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por Nilton Moreira

 

Alcoolismo e o primeiro gole

 
Quando é que ficamos sabendo se já somos alcoólatras? Será que existe aquela alegação de “bebo socialmente”?

A grande maioria no Planeta ingere algum tipo de bebida alcoólica, afinal, este proceder é muito antigo, contado nos mais diversos livros.

Jesus, que era dotado dos maiores conhecimentos, quando esteve aqui na Terra demonstrou a habilidade de químico quando transformou, pela manipulação, água em vinho, e, antes disto, nos contos mais antigos e na mitologia, o uso de bebidas sempre foi mencionado.

Mas voltando ao assunto de dependência alcoólica, nunca sabemos quando o beber já é vício. É difícil alguém admitir ser alcoólatra, pois tal proceder fere seu orgulho, por isso a dificuldade que existe em auxiliarmos a quem é usuário regular do álcool.

Certa ocasião, a convite, participamos de palestra a respeito das consequências ocasionadas pelo alcoolismo, isto em razão de nossa profissão e crença, o que nos possibilitou um contato mais direto com o A.A., Grupo este de suma importância na vida de quem quer amparo com esclarecimento para ficar sóbrio.

É importante que o usuário esteja em condições de raciocínio e queira ser ajudado, possibilitando procurar e participar das reuniões do A.A., pois que muitos dependentes não podem ficar sem a bebida por sentirem reações que vão de tremedeira a visões das mais diversas, o que muitas vezes desemboca em comportamento violento, indo com isso refugiar-se na bebida. Nesta fase é importante a internação numa clínica com acompanhamento médico, possibilitando desintoxicação do organismo para que o indivíduo volte a ter um mínimo domínio de si, para, então, após, ser encaminhado com sua concordância aos Alcoólicos Anônimos a fim de participar das reuniões, o que vai ser a “tábua de salvação”.

Por outro lado, do posto de vista espiritual, sabemos que somos influenciados intuitivamente pelos obsessores invisíveis e, certamente, os obsessores são também dependentes do álcool. Como não podem beber no copo, procuram se acercar dos chamados “vivos” para então sorver as emanações fluídicas que o usuário exterioriza. Muito bem narrado na literatura de Chico Xavier, quando uma determinada pessoa chega a casa, ela já é esperada na porta por dois desencarnados que, intuitivamente, gritam: “beber, meu caro, beber”. A referida pessoa, num ato compulsivo, vai até a estante, pega a bebida, a coloca no copo, e ingere.

Portanto, além de ser doença que envolve necessidade orgânica, também engloba a parte psíquica ligada diretamente à espiritual, o que muitos não entendem, e o que certamente torna difícil a recuperação.

Tenhamos o cuidado de observar essa linha demarcatória invisível do beber socialmente e o já ser um alcoólatra.

O melhor é não tomar o primeiro gole, pedindo sempre amparo de nosso Irmão Maior Jesus, que nos conhece muito bem. 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita