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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Uma nova esperança


O ano de 2020 marca a História da Humanidade de forma contundente. Ano dos mais difíceis para todos, já que a pandemia do Covid-19 não poupou países nem continentes. Todos nós estamos sendo atingidos de alguma forma. Este processo mostra-se avassalador e vem trazendo grandes sofrimentos.  

A Doutrina dos Espíritos relata estes fatos que são inerentes às transformações da Humanidade, dando curso ao processo evolutivo pelo qual devemos passar. Migrando para um mundo de regeneração, faz-se necessária, por meio de seus habitantes, a depuração do Orbe.

Julgando-nos infalíveis, enveredamos pelos caminhos desditosos que nos levam à dor na presente existência, como se não bastasse a nossa bagagem tão pesada que herdamos do pretérito. Esta insensatez do ser humano transtorna-o e a infelicidade se junta à dor e ao sofrimento que o assolam.

A ausência de humildade em reconhecer que somos imperfeitos e necessitamos mudar os rumos de nossas vidas deságua nas enfermidades do corpo e da alma. Conduzimo-nos de acordo com o que pensamos e não pensamos como deveríamos... Somos a consequência daquilo que criamos na mente. Assim, a semente sendo enferma, somente nos dará frutos amargos. A lei de causa e efeito faz parte das nossas existências.

No livro Transição Planetária, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, pág. 10, temos: “(...) Desse modo, as grandes calamidades de uma ou de outra procedência têm por finalidade convidar a criatura humana à reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade”. As transformações terão a prática do bem como objetivo precípuo, afastando o que não se coadune com as energias próprias deste processo. Mas sempre é tempo de mudar, progredir e escutar a nossa consciência.

Quando ficamos passivos e surdos àquela voz invisível, porém sensata, expomo-nos irremediavelmente ao tropeço na caminhada diária. Devemos atentar para esta luz interior que cintila em nosso favor. Estamos adormecidos. Falta-nos a sensibilidade para que haja ressonância do grito de alerta que recebemos. Somos protegidos e amparados a todo o momento, mas a ajuda só será eficaz se houver receptividade do assistido. Sem a sua participação, o propósito sublime da caridade em nada resultará.

Ano Novo, vida nova! A  é o pilar de sustentação da esperança. Elas completam-se quando exercitamos a vontade e nos motivamos para sair da inércia! Busquemos o melhor que temos, atrelando ao cotidiano a luz que irá despertar e se irradiar em nosso derredor. (Assim também, a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. Tiago 2:17.)

Feliz 2021!


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita