Correio mediúnico

Espírito: Maria F. de Souza

Reflexões de mãe


O coração não perde os grandes sentimentos que nos animam em toda a vida, tão somente porque a morte nos altera o caminho. As mães continuam, cada vez mais vivas, amando mais os filhinhos de sua alma.

Nosso primeiro pensamento, depois da separação do corpo, é volver ao mundo e ensinar o caminho da verdade aos nossos amados que ficam à distância.

Os obstáculos, porém, são muito grandes e, por mais que façamos, é muito difícil desfazer as dúvidas que aparecem... De qualquer modo, no entanto, não renunciamos à tarde de auxiliar, embora saibamos que muitos dos nossos não nos possam aceitar as ideias renovadoras.

Não exigimos, contudo, a crença no que afirmamos. Basta compreendermos a necessidade de servir a Deus, em favor de nós mesmos.

O imenso carinho das mães não termina no túmulo. O coração materno encontra sempre o seu melhor sustentáculo no amor de que se alimenta.

Enquanto a Providência Divina permite, peregrinamos em torno daqueles que são as flores da nossa vida. E penso que as lágrimas de nossa devoção caem sobre os nossos filhos, como o orvalho do Céu sobre as plantas, porque tudo fazemos por auxiliá-los e sustentá-los na missão de que se incumbem na Terra.

Num mundo qual o nosso, a harmonia não é uma luz que possa estar acesa todos os dias, mas os espíritos da esfera carnal nos ajudam a descobrir as flores que o Céu nos destina.

Guardamos conosco, entretanto, a certeza de que Deus nos concederá sempre a paz de que necessitamos, na jornada para o Alto, e o consolo de saber que a mão do Senhor tudo converte para o bem, com o auxílio do tempo.

Esperemos, pois, o futuro.

 

Do livro Cartas do Coração, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita