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por Altamirando Carneiro

 

A fonte da água viva


E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. (João, 17:37.)


Não são poucos os que imaginam a existência de um Céu, distinto e separado da Terra, esperando que de alguma forma os pobres mortais habitantes deste Planeta se disponham a ir ao seu encontro. É como se o Céu ficasse eternamente dependente da ação inicial de quem se dispusesse a fazê-lo, para só então ganhar condições de se mover e poder fazer algo por aqueles que, por imperfeitos, ainda não tenham ganho condições de lhe usufruírem o seu bem-estar.

Se assim fosse, por que então Deus nos mandou um dos maiores dos seus Espíritos, para nos orientar os passos? Muito antes da vida existir na Terra, já os mentores espirituais aqui estavam presentes e cuidavam para que se fizessem condições adequadas para a vida. Milhões de anos antes que a pequena mônada aqui se estabelecesse, já as grandes consciências cósmicas aqui atuavam, sob a orientação de Jesus, Desde esses remotos tempos, jamais, por um instante que fosse, o Criador se afastou de sua criatura.

Deus nos ama tanto, a ponto de nos deixar, com Jesus, um roteiro de luz, o Evangelho, para quem, segundo os ensinamentos nele contidos, pudéssemos, cada um de nós, evoluir com um mínimo de erros e por conseguinte, de dores.

Conforme os textos bíblicos, Jesus, ao nos dizer que rios de água viva jorrariam dos corações daqueles que nele acreditassem, referia-se à ajuda direta que nos deixava, através do que se convencionou chamar em algumas religiões de Espírito Santo. São os mesmos prepostos que de há muito colaboram com Ele na grande missão de nos fazer evoluir.

Que momento mágico para as nossas vidas, o instante em que nos tornarmos merecedores da condição de verdadeiros discípulos, a ponto de nos permitir atuar junto a seres luminosos que nos inspirarão para o Bem e gradativamente nos transformarão em agentes desta grande sinfonia sideral, que fará a Humanidade evoluir aos páramos luminosos!

Benditos seremos quando inspirarmos ao Alto tal confiança, a ponto de sermos inspirados com a elevada graça de nos tornarmos seus colaboradores. Basta, para tanto, crermos em Jesus, isto é, decidirmos aceitar Suas palavras como regra de conduta, minimizando tanto quanto possível os nossos defeitos, todos eles derivados de nosso personalismo e nos colocando na condição de trabalhadores da última hora.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita