Cinco-marias

por Eugênia Pickina

Pandemia e quarentena: o que podemos aprender juntos em tempos difíceis

 

A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. Franz Kafka

 

Desde que o coronavírus foi considerado pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), causou caos e pânico ao redor do mundo. Por ser uma condição democrática, que pode atingir a todos, a doença provocou uma sensação de impotência que tomou conta das pessoas, evidenciando a importância do espírito de união para que tudo funcione e seja superado.

Quem tem criança em casa, neste cenário de pandemia mundial, tem vivido momentos de tensão. Uma vez que a doença pode atingir qualquer pessoa, é fundamental orientar-se no dia a dia, junto com a família, segundo as regras e orientações de cuidados e prevenção.

Mas neste contexto de pandemia, onde tudo parece incerto, o coronavírus pode ensinar a todos nós – adultos e crianças – lições importantes relacionadas à uma convivência saudável, cooperativa, solidária.

Encarada a realidade dos fatos, o momento atual oferece a todos que estão vivendo a quarentena uma grande oportunidade de escolher o pensamento otimista como um fator de resiliência individual, familiar, social.

Sim. Nós podemos escolher a qualidade dos pensamentos que escolhemos cultivar no dia a dia, produzindo com os filhos uma comunicação proativa e que destaca o valor do esforço, do bom humor, da esperança. Lidar com um momento difícil cultivando pensamentos de coragem e de esperança nos fortalece e dá estabilidade à ordem doméstica, contribuindo com o bem-estar das crianças.

Em meio a uma crise global, pessoas resilientes fogem de reclamação e procuram manejar as emoções e solucionar os problemas, mostrando aos filhos o significado da eleição pelo positivo na dinâmica dos dias, em vez do negativo – que apenas alimenta o medo e enfraquece a vontade.

Nestes dias de confinamento, os pais também podem gerenciar a rotina da casa com o auxílio dos filhos. Cada integrante da família, por mais jovem que seja, pode dar sua pequena contribuição para ajudar nas tarefas que diariamente precisam ser realizadas em casa.

Além do trabalho em equipe, que ensina o valor do espírito cooperativo, o cumprimento das tarefas domésticas impele a criança a treinar responsabilidade, vontade, disciplina, autoestima, gratidão, sentido de pertencimento. Além disso, esse treinamento é aspecto determinante para uma personalidade autônoma, solidária e consciente.

Em épocas difíceis, procurar em casa dar o nosso melhor como ser humano é uma lição marcante para as crianças – e certamente elas crescerão mais criativas e altruístas.

Notinha

Em tempos fáceis e em tempos difíceis, amor vivo em casa alimenta, nas crianças, afeições individuais e solidariedade coletiva. A pandemia de coronavírus nos instiga a nos guiar pelo exemplo de Jesus:  agir de forma prudente, responsável (“Orai e vigiai”), e com o coração cheio de fé e esperança.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita