Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Bastam poucos brinquedos

 

Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade. L. Vygotsky


Muitos brinquedos em casa podem superestimar e sobrecarregar uma criança, criando empecilhos ao seu desenvolvimento.

Reduzir o número de brinquedos no ambiente onde a criança brinca com frequência resulta em uma brincadeira mais saudável e criativa, pois esse envolvimento crescente com um mesmo brinquedo tem implicações positivas para as diversas facetas do seu desenvolvimento, incluindo brincadeiras imaginativas, autoexpressão, habilidades físicas como coordenação motora fina e resolução de problemas. De outra parte, uma abundância de brinquedos reduz a qualidade da brincadeira das crianças, porque não dá a elas a oportunidade para treinar capacidade de concentração e criatividade.

Nas casas onde as crianças têm excesso de brinquedos, elas vivem entediadas ou pouco disponíveis para o brincar livre. Já nas casas onde as crianças contam com poucos brinquedos, elas se revelam mais criativas: constroem casas, barcos, transformam mesas em trens, inventam jogos, realizam peças de teatro, gostam de histórias e suas habilidades de desenho e pintura pouco a pouco melhoram.

Sempre explico aos pais ou para o adulto que cuida/educa a criança: brincar não é ter brinquedos. Brincar é uma necessidade que toda criança tem, é comunicação e expressão, é uma atividade exploratória, um meio de aprender a viver.

Como ajudar uma criança a brincar? A natureza é o lugar perfeito para qualquer criança exercitar o brincar livre. Bastam árvore, grama, bola, alguns retalhos de tecido…  Se prestarmos atenção a uma criança brincando, veremos que muitas vezes um pedaço de madeira é suficiente…

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita