Cinco-marias

por Eugênia Pickina

A criança e o animal de estimação


Todo indivíduo, toda planta, todo animal tem apenas um objetivo inato – realizar-se naquilo que é.
 Fritz Perls


Em relação às crianças, o animal de estimação é um grande aliado da socialização e da educação. Estudos diversos apontam que ter um animal de estimação em casa ajuda a criança a ser mais atenta e empática, por exemplo.

Cães e gatos são muito mais do que apenas amigos de brincadeira. Eles são excelentes companheiros terapêuticos para os filhos.

Os cães, por exemplo, são curiosos, exploradores, destemidos. Eles podem, por isso,  ensinar determinação e coragem  às crianças. Por outro lado, são grandes protetores e isso os torna grandes parceiros para as primeiras experiências dos filhos pequenos.

Uma infância feliz é a base para uma vida adulta criativa e segura. Crescer na companhia de um animal nos proporciona uma reserva cognitiva e emocional que nunca perdemos e que nos enriquece enormemente.

E se minha infância é o fundamento de minha identidade, aprendi largamente com meu primeiro cão a respeito de amizade, fidelidade, confiança. Ou seja, com isso quero dizer que toda criança que desfruta da companhia de um animal de estimação – um gato, um cachorro, um coelho etc. – cresce mais consciente sobre afeto, cumplicidade, lealdade, espírito cooperativo. Além disso, conviver com animais é uma lição de saúde e de qualidade de vida. Em outra perspectiva, também impele o entendimento sobre viver e morrer, sobre a transitoriedade das coisas.

Sem dúvida, na vida adulta, aquele que conviveu com animais de estimação tem mais chance de atuar como uma pessoa responsável, solidária e, ademais, contará com ricas memórias sobre alegria e amor incondicional.

Notinhas

Animal não é presente de Natal e não deve ser escolhido por impulso. O ideal é ter um planejamento para que toda a família esteja consciente dessa responsabilidade, senão a experiência pode transformar-se em um verdadeiro desastre. Antes da idade indicada para iniciar essa relação, a tarefa deve ser dos pais.

Uma criança não está pronta para assumir totalmente a obrigação de cuidar de um animal. Ela precisa de ajuda – a relação deve ser então de colaboração/prazer, não de compromisso.

Incentivo ao movimento: os cães, por exemplo, são animais que precisam de passeios diários e também são excelentes parceiros de brincadeiras. Isso, por sua vez, no lugar do sedentarismo, incentiva a criança a se pôr em movimento.

Quando a criança é alérgica ou tem problemas de saúde é importante consultar o pediatra antes de considerar adotar um animal de estimação.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita