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por Fernando Rosemberg Patrocinio

 

Vida, evolução, revelação


Ora, de que é feito a Vida senão de uma constante Revelação a nós Todos: Seres Humanos, porém, dantes que Tudo: Seres Espirituais?

Afinal: Eu, Você, como todos nós:

Não sabemos o que vai se dar no próximo segundo de nossos relógios, ou, de nossas existências mútuas, e, no entanto, o próximo segundo de nossos relógios vai acontecer, aliás, já se dera e já está presente agora, pois já se implantara na linha do “Tempo Evolutivo” que se nos mostra, ou, se nos “Revela” a todos:

Espíritos mundanos: seja no Mundo material, seja no Mundo Espiritual ao nosso derredor.

E, assim, pois, já estamos na espera do próximo segundo que, se somando a outros que inevitavelmente virão, se transformam em minutos, em horas, dias, meses e anos de nossas vidas mundanas, biológicas, psíquicas ou para-psíquicas, ou, ainda, espirituais, e isto, até, o fim de nossas vidas, que, aliás, não termina, mas prossegue, como dito supra, noutro espaço existencial.

Logo, a Vida é “Evolução e Revelação” constante, ou, contínua, aos nossos olhos psíquicos ou espirituais, pois quem percebe, vive e vê, dita “Evolução” e dita “Revelação”, em última análise, são estes: os olhos psíquicos, e não aqueles outros, os olhos físicos ou materiais, que não passam de instrumentos daqueles outros: os olhos espirituais!

Assim, pois, se a Vida íntima de cada um de nós, que, como “Evolução”, é feita de uma constante “Revelação”, dir-se-ia que, a um âmbito maior, ou, a um âmbito planetário, esta, também, é feita das mesmas formas contínuas de nossa presente cogitação. Ora, em nosso passado, tínhamos a crença de que a Terra era o centro do universo, que estava parada e que tudo se movimentava ao seu derredor.

Hoje sabemos que não é assim, pois que o Sol é o centro de nosso Sistema e que tudo ao seu redor é que se rotaciona e se translada de modo contínuo, e que, mais ainda, o referido Sistema, de modo igual, também não se estaciona, pois que se move em torno de nossa galáxia sideral, e etc. etc.

E tínhamos, ainda, em nosso passado bem recente, a ideia de que os Seres, e, pois, o Homem, não progridem intelectualmente e moralmente, quando, agora, sabemos que não é assim, pois, que tudo se transforma o tempo todo: desde o berço ao túmulo de nós todos: Seres humanos que, ao fundo, como já dito, são Seres espirituais evolutivos, que se transformam biologicamente e, pois, espiritualmente, sem que nada possamos fazer para mudar tal ideia, tal concepção evolutiva de nós todos: Seres transcendentais.

E, no Espiritismo, pois, temos a definição de que o mesmo, constitui, ao seu bojo doutrinário, a Terceira Revelação da Lei de Deus, donde a Primeira se dera com Moisés, no Velho Testamento; e, a Segunda, com o Cristo, e, por fim, a Terceira Revelação da Lei, como já dito, e que, pois, se propaga e se divulga como: Espiritismo, ou, como queiram, como Doutrina dos Espíritos Superiores.

E, isto, por entender-se que a Primeira:

1-De Moisés, falara da segunda, ou seja:

2-Do Cristo, e, pois, de sua vinda ao Mundo como Messias, como Salvador.

E, este – o Cristo, de sua parte, falara da vinda:

3-Do Consolador, do Espirito de Verdade, ou, do Espiritismo que, por sua vez, nos ensinaria todas as coisas e que ficaria eternamente conosco.

E, por aí, pois, temos, igualmente:

-Evolução e Revelação!

Ou, vice-versa:

-Revelação e Evolução!

Tendo o Espiritismo, como se pode confirmar - bastando-se, pois, estuda-lo sem ideias malsãs e pré-concebidas -, todas as características do Consolador prometido pelo Cristo, porquanto nos ensina, via mediúnica, e, pois, via mais alta e mais santa luz: Ciência, Filosofia e Religião, sendo esta, ou, estas, em Espírito e Verdade, e, mais ainda, de forma constante ou não paralisante...

Pois, o Espiritismo se nos mostrara com os mais diversos instrutores, sábios, médiuns e filósofos, em meados do Século 19 e décadas posteriores que se lhe seguiram; e, no Século 20, se nos revelara, mediunicamente, ou não, com Pietro Ubaldi, Francisco C. Xavier, Divaldo P. Franco, dentre muitos outros médiuns e instrutores de tal quadra secular, e prossegue ainda pelo Século 21, ou, para sempre, de nossa imortalidade, pois que não para e não vai parar...

E, isto, pelo fato evidente de que o Espiritismo - tal como a Vida em Si -, constitui-se de uma constante Revelação ao Homem, ou melhor, aos nossos Espíritos imortais que segue avante na linha do tempo, e, pois, para sempre, ou, dir-se-ia, até Deus, quando, então, dito Espírito se funde ao mesmo e, pois, se torna “Uno-ao-Pai”, tal como ministrara Jesus: o Mestre dos mestres imortais.

Logo:

A Vida, em Si, e, pois, enquanto estivermos trafegando ou passando pelos mais diversos Mundos astronômicos universais, é uma constante Evolução e uma constante Revelação, donde dizer-se, de modo filosófico e matemático, que:

“Viver é Evoluir pela constante Revelação!”

Ou que:

“Viver é Vida que se Revela!”

Ou, então, de modo matemático, que:

“Vida = Revelação”

Revelação, pois, que se dá, a todo instante em nossas vidas mundanas, ou, se o quisermos, aos nossos olhos carnais, ou melhor diríamos, olhos espirituais, como já fora frisado supra que não somos matéria, mas sim: Espírito, ou, se o quisermos: somos Consciência, sendo, esta, pois, e, definitivamente: imorredoura ou imortal.

Logo:

Viver é de uma constante Revelação de Deus em nossas vidas, donde tudo muda por Evolução, ou, dir-se-ia, está mudando, e, pois, continua a mudar, sendo Eu, bem como Você, algo de Estrutura mutante, que, se não for para melhor, e, pois, em sentido progressivo, o poderá ser para pior, ou seja, para um estacionar, ou mesmo, de um movimento de queda, que implicam, desde já, e, com toda certeza, em decepção, tristeza e dor, pois que, se a Ordem Evolutiva nos conecta à felicidade, a paralisação, ou, a desordem involutiva, se prendem aos seus opostos da referida Ordem Evolutiva, se traduzindo, pois assim, como formas de tristeza, de dor, de infelicidade, ou, de decadência moral. 

E, por isto, se diria que:

“Se há tantas mazelas no Mundo é porque há tantos pecadores também”.

E, pois, para isto, basta ver o Mundo à nossa volta, ver as consequências da Virtude e do vício, do Trabalho e da preguiça, da Ordem e da desordem, donde tais, derivam do Ser, de suas escolhas Boas ou más, trazendo-lhe, pois, assim, as consequências inevitáveis do seu proceder, ou melhor, do seu Bom ou mau proceder.

Mas será preciso ver, igualmente, a um plano mais geral, donde somos, pois assim, produtos das muitas Vidas: do passado palingenésico, donde o Ser já vivera, vive ainda e viverá para sempre, pela imortalidade afora, pois que somos imortais.
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita