Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Francisca Júlia da Silva

 

Brado de fé


Descerra dentro d’alma a fúlgida janela

Da esperança a brilhar, fervorosa e tranquila,

E do escuro portal da Terra que te asila

Contempla a imensidão que de luz se constela!

 

Plasma teu sonho, além da máscara de argila

Que, da infância à velhice, a ilusão te afivela…

Na miséria ou na glória, a carne por mais bela

É sempre a mesma flor que o sepulcro aniquila.

 

Inda mesmo que a dor te espreite qual pantera,

Eleva-te e perdoa, aprimora-te e espera

Para que a vida em ti não se ensombre ou degrade.

 

E hoje, colado ao chão no mundo que te oprime,

Amanhã librarás, em ascensão sublime

Qual falena de amor ao sol da Eternidade!…


Do livro Doutrina-escola, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita