Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Mais um pouco do Parnaso de além-túmulo, que veio realmente dar uma vassourada enérgica nos cérebros endurecidos dos que, mesmo vendo, não acreditam.

Essa obra, a primeira publicada por Chico Xavier, tem a propriedade de alertar os espíritos terrenos, chamando-os ao raciocínio da Verdade. Nela não encontramos versos frouxos, nem rimas com assonâncias, impropriedades de linguagem, insignificância vocabular, ou deslizes de vernaculidade, por parte daqueles que aqui não os tinham.

O livro Parnaso de além-túmulo, editado pela Federação Espírita Brasileira e prefaciado, admiravelmente, pelo ilustre confrade “M. Quintão”, é, pois, um magnífico espetáculo da inteligência de poetas desencarnados e da qualidade boa do instrumento mediúnico. Francisco Cândido Xavier é um atestado vivo da Verdade Espírita. Marca um dos momentos mais expressivos do nosso progresso mediúnico e avulta como um dos cimos espirituais da doutrina santa e verdadeira de Jesus, codificada por Allan Kardec.

Trata-se de um verdadeiro presente que Francisco Cândido Xavier ofereceu ao Espiritismo. Todos os poetas que lhe deram poesias o fizeram de maneira limpa e única, porque são bem autênticas. Longe iríamos se procurássemos falar de “João de Deus”, o cinzelador de velhas imagens; de “Junqueiro”, — dono de imagens bravias e chamejantes, — que, quando predica a verdade, é como o raio que amedronta e convida à concentração, ao estudo e à prática das coisas de Deus; de ‘Antero”, o “Santo Antero”, como lhe chamava o grande “Eça de Queiroz”, — com sua maneira simples e talentosa de ver a vida; de “Cruz e Souza’, introdutor no Brasil da poesia simbolista, — o negro poeta, humanista e sofredor, bom amigo e mansa criatura; de “Pedro de Alcântara”, o nosso Imperador, que nunca esquecia os seus pobrezinhos, que sabia, como ainda sabe, mais viver pelos outros do que por si mesmo; e de “Souza Caldas”, “Júlio Diniz”, “Casimiro Cunha”, “Auta de Souza” e “Bittencourt Sampaio”. Todos se atestam. Quem duvidar, que compare a poesia de cada qual, como encarnado, e, agora, como desencarnado.

Continua sendo leitura cativante e atual!

 

Do livro Lindos casos de Chico Xavier , de Ramiro Gama.


 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita