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por Nilton Moreira

 

Os que partiram antes!


Atravessamos período de aperto no coração, pois o dia 2 de novembro nos reporta aos entes queridos que partiram antes de nós. Perguntamos sempre para onde foram as boas conversas, o convívio, já que isso nos faz falta.

De fato, não existe dor maior que a separação pela morte física de quem amamos, cujo vazio só é diminuído com o passar do tempo, mas, esquecer, ninguém esquece, principalmente quando a separação se deu por meio de tragédia ou violência.

Mas os que partem não desaparecem, pois que nada na vida é aniquilado, como disse o filósofo francês Léon Denis. Nada se perde, tudo se transforma, como mencionou Lavoisier, químico francês, o que reforça a tese de muitas religiões de que a vida continua, e que continuamos a existir no Plano Espiritual após um tempo de convivência neste Plano Carnal.

Todos nós recebemos um tônus vital para permanecermos determinado tempo aqui na Terra, pois que, mesmo antes de nascermos, sabemos o tempo previsto de nossa estada aqui, e quando esse tônus se esgota retornamos à pátria espiritual que é a nossa verdadeira vida, já que esta é apenas uma rápida passagem para o Espírito que somos.

Claro que podemos abreviar nosso tempo aqui e retornar antes. É o que ocorre em razão do suicídio, pois que este ato violento não faz parte de nossa programação, e, neste caso, o corpo continua impregnado do tônus mencionado. Mas isso é assunto bastante sério para um outro artigo.

Jesus nos demonstrou, quando por aqui esteve, que não morremos, pois Ele mesmo venceu a morte quando reapareceu depois do passamento pela crucificação. Então temos aí o convencimento de que existe apenas uma mudança de roupagem e habitação.

Para quem se vai é muito triste sentir e saber que foi esquecido. Por outro lado, causa grande satisfação ao Espírito que se foi saber que sempre é lembrado vivo na espiritualidade, pois, certamente, havendo amor vinculante verdadeiro, acontecerá reencontro em vidas futuras, pois Deus nos criou para sermos eternos.

Mas no dia de finados, ou durante a semana, quem sentir vontade de visitar a sepultura que o faça, pois existem pessoas que sentem necessidade desse procedimento, muito embora saibamos que no referido local nada mais existe, pois o que sobrevive é o Espírito, e o importante é que nos lembremos dos que se foram com muito carinho, ressaltando as boas conversas, os atos enaltecedores, deixando de lado os comentários desagradáveis que em nada somam ao serem recordados ou comentados.

Lembremos sempre que a dor do passamento é dolorosa nos dois planos.

E aproveitando este momento de leitura, vamos elevar o pensamento a todos que já partiram, pedindo aos Benfeitores Espirituais que levem nossas emanações mentais de amor em forma de pétalas de rosas a todos aqueles que se encontram na espiritualidade, e, portanto, vivem. Que Jesus possa atendê-los e projetar Sua luz maravilhosa indicando-lhes o caminho a seguir.

Assim seja.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita