desgosto, insegurança ou ressentimento vêm à tona. A pessoa não entende racionalmente o desconforto, mas sente um incômodo profundo com a presença do próximo. Quando se diz que “o santo não bateu”, o que está ocorrendo é que o espírito sabe a composição do outro ser e o histórico com aquela alma, bem antes do corpo compreender, podendo chegar a um caso de vidas passadas por exemplo.

 

O poder da mentalização

Com pensamentos e intenções de prejudicar, ondas são enviadas a vítima e podem ser destrutivas; cada mentalização é uma ressonância de frequências densas. A pessoa rejeita a outra não por quem ela é, mas pelo que ela representa energeticamente: um desafio ao seu ego, um espelho para suas feridas e uma vibração que ela ainda não consegue sustentar. Esse tipo de rejeição é muitas vezes irracional e emocionalmente carregado.

A nível sutil, as pessoas escolhem com quem se alinham. Quando a diferença vibracional é muito grande, ocorre naturalmente: afastamento energético (distanciamento espontâneo) ou conflito e sabotagem (quando o ego tenta “quebrar” a vibração elevada do outro), pois a luz incomoda quem vive nas sombras, não porque ela ataca, mas porque revela, provando que o espírito tudo sabe.

Esse evento pode estender-se também a ataques espirituais dos seres que acompanham aquele que pratica a fofoca e a inveja por exemplo, isso porque quando nos relacionamos com alguém participamos de tamanha interação de campos que corremos o risco de contrair problemas e atrair espíritos, também se aplicando no bom sentido.

Quando duas ou mais pessoas (independentes de serem boas ou nãos) se reúnem para falar mal de alguém, ocorre uma união de baixas frequências vibracionais, essa união gera um campo energético coletivo, que se fortalece à medida que o foco no outro aumenta. Esse campo funciona como uma egrégora negativa, uma forma-pensamento coletiva que adquire força própria.

 

A importância da proteção espiritual

Isso cria uma conexão energética entre os participantes e a pessoa que está sendo comentada, mesmo a distância. A energia é direcionada à pessoa que está sendo alvo da fala, como um feixe de intenção negativa inconsciente, semelhante a um ataque psíquico sutil, como ondas vibracionais que atravessam o campo quântico e vão até o campo áurico da vítima.

Se a vítima tem um campo forte (autoestima sólida, presença, práticas de proteção energética), essas energias são repelidas ou transmutadas em energias qualificadas com mais facilidade. Se está fragilizada (baixa autoestima, medo, tristeza, desânimo), o campo está mais poroso, e a energia densa penetra com mais facilidade, pois ela se conecta onde há ressonância. Se a vítima carrega crenças negativas, os fluidos encontram eco interno e se manifesta como: Angústia súbita, falta de foco, sensação de peso ou cansaço inexplicável, tristeza ou crise de ansiedade e dores físicas sutis (principalmente no chakra plexo solar ou peito)


Considerações finais

Diante de tudo o que foi exposto, torna-se evidente que essa batalha entre os polos positivo e negativo não se dá apenas no plano material, mas principalmente nos campos sutis da energia e da consciência, mostrando que a convivência humana, à luz da espiritualidade, mostra-se como um terreno fértil para o autoconhecimento, em que o outro age como um espelho, refletindo nossas virtudes, mas também nossas feridas.

 

Referências:

EMMANUEL. Obras diversas psicografadas por Francisco Cândido Xavier. Diversas edições. FEB – Federação Espírita Brasileira.

ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

CALDERON, Saulo. Vídeos sobre experiências fora do corpo e espiritualidade. Canal Saulo Calderon, 2006–2025.

 

Flavio DSilva, fundador do Projeto Social Centelha Solidária, reside em Salvador, Bahia.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita