Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Primeiros anos e hábitos alimentares


A curiosidade é um impulso para aprender
. Maria Montessori


As preferências alimentares (principalmente no que se refere a frutas e legumes) são definidas durante o começo da vida e se tornam, por isso, duradouras… Isto é, a primeira infância é uma fase fundamental para garantir ao ser humano um alimentação equilibrada durante toda a vida.

Já sabemos: você oferece abobrinha refogada ao seu filho pequeno e ele recusa; oferece no dia seguinte o mesmo alimento assado e ele novamente recusa. Deixe então para oferecer de novo nos próximos dias variando o preparo: formato de purê, na sopa… A tendência é a criança se acostumar com o gosto e pouco a pouco aceitar o alimento…

Ponto fundamental para enriquecer o paladar da criança? Dar o exemplo. A partir dos 10 meses, a criança já tem uma percepção mais definida do ambiente que a cerca. Ela percebe a estrutura do alimento e observa as pessoas comendo ao seu redor. É por isso que fazer as refeições com a família sentada à mesa e comendo juntos a mesma comida é um incentivo para a criança comer bem e com prazer.

Para a criança desde cedo aprender a mastigar de modo adequado e prestar atenção ao sabor do alimento? Nada de TV e outras telas durante as refeições, por favor! Criança que se habitua a comer entretida com telas na verdade está apenas engolindo a comida, sem, no entanto, aprender a comer…

Notinhas

Os especialistas da American Society for Nutrition recomendam que as crianças provem o mesmo alimento pelo menos entre 8 e 12 vezes antes de dizerem que não gostam. No entanto, a maioria dos pais desiste lá pela terceira ou quarta tentativa. É claro que insistir para que seu filho pelo menos sinta o gosto da comida – não precisa engolir se não gostar! – não é uma tarefa das mais fáceis: tem choro, reclamações... Mas, é preciso resistir, pois nascemos com o paladar apurado para o doce. Já para os demais sabores (azedo, amargo e salgado), é preciso aprender a acostumá-lo…

Ter a criança uma dieta equilibrada implica o consumo de frutas, verduras e legumes, pois esses alimentos fornecem vitaminas e sais minerais importantes, possuem boa quantidade de fibras que regulam o intestino e colaboram para a prevenção de doenças antes exclusivas de adultos, como diabetes tipo 2, pressão alta e obesidade.

No dia a dia, evite: I. substituir a refeição (trocar a papinha do bebê por mamadeira, por exemplo); II. oferecer à criança alimentos industrializados: papinha de prateleira de supermercado; bolachas etc.; III. não assumir a refeição como um momento familiar.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita