A
terapia do
silêncio
A meditação é
uma prática de
profundo valor
para o ser
humano, pois
favorece o
autoconhecimento,
a serenidade e a
harmonização
interior,
funcionando como
antídoto eficaz
contra o
estresse, a
ansiedade e os
conflitos
emocionais que
marcam a vida
moderna. Ao
silenciar a
mente e
voltar-se para
dentro, o
indivíduo acessa
dimensões mais
sutis do ser,
restabelece o
equilíbrio entre
razão e
sentimento, e
fortalece sua
conexão com o
divino. Nesse
estado de
quietude
consciente, o
espírito se
reoxigena, as
percepções se
ampliam, e surge
uma clareza que
orienta escolhas
mais saudáveis e
atitudes mais
compassivas,
promovendo,
assim, saúde
integral e
crescimento
espiritual.
Em linguagem
clara e serena,
o poema de nossa
autoria que
selecionamos
para esta coluna
traduz em poesia
o que a
psicologia
transpessoal e a
filosofia
espírita vêm
demonstrando:
que o homem
moderno adoece
não apenas por
causas externas,
mas sobretudo
por desconexão
com sua
essência. A
meditação, nesse
contexto, não é
um luxo
reservado aos
místicos, mas
uma necessidade
vital para todos
que desejam
viver de forma
lúcida e
integrada. A
partir dessa
prática simples
e acessível, o
ser humano
reconfigura sua
interioridade e
se torna capaz
de compreender
melhor a si
mesmo e os
caminhos da
existência.
Diversamente do
que alguns
pensam, a
meditação não
exige rituais
complicados nem
o isolamento do
mundo. Ao
contrário, ela
pode ser
praticada com
naturalidade no
cotidiano, desde
que haja
intenção sincera
e constância. O
poema ensina que
bastam alguns
minutos de
pausa,
respiração
consciente e
elevação do
pensamento para
que se inicie o
processo de cura
da alma e de
reencontro com
Deus, o Pai
Criador, em
cujos braços
encontramos
sempre
acolhimento e
sentido.
O poema é, pois,
mais do que um
exercício
estético; é um
chamado à saúde
integral, à
espiritualidade
vivida, à
religação com o
sagrado que
habita em nós.
Que seus versos
toquem a
sensibilidade de
cada leitor,
despertando a
vontade de
parar, respirar
e sentir, para
além do
pensamento, a
luz que nos toma
pela mão e nos
conduz ao nosso
verdadeiro lar
interior. Nossa
fonte de
inspiração foi a
página homônima
de Joanna de
Ângelis,
psicografada por
Divaldo Franco,
constante do
livro Alegria
de viver, Leal
Editora,
capítulo 16:
NECESSIDADE DE
MEDITAÇÃO
“Habitua-te à
meditação, após
as fadigas.”
Joanna de
Ângelis
Uma existência
tranquila e
sadia
Requer a busca
da meditação:
Por meio dessa
interiorização
O homem se
conhece e
autoavalia.
Meditar é
reunir, na
intimidade,
Os muitos
fragmentos da
emoção
Num todo
harmonioso, com
a expulsão
De fobias,
conflitos e
ansiedade.
Liberam-se,
destarte, em tal
processo,
Os sentimentos
presos em sua
alma,
Os quais lhe
tolhem por
completo a calma
E o anseio
genuíno de
progresso.
As compressões e
excitações da
vida,
Bem como as
rebeldias
interiores,
Geram conflitos,
amarguras,
dores,
Que enfermam o
Ser, nessa
agitada lida.
Só a meditação é
que lhe enseja
A terapia de
refazimento,
Reconduzindo-o,
à luz do
sentimento,
Aos bons valores
que vislumbra e
almeja.
Para alcançar
esse estado de
paz,
Não é preciso a
vida em solidão;
Além do mais,
nem mesmo a
imposição
De novos hábitos
aqui se faz.
São necessárias
só, sem
misticismo,
Singelas
instruções para,
com calma,
Reoxigenar as
células da alma,
Vitalizando a fé
e o otimismo.
Respiração
tranquila é o
ideal
Para o exercício
da meditação,
Eliminando os
pontos de tensão
No espaço físico
e também mental.
Manter-se
quieto, em
concentrar
profundo,
Fixando a mente
em algo
superior,
Como a
felicidade, ou o
amor,
Acima dos
limites deste
mundo.
A identificação
é, assim, tecida
Em luz, entre a
criatura e o Pai
Criador,
E se descobre o
sentido e o
valor
De quem se é, e
do porquê da
vida.
Não é momento de
interrogações,
O da meditação;
é de silêncio.
O Ser supera o
nosso mundo e
vence-o,
Se harmonizando
em novas
dimensões.
Nesse processo a
Alma se conduz
Mais pelo
coração e
sentimento:
Assim se anula a
ação do
pensamento,
Para sentir,
viver, tornar-se
luz.
Reserva, pois,
após teu árduo
dia,
Alguns minutos à
meditação;
Ora em seguida a
Deus, com
devoção,
Agradecendo a
bênção que te
envia.
Mário Frigéri é
poeta, escritor,
autor e youtuber
com a mente e o
coração voltados
para o esplendor
do Evangelho e
da Doutrina
Espírita.
Campinas-SP.