Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

As crianças precisam de animais de estimação

 

A prova de sucesso da nossa ação educativa é a felicidade da criança. Maria Montessori

 

A criança adora animal de estimação – cão, gato, coelho... – e estabelece com ele uma relação sincera, duradoura, e que a ajudará a cultivar boa relação consigo, com os outros, com o mundo.

Na infância, os animais de estimação partilham muitas coisas com as crianças: alegria, simplicidade, impulso para o brincar, a necessidade de se sentirem protegidos, bondade, amor incondicional, honestidade, empatia etc., impelindo laços afetivos fortes. Além disso, os animais de estimação integram-se rapidamente a famílias com crianças, garantindo o sucesso da convivência.

Os animais de estimação têm uma capacidade incrível de compreender as crianças, de perceber os seus estados emocionais. Por essa razão, a criança e o seu animal de estimação se tornam facilmente grandes amigos. Sem dúvida, nas casas em que aquele meninozinho tem a chance de conviver com um alegre cachorro, por exemplo, certamente ele expressará melhor a raiva, escoará de maneira mais rápida a tristeza e vai encarar de forma mais eficaz os diversos medos que assaltam o ser humano na infância...

Por que insisto no fato de que as crianças precisam de animais de estimação?

Em termos simples, a convivência com animais ensina às crianças lições positivas ligadas a afeto, responsabilidade, autonomia, autorregulação emocional, sensibilidade, compreensão, zelo, respeito. E nesta relação fraterna sensível entre seres vivos, o animal de estimação tem um papel muito importante na biografia da criança, ajudando-a a ser mais saudável e feliz.

Notinhas

Os animais de estimação são fortes aliados no desenvolvimento físico das crianças, pois estimulam brincadeiras e demandam exercícios. Os cães, por exemplo, exigem caminhadas diárias, e isso pode incitar a criança a fazer passeios e jogos ao ar livre.

Ter um animal requer cuidados e estes cuidados, orientados pelo adulto, incentivam a autonomia, a responsabilidade e empatia por parte da criança. Ora, ao conviver com o animal de estimação, a criança naturalmente desenvolve, entre outros aspectos, sensibilidade, observação, compreensão, carinho, generosidade, zelo, e isso repercutirá no modo de a criança se relacionar com as pessoas.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita