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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Autoconhecimento e evolução


Se buscarmos saber, através na Doutrina dos Espíritos, qual a finalidade da vida, encontraremos as respostas que elucidarão vários questionamentos. Sendo Deus a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, segundo a pergunta número um de O Livro dos Espíritos, não seria lógico entendermos uma vida efêmera “do berço ao túmulo” sem nenhum outro objetivo grandioso que viesse a justificar a nossa existência como seres inteligentes da criação.  Porém, para enveredarmos nesse estudo pessoal e interior, faz-se necessário o autoconhecimento, ou seja, sabermos o que somos em termos de pensamentos e atitudes que refletem tudo aquilo que queremos, realizamos ou nos negamos a fazer.

Imprescindível esse caminhar, visto que dessa forma estaremos atingindo o âmago do nosso ser e desbravando esse labirinto interior imenso e pouco conhecido. A propósito das palavras do Apóstolo Paulo em I Coríntios 15:44, quando diz: “Semeado corpo animal, ressuscita corpo espiritual”. Se há um corpo animal, também há um espiritual”. Assim, o processo reencarnatório visa à nossa evolução gradativa até atingirmos a perfeição relativa que nos cabe alcançar.

Destarte, precisamos perscrutar as nossas fragilidades e aptidões para corrigirmos aquelas e aprimorarmos estas que são os talentos a serem desenvolvidos. Avaliando esses aspectos teremos condições de realizar a reforma íntima, já que conhecendo a nossa realidade, poderemos buscar as transformações necessárias que venham a favorecer o nosso crescimento intelecto-moral.

No livro Autodescobrimento, uma busca interior, Editora Leal, 17ª edição, pág. 41, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, temos: “Cada ser humano é uma incógnita a ser equacionada por ele próprio”. A par disso fica evidente que somos desconhecidos de nós mesmos, constituindo-se isso em obstáculo para nosso aprimoramento.

Para essa reflexão precisamos, antes de tudo, da vontade. Sem ela jamais daremos o primeiro passo. Sucedendo-a deve prevalecer a perseverança nessa busca diuturna, já que a cada dia nossas emoções e sentimentos afloram de forma diferente e, não raro, surpreendemo-nos naquilo que fazemos...

Nesse caminho poderemos conviver melhor com os nossos semelhantes por encontrarmos neles muito daquilo que somos e, inadvertidamente, os criticamos e julgamos. É nessa prática que a indulgência se faz presente como uma maneira de frear o açodamento de nossas atitudes. Ainda no livro citado, pág. 89, encontramos: “A incessante renovação dos valores para melhor torna-se motivação permanente para a estruturação do ser real, profundo, vitorioso sobre si mesmo”.

No livro Cirurgia Moral, pág. 6, psicografia de João Nunes Maia, pelo Espírito Lancellin, temos: “A escola externa difere da interna. São duas forças paralelas, mas com objetivos idênticos: a perfeição da criatura. A educação interna objetiva o intercâmbio nas esferas exteriores. O homem que já descobriu a si mesmo é valorizado em todas as dimensões da vida”. (Perseverar sempre, desistir jamais.)

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita